sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

UCRÂNIA - 1 ANO DE GUERRA - REFUGIADOS NA EUROPA


Uma das tragédias decorrentes da guerra da Ucrânia devido á invasão dos exércitos russos em 24 de Fevereiro de 2022, é o número de refugiados que abandonaram o seu país em busca de sobrevivência, de paz, de fuga aos horrores da guerra. Famílias, mulheres, crianças e idosos atravessaram as fronteiras e se espalharam pelos diversos países europeus. Para apoiar os milhões de refugiados, o maior movimento de gente assistido em solo europeu, os países organizaram-se e um movimento coordenado foi-se instalando de modo a que todas essas pessoas pudessem encontrar o mínimo de dignidade e condições de vida




Países europeus que acolheram mais refugiados:




Na Europa Ocidental


Polónia - 1.500.000
Alemanha - 1.050.000
Republica Tcheca - 486.000
Estónia, Letónia e Lituânia - 174.000
Itália - 169.000
Espanha - 161.000
Portugal - 60.000





Rússia - 2.800.000




 

O número de refugiados da guerra da Ucrânia registados nos diversos estados europeus é de 8.046.560








 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

IMPERDOÁVEIS SÃO OS CRIMES PERPETUADOS POR GENTE QUE FALA EM NOME DE DEUS

COM A CRUZ NA MÃO DEMASIADOS HOMENS DA IGREJA COMETEM OS MAIORES SACRILÉGIOS. 

COMO ACREDITAR NA IGREJA? 

COMO ACREDITAR NESSES EXECRÁVEIS ABUTRES QUE VIVEM ESPEZINHANDO O AMOR QUE APREGOAM?

A PRÁTICA DESSA GENTALHA  PODE ASSEGURAR A EXISTÊNCIA DE DEUS?

A IGREJA CARREGA A RESPONSABILIDADE POR TER CAUSADO MAIS MORTES, MAIS SANGUE DERRAMADO, E MAIS VÍTIMAS ALGUMA VEZ VISTAS NA TERRA.

É IMPERDOÁVEL.






A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja revelou esta segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2023, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, os seguintes factos:

  • ocorreram abusos sexuais de crianças por membros da Igreja, ou entidades com ela ligadas
  • conhecimento e encobrimento pela hierarquia religiosa
  • 4.815 vítimas
  • foram considerados 512 testemunhos válidos
  • 77% dos agressores eram padres
  • 52% e 47% vítimas do sexo masculino e feminino respetivamente
  • a média de idade do início dos abusos foi de 11,2 anos
  • incidência de abusos foi maior em Lisboa, Porto, Braga, Santarém e Leiria
  • os abusos eram expressivos em seminários ou instituições religiosas
  • 25 casos foram enviados ao Ministério Público
  • A grande maioria de casos prescreveu



"33. Este Relatório termina com um conjunto de Notas Finais e Recomendações. Quanto a notas finais, vale a pena referir algumas. Tema delicado, pouco estudado em Portugal, os abusos sexuais de crianças na Igreja tomaram uma visibilidade inédita com o Estudo. Havendo vias de comunicação abertas, seguras, independentes para «falar disso», aparecem testemunhos consistentes que são passíveis de tratamento científico. Os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica portuguesa existiram no passado e existem ainda no presente. Portugal não é um caso à parte face a outros países. As 512 vítimas diretas põem-nos no encalço de, pelo menos, outras 4300 e, se pensarmos que os abusos aconteciam, na esmagadora maioria dos casos, muito mais do que uma vez sobre a mesma criança, levam-nos a muitos milhares de abusos praticados. Encontrámos, no tempo e no espaço, uma notável diversidade de contextos em que aqueles aconteceram. A Comissão captou a ponta de vários icebergs respeitantes a vertentes deste fenómeno, vividos em certos tempos históricos e lugares institucionais. Todas as modalidades de abuso descritas na atual Lei Penal foram encontradas na amostra, desde as menos invasivas às mais invasivas, embora estas acabassem por ser, relativamente a outras, predominantes. As modalidades do abuso não se distribuem estatisticamente ao acaso: dependem do tempo em que ocorreram, de lugares/espaços, 20 de perfis de vítimas e de suas famílias, de perfis de pessoas abusadoras, no caso esmagadoramente padres, e pertencentes a franjas etárias distintas. Num tratamento estatístico mais sofisticado, propusemos uma cartografia dos abusos. Algumas daquelas pessoas abusadoras referenciadas ainda permanecem em atividade eclesiástica. Em alguns contextos, os abusos tiveram carácter sistémico, isto é, ancoravam-se na estrutura de funcionamento de certas instituições da própria Igreja. Uma atitude clericalista, a ignorância ou a desvalorização dos direitos da criança, o fechamento aos olhares de fora, tudo ditou a perpetuação dos abusos e reforçou o silenciamento das vítimas. O carácter sistémico dos abusos não pode, porém, generalizar-se a toda a Igreja, pois diz respeito a uma minoria percentual da totalidade dos seus membros. Sistémica foi a ocultação desde logo ditada pelos próprios, bem como dos superiormente colocados na hierarquia que deles tiveram conhecimento. O trabalho dos meios de comunicação social para a divulgação do apelo a «dar voz ao silêncio», bem como algum jornalismo de investigação revelaram-se fundamentais para a adesão de pessoas vítimas ao Estudo. A visibilidade mediática crescente que o tema foi adquirindo ao longo dos meses contribuiu também, de certa maneira, para a correspondente tomada de consciência por parte de muitos bispos e outros membros da Igreja que, no início dos trabalhos da Comissão, pareciam mostrar- -se ainda alheados e distantes do problema." 

