quinta-feira, 5 de maio de 2016

PRECISA DE AJUDA? O QUE RECLAMA?


RECLAMAÇÕES E PROTESTOS

Cuidado se procura resultados para suas reclamações e deseja que seus protestos sejam ouvidos você tem que tirar um Curso de Formação Profissional (equiparado ao doutoramento) e fazer um estágio não remunerado de pelo menos 15 anos em Empresas associadas à Universidade de Pompeia. Garantias de sucesso só tirando classificação de 20 e solicitando revisão de Avaliação de Curso - e com a sorte de ter um Júri com preocupações humanas e não possuir antipatia por você - conseguindo os 25 o êxito está nas suas mãos, tão certo como o Sol girar à volta da Terra e Portugal não constar na Listagem dos 100 países mais corruptos do mundo.



A primeira dificuldade em se fazer ouvir nas reclamações e protestos deve-se, desde logo à localização geográfica. Portugal é ínfimo e está empurrado para as questões submarinas quase invadindo o mar, tudo o que seja transmissível através de meios não aquáticos está condenado a não ser nem ouvido e muito menos ter qualquer resposta.

Má estratégia, pode gritar horas a fio, é um método que vem desde a pré- história. O parceiro do lado faz orelhas moucas simplesmente e você perde o seu precioso tempo. E não esqueça seu poder está debaixo de água, você é como o caranguejo, sua sina é seguir protestando mesmo entre líquidos e caminhando para trás. Deve consultar um bruxa anfíbia.


Esse instrumento encontra-se em desuso. Faz barulho, incomoda e raramente se faz ouvir por quem sofre de problemas de audição. Curiosamente dificilmente nossos protestos e reclamações encontram gente que ouve bem. Coincidências.


Não esuqeça de se inscrever rapidamente. Reclamação não precisa de ter razão, ninguém quer saber se você tem razão ou não, Reclamação é um acto cientifico que exige muitos conhecimentos. Como já indicado faça o Curso de Formação e depois tente seu sucesso.


Isso do Livro Amarelo foi uma Invenção para fazer pensar os cidadãos duas coisas básicas. A primeira é que o estado se preocupa com o cidadão. A segunda é levar o cidadão a imaginar que as leis com garantias são levadas a sério. Enganos. Se quiser gastar tinta, corre o risco de ver uma resposta tipificada, o que você viu e sentiu, não se passou bem assim e no meio de mil justificações assinadas por superiores e directores, acabam aconselhando você a ir à MultiÓpticas.


Os correios são um dos meios mais antigos de que o cidadão se serve para enviar suas reclamações e protestos. Aconselha-se que faça registo e aviso de recepção. Mesmo assim muitas cartas podem nem ser abertas, e as respondidas devem ser em número muito aproximado aos milagres de Fátima. Tente. Os correios precisam de entradas de dinheiro. Arrisque.


Para quem duvidou a Reclamação exige apuradas técnicas e não é para toda a gente. A DECO bem tenta levar a sabedoria aos seus associados e deste modo os ajudar. Infelizmente é muito pouco. Reclamar a sério, exige no mínimo um carrinho de mãos carregado de minutas, técnicas, procedimentos, legislações, recomendações, conselhos, urgências, etc.. Não vá por aí, por um Livro facilmente o que faz é uma perda de tempo e adquirir todo o manancial de Livros é uma fortuna, que ainda por cima não é acessível a toda a gente.


Uma simpatia, só uma vez por bilião, nos agradecem uma Reclamação, como se tivéssemos realizado os sonhos do nosso interlocutor. Há mesmo más línguas que dizem que isso é aleatório e sai por número de reclamações de modo automático. Agradecem, mas depois não à cabeça para estar lendo coisa ruim.


Pobre carta, pelo menos cumpre, lá vai ela. E o mais provável é chegar ao seu destino, e depois, tacitamente será ignorada, ou a enviam para outro lado não tenha má olhado.


