sexta-feira, 27 de maio de 2016

DÚVIDAS E ATREVIMENTO, MAS SEM MALDADE



RESPEITO E ACREDITO NO SENHOR 

BASTONÁRIO DA ORDEM DOS MÉDICOS



LHE PEDI AJUDA









Carta aberta a Sua Excelência Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos;

Em primeiro lugar uma palavra de respeito por aqueles que seguiram e dela fizeram vida, a ciência médica, Estes estudiosos existem há milhares de anos, procurando com o saber de cada época e as experiências e dedicação melhorar a vida do homem, buscando a cura para os seus males, uma forma de atenuar o sofrimento humano e prolongar o mais possível a existência do homem na terra.

Trata-se de uma ciência exacta isto é, no meu pensamento uma apendicite tanto o é para um médico chinês, como para um médico das Honduras, de Portugal ou dos Estados Unidos. E mesmo para um profissional médico mantêm-se o mal se o credo seguido for católico, muçulmano, budista ou protestante. E os tratamentos ou cirurgias, os actos médicos pouco diferem.

Comecei a trabalhar em 1975 com um médico de uma cidade do interior e ganhei uma imensa admiração por ele, como por outros que conheci depois. Trabalhavam o que podiam e o que não podiam, e os doentes não eram exclusivamente seres queixosos que deviam tratar, eram seres humanos que conheciam há muito e entre eles se tinha estabelecido uma ligação feliz. Esse tempo passou, e o modo de estar na vida também sofreu naturalmente alterações. Faz parte da vida, é a evolução, o caminho sempre certo do tempo que nunca deixa de passar.

Quanto ao Titular da Ordem dos Médicos, habituei-me a ver nela um homem bom, na sua prática enquanto ser da ciência e na sua riqueza pessoal enquanto ser capaz de representar uma classe profissional de eleição. É uma personalidade com importância não limitada na classe que representa, mas uma figura prestigiada e com intervenção na vida dos portugueses.

O Bastonário da Ordem dos Médicos tem esse mérito, ser homem de bem, ser bom médico, ser um primu inter pares, ser um homem que chega aos portugueses e tem influência directa na Saúde do nosso povo e na própria governação do país.

Escrevo a Vossa Excelência por dois motivos, eles próprios estão no título deste "post", dúvidas e atrevimento (sem qualquer maldade ou dissimulação). Tentarei ser sucinto:

Dúvidas: escrevi a Vossa Excelência Ilustre Bastonário da Ordem dos Médicos reclamando de um assunto passado comigo e com três delegados de saúde pública (ou quatro, penso que mais outro está metido no processo), quando aqueles médicos no desempenho da sua missão me fizeram uma Junta Médica de Avaliação de Incapacidades Multiuso (reavaliação) em que coloco todas as dúvidas, acho que não foi efectuada nenhuma peritagem, creio que a decisão vai ao contrário dos próprios documentos em que sustento ter piorado e por isso ter solicitado nova junta de reavaliação, não houve o mínimo zelo para com a minha situação - o Excelentíssimo Júri nem sequer me perguntou se detinha mais relatórios médicos, mas recolheu uns exames por se ter falado ao de leve e eu os levar com a minha mala de relatórios e outros documentos de saúde - (sei de casos em que o próprio Juri aguardou (e acho humano) por documentação para concluir o processo. E, aceito por obra divina (levei a noite a orar para que me preparasse para ter uma subida mas que não atingisse a valoração que correspondia aos meus anseios) não ter percebido quando a Excelentíssima Senhora Presidente do Júri de Avaliações me disse o meu novo coeficiente tinha diminuído. Percebi mal, via sorridente, e sorri, sou educado não tinha atingido os meus objectivos mas Deus me ajudara a aceitar, agradeci, e desejei um resto de dia bom.

Quer dizer eu tinha uma incapacidade de 0,630. O meu objectivo dada a minha vida, o estar praticamente abandonado, e o de ter de procurar vida só, procurava uma incapacidade superior a 0,659. Mas sou humano, sou doente, mas não sou mal formado, quando percebi da Senhora Presidente de Júri que tinha 0.640, aceitei, em outra altura buscaria nova subida. E só em casa, depois de almoço, olhando para o documento verifiquei completamente atónito que a minha nova valoração de incapacidade era de 0,604. Uma Junta Médica que foi uma farsa, onde não houve uma ponta de humanidade, eu até tinha mais relatórios dos especialistas, leva o tempo em Juntas Médicas em Évora, e estava a tratar da minha aposentação por invalidez. Mas os médicos apenas quiseram saber de me prejudicar. Há premeditação, dolo, tudo foi feito e pensado antes. Eu tinha feito entrega das declarações dos especialistas antes. A Junta foi um joguete. Fui maltratado tecnicamente, e humanamente. Fui discriminado.