in Dar voz ao silêncio - Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa - Relatório Final - Sumário Executivo - Lisboa, Fevereiro 2023

sábado, 11 de fevereiro de 2023

BRILHANTE CONTRATAÇÃO DO PS PARA TERMOS CASAS EM PORTUGAL


 ACAMPAMOS E FECHAMOS A PONTE 



 

Recordamos aquela legalidade no mínimo tão intrincada quanto brincalhona, da ministra adjunta do primeiro-ministro, a senhora doutora Vieira da Silva, quando resolveu contratar para o seu grupo de conselheiros, pago a preços de oiro, um jovem sem qualquer experiência saído dos bancos da universidade. Fiquei emocionado, a fé e a confiança depositada na juventude pelos responsáveis da governação em Portugal. Sentiram-se humilhados, provavelmente, médicos, oficiais, técnicos superiores, e demais trabalhadores qualificados que há muito trabalham para a administração pública. Paciência. Quem sabe, na verdade sabe, e a senhora ministra disse-o claramente que era tudo legal. E é.

Agora, segue-lhe talvez no jeito, e na astúcia subtil de aproveitar a inteligência nova que anda como que escondida do país, a senhora ministra Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, chamou para sua adjunta uma virtuosa menina, que alegou, teria sido chamada pela sua relevante experiência na inovação social. Deste modo Inês Alexandre, de seu nome, torna-se assim a nova coqueluche do elenco governativo.

Entrevistada na televisão esta jovem promessa socialista apresentou o modo como resolveria o problema da habitação. Fácil, impressionante em gente tão jovem. Tinha uma solução. Vejamos:

  1. Se a Decatlhon nos estiver a ouvir precisamos de patrocínios. Tendas. 
  2. Precisamos de muitas tendas. Quantos quilómetros tem a ponte 25 de Abril?.
  3. Acampamos todos na ponte. Fechamos a ponte.
  4. Até sermos ouvidos.
  5. Ficava na memória.
Que rasgo, que inteligência, que brilhantismo. De fato só mesmo em Portugal. Anda aí à solta cada maluco. E no governo. O povo é que paga a esta gente desnorteada que não faz coisa com coisa e anda a gozar com o nosso dinheiro, nossos sonhos e nossas vidas. Talvez o presidente que fala sobre tudo possa dar a sua opinião. Ele sempre é tão simpático. 


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

PORQUE PLATÃO ERA UM REACIONÁRIO E ATACAVA A DEMOCRACIA?


 

Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Era discípulo do filósofo Sócrates. Atenas atravessava um período de decadência, tinha decorrido a Guerra do Peloponeso, assistia-se a uma hecatombe do sistema democrático de governar.

Aristocrata, ele pertencia a uma das mais nobres famílias de Atenas, tendo recebido uma primorosa educação. Chegou a participar nos Jogos Olímpicos.

Platão deveria ter-se dedicado à vida pública e enveredar pela política.

Sócrates, de quem era o mais virtuoso e dedicado discípulo foi condenado à morte sob a acusação de “perverter a juventude”. Platão, revoltado, abandonou quaisquer ideias de exercício da política e passou a dedicar-se inteiramente à filosofia.

Regressou a Atenas, depois de um longo exílio de 12 anos - a amizade com Sócrates colocara-o numa perigosa fragilidade - com a idade de 40 anos, tendo então edificado a "Academia", onde se reuniam mestres e discípulos que aí estudavam as temáticas relacionadas com os problemas do mundo e do homem.






Como funcionava a democracia ateniense?