Aí está uma grande conquista do Direito Administrativo em defesa do cidadão perante a Administração Pública. Potente foi sonhado como um poderoso antibiótico capaz de debelar qualquer maleita. Os responsáveis por organismos e instituições públicas ficavam apavorados quando algum sujeitinho falava no Livro Amarelo. Mais tarde e à portuguesa aprenderam a lidar com ele, de tal modo que haver ou não reclamações não apoquenta quem sabe, tudo se pode manipular e as Reclamações muito raramente chegam a qualquer decisão certa, uns defendem os outros, desdizem o reclamante sendo mesmo capazes de por escrito dizer ao cidadão qu o que viu, afinal não pode ter visto, pois de acordo com X, assegura-se que Y não estava no lugar indicado, o que, de acordo com as leis da física - dois corpos não podem em simultâneo ocupar o mesmo lugar - o reclamante devia ter bebido logo pela manhã e disse ver, o que efectivamente viu, mas que a resposta do famoso Livro diz não se poder ter visto. Confusões


Vale a pena reclamar no Livro Amarelo? Na minha humilde opinião dificilmente esse acto vai ter um fim que salvaguarde o cidadão e deste modo vingue a lei, os princípios que norteiam a Administração Pública e se faça Justiça. Tem que ser uma Reclamação muito bem formulada - o que muitas vezes não acontece - fundamentada, precisa e se possível com indicação de testemunhas. De outro modo é sempre a palavra de um cidadão inconformado contra funcionários que se protegem uns aos outros.


Método já apreciado... talvez com pilhas duracel, quem sabe...


Desconfie com as simpatias. Como chegámos a este ponto, recear ajuda. Mas lá que acontece por detrás de uma ajuda desinteressada e gratuita nos fazem a folha, iludem, e ajudam o infractor. Eu próprio me arrepio quando ouço esse generoso e tentador: "Posso ajudar?"


A papelada sempre me assustou. Tenho sempre a secretária amontoada de folhas e mais folhas, pastas, micas, registos, envelopes, revistas, livros, comandos da televisão, telemóvel, caixa de guardar óculos, e alguns adornos que nunca retiro. Parece que mantêm sempre no mesmo tempo e não envelheço nunca. Veja como eu tinha razão, só para a Carta de Reclamação analise a estrutura geral a que deve obedecer. É coisa de loucos, de loucos armados em intelectuais ou eruditos.


A bondade deste pequenino cartaz é isso mesmo, pequenina, é obra de um poeta distraído do mundo e da vida, arredado da realidade mundana. Depois a poesia dá maus resultados, propagar que protestar não é um delito é uma frase cheia de boas intenções, não posso nem imaginar quantos não tiveram já que retractar-se, ou perder a liberdade ou a própria vida por um protesto. O poder detesta protesto, enunciando que isso é coisa de comunistas, de anarquistas, de desestabilizadores. Até parece que ainda estamos no tempo do Doutor Salazar. E depois dizer que protestar é um direito, é arriscado a meu ver, o direito é o contrário do torto, e são objecto de uma luta que começou com a criação do mundo e vai acabar com o seu término. O torto e o direito não podem tolerar-se, seguem lado a lado em tensão permanente, em guerra aberta, e se um incauto cai no direito está sujeito a levar com o torto em cima. O que no mínimo é muito aborrecido e doloroso. Melhor é não abusar dos direitos e ser submisso.