Em seguida segue-se o que eu chamo a brincadeira do gato e do rato. E eu fui a cobaia da senhora Presidente da Junta Médica e dos seus pares. E, confesso, caí que nem um patinho. Inconformado com a minha valoração escrevo imediatamente à Senhora Presidente do Júri, ainda admitindo, na minha ingenuidade, tratar-se de erro, logo passível de ser sanado. Mas a minha carta ficou sem resposta. Não era erro. Mas tinha de saber o qeu se passava, os motivos de tal acto e desloquei-me à Unidade de Saúde Pública de Portalegre em dia de Juntas Médicas e a Senhora presidente do Júri disse-me com ar simpático e prestável, que o Júri entendeu que em face dos novos relatórios eu estava melhor. Mas não me disse isso na Junta, poderia ter entregue outros. E mais, me informou que com um Relatório mais detalhado tudo se corrigiria. E eu, tal rato cobaia, marco consulta no meu psiquiatra e levo à Senhora Presidente do Júri o enovo relatório junto também com um novo relatório da minha psicóloga. A Excelentíssima Senhora Presidente do Júri observou os documentos disse que estavam bem, mas já sem simpatia, e pouco prestável, pegou neles, e sem uma palavra se dirigiu a sua Sala de Juntas. Fiquei esperando. Até que fui informado que não seria tratado o meu caso nesse dia, quando fosse me comunicariam. Meses depois volto a reclamar, continuava a esperar. E fui falar de novo com a Senhora Presidente que me disse, hoje não posso fazer nada. Eu irritei-me, e rispidamente perguntei, estou cansado de andar nisto, diga-me quando? Respondeu, não sei, espere. Voltou costas e eu ainda tive tempo para lhe gritar que ia reclamar. Ela nem se virou, disse, reclame. Eu ainda gritei que era uma vergonha, que estava a ser discriminado, mas estava a falar para as moscas, Sua Excelência tinha desaparecido. No dia seguinte reclamei no Livro Amarelo. Sem qualquer resposta. E enquanto esperava sem acreditar em anda, lembrei escrever a Vossa Excelência. Sei que se trata de um homem justo, competente, um líder, uma pessoa influente, e um defensor da ética nos actos e procedimentos médicos. Alguns dias depois, do Gabinete de Vossa Excelência Senhor Bastonário me chegava a carta informando-me que a mesma teria sido enviada para o Departamento da Ordem dos Médicos do Sul.

Fiquei satisfeito, alguém andava com o caso, tudo se resolveria. E agora vem o atrevimento que é o segundo factor da minha carta aberta, se Vossa Excelência Senhor Bastonário, envia a minha carta para o Departamento da Ordem da Zona Sul, a minha presunção, é que havia matéria passível de apreciação, logo, no Órgão próprio, haveriam de ser tomadas as medidas julgadas convenientes.

Infelizmente o Departamento da Ordem dos Médicos da Zona Sul envia-me uma carta dizendo que o meu assunto não se enquadrava nas suas competências pelo que seria arquivado.

Excelentíssimo e Ilustre Bastonário da Ordem dos Médicos, o meu atrevimento está em pensar que alguém não andou bem. Ou eu que enquanto cidadão imaginei que o Excelentíssimo Bastonário da Ordem dos Médicos se interessava por casos concretos de actividades praticadas pelos médicos no decurso da sua profissão, ou Vossa Excelência ao enviar a carta para o Sul, livra-se de problemas, isto é. lava as mãos como o Pilatos, não querendo tomar a responsabilidade de apreciar e intervir - se fosse caso disso - no meu Processo, ou a Delegação do Sul, que recebe a carta e como se trata de alguém próximo aligeira a carga e eu que me cuide, ou, vendo que a Ordem não trata e devia fazê-lo, segue o mesmo caminho. No fim, Vossa Excelência Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, está tudo como no princípio. E eu, vou continuar com o caso para diante, sempre em frente. E nele vou levando comigo os que me ajudaram e os que me enganaram, e os que me ignoraram. Depois de muito procurar, dizia um filósofo, mal será que não encontre um que trate das coisas. Isso espero.

A Vossa Excelência Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos farei chegar cópia desta carta aberta, e reitero o meu respeito por Vossa Excelência e lhe desejo uma continuação no cargo com o mérito que o país pode observar. Deus fique com Vossa Excelência.


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