Respeito o meu carteiro. É uma figura muito ligado a um termo que na actualidade tem mais importância que até qualquer preceito da nossa Constituição da República, "ESPERE". Nós esperamos ansiosos pelo carteiro que muitas vezes até já é um amigo que conhecemos faz anos justamente quando esperamos boas novas. Por exemplo a confirmação da reparação de um direito, ou o processo que se levantou a quem nos provocou um dano e andava a ver se escapava às malhas das leis, ou quando recebemos algo que nos trás alegria, Imagine receber a resposta a uma reclamação e depois de você ler chega à conclusão que o crime não com pinça. Ganhou a justiça e você fica feliz. Outras vezes, vamos espreitar receosos a sua chegada, tememos a vinda de alguma coima, a subida de uma prestação ou a criação de uma nova taxa, ou uma notícia ruim  que o nosso coração pressentia. por exemplo ao invés da alegria anterior a nossa reclamação não foi considerada, simplesmente caiu no caixote da roupa suja e aqueles que lhe fizeram dano continuam tranquilos a fazer o que lhes apetece, tranquilos e serenos, pois mais uma vez se provou que a razão nada conta, o que vale é ser importante, e estar acima dessas coisa da gentalha de reivindicar direitos. Como se isto fosse uma república das  bananas. Por tudo isso, pelo "ESPERE" que vale mais que lei, e pelas notícias sempre acabam por nos cair em cima, esperamos o nosso carteiro. respeitosamente.

Não justifica comentar... É a carta, a reclamação vai lá dentro, deve ser sempre enviada com registo e aviso de recepção. Para realizar a reclamação já tocámos o assunto, fazer o Curso. Para reivindicar direitos cuidado com o tal torto que nos pode cair em cima. É o processo mais utilizado no mundo para apresentar exposições, reclamações, protestos. Vai e quem envia, chamado de REMETENTE, vai "esperar" que o DESTINATÁRIO "pessoa ou entidade para quem enviamos nossa carta, pelo menos tenha a decência de a abrir e ler, e podendo, esperar resposta. Nem sempre é fácil ter respostas, trata-se de gente super ocupada e nada interessada com os problemas do cidadão enquanto pessoa, falo de um número diminuto mas com peso, outros remetem seu problema para a primeira pessoa ou entidade que se lembram e lavam as mãos como o Pilatos, outros, felizmente tratam o que lhe enviamos, e estabelecem connosco uma relação de acompanhamento do Processo. Raro.


Reclamar por reclamar se tem tempo, reclame como diz esse engraçado e nobre SNOOPY, reclame quando você quiser. Não são apenas os homens que andam enganados, até a bonecada já foi vítima de intrujice. Mas, se soubermos que o resultado mais provável é gritarmos as nossas desconfianças, maus tratos, ilegalidades, e que isso pode ser um estímulo para a voz, reclame, reclame muito. Ainda vai ingressar num Grupo Coral.


Fácil, uma caixa de correio de tipo americano, o carteiro abre a tampa e mete as cartas dentro, simples e eficaz.


As queixas devem dar dinheiro, ando a pensar nisso. Eu pelo menos já gastei umas centenas de euros em cartas, registos, fotocópias, avisos de recepção, deslocações aos correios e ainda vi pouco fruto. Tenho de ser honesto, voltaria a repetir de novo. E vou ser honesto, tomei-lhe o gosto e achei situações tão interessantes que "ESPERO" ter forças, não esqueçam que por detrás de tudo está uma incapacidade e muitas doenças, e me sinto cansado, muito cansado. Apenas a razão, a luta pelos que não sabem se defender e o fundado receio de que uma Instituição que deveria ser á prova de qualquer dúvida possa não ser mais que muitas coisas estranhas que volta e meia aparecem na televisão. Dizia eu, espero ter forças para dar uma segunda volta, gastar mais umas centenas de euros, e enviar a cada entidade que já tomou, ou devia ter tomado, conhecimento de minhas queixas, anunciando os progressos obtidos. O estado da situação. E, como o que custa é o chuto inicial o resto vai de arrasto, vou adicionar umas tantas entidades que me escaparam. Quando leio o portal da queixa imagino que isto tem de dar lucros. Ele há tanto lugar novo para reclamar e eu agarrado ao básico, cartas e mais cartas e em situações verdadeiramente excepcionais mensagens por internet em diversos portais da Governação do País.


Não sei o que dizer deste martelinho batendo num livro que aparenta ter milhares de páginas. O martelinho lembra-me o Juiz, autoridade do Judicial, impondo ordem.



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