  • Os cidadãos governavam a Pólis. Todos os cidadãos participavam nas decisões que respeitavam à vida pública de Atenas
  • Os cidadãos atenienses reuniam-se na Ágora, em sessões de 9 em 9 dias
  • Atenas era provavelmente a maior cidade do mundo conhecido e a sua população estimava-se em cerca de 160.000 habitantes. Os cidadãos eram cerca de 15.000
  • Não eram cidadãos a grande maioria da população entre as quais as mulheres, os estrangeiros e os escravos
  • A frequência na Ágora por parte dos cidadãos não era obrigatória. Em reuniões importantes podiam participar à volta de 1.500 cidadãos, existindo relatos de reuniões onde o número de participantes rondariam as duas centenas
  • Todo o tema levado à Ágora era discutido e a decisão não havendo consenso era obtida pela parte que tivesse o maior número de aderentes
  • Temas privados levados à Ágora tornavam-se assuntos de ordem pública
  • A figura central da reunião na Ágora era o mediador que era eleito por sorteio e necessariamente ocupava esse cargo em poucas sessões, sendo substituído, pelo que a rotatividade era a norma, o que se entende dado o horror que tinham os atenienses a tudo que pudesse parecer-se com tirania, perpetuação do poder
  • O sorteio - ao contrário de eleições ou concursos públicos - garantia a participação em igualdade a todos os cidadãos. Qualquer um podia ser mediador. Não havia qualquer avaliação de mérito ou escolha
  • O tema mais discutido na Ágora foi a vida privada dos atores das tragédias e comédias
  • O segundo tema mais discutido na Ágora foi a composição da delegação ateniense para os Jogos Olímpicos
  • A votação para decidir o assunto em discussão na Ágora dependia das intervenções de todos os cidadãos que expusessem as suas opiniões mas, em bom rigor, dos cidadãos com maior capacidade de argumentar, e desse modo, persuadir os cidadãos presentes
  • Os cidadãos que dominavam os assuntos que eram levados ao espaço Ágora, eram os sofistas, cidadãos estudiosos da retórica e hábeis na capacidade de persuadir, de convencer os demais cidadãos
  • Os dois mais influentes sofistas de Atenas foram Górgias e Protágoras




Platão não escondia o seu descontentamento como o modo de poder se exercia em Atenas. Para ele, a tese que poderia ter o aplauso da maioria dos cidadãos poderia não ser, necessariamente, a melhor. E reforçava que a mesma seria mesmo ruim, porque a maioria era ela mesma de qualidade duvidosa. Para mais, Platão via no trabalho dos sofistas um tipo de sedução muitas vezes divorciada da razão, do interesse geral, do interesse da Pólis. E, em sentido contrário com o enriquecimento dos sofistas, que recolhiam importantes dividendos por defender interesses instalados de uns e outros, Atenas declinava.

Percebemos que a democracia dos gregos nada tem que ver com as modernas democracias. Não há sorteios. Nem todos os cidadãos podem tomar a palavra nas decisões que lhe dizem respeito ou à sua cidade, ou país. Há eleições e concursos públicos. Há maiorias para decidir, nas mãos de eleitos entre os cidadãos. São as democracias representativas. Como as da Grécia, parecem hoje, atravessar uma profunda crise. 

Este pequeno trabalho é reflexivo. Não tenho a veleidade de trazer para este meu blogue teses, teorias, discursos ou lições, mas se em algum ponto se criar uma dúvida, um pensar, uma reflexão, certamente foi obra que logrou encontrar razão para aqui estar. Deixo algumas questões:
 
  • As maiorias que hoje decidem nas modernas "Ágoras" terão, por via de regra, uma razão indiscutível e as suas decisões são tomadas, verdadeiramente, em defesa do interesse público?
  • Os deputados que representam o povo de uma nação, ou região ou cidade são eleitos tendo em conta as suas capacidades, ideias e princípios, ou são escolha por interesse de uns poucos, sem a exigência de quaisquer requisitos que não a fidelidade ao interesse e aos seus líderes?
  • Existirão ainda nos nossos dias gente, entre os políticos, como os sofistas que se impõem através de discursos persuasivos para a manutenção do poder e de satisfação de interesses pessoais, como o enriquecimento e a vaidade?
  • O interesse público ainda é uma missão para as classes políticas nas democracias atuais?
  • Porque as tiranias a que os gregos tinham horror crescem, hoje, paulatinamente, ameaçando os sistemas democráticos?
  • Os tiranos mostram-se mais aptos à governação, ou os eleitos democraticamente afiguram-se inaptos ao exercício do poder de modo a garantir uma vida digna aos cidadãos?



terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

PORTUGAL É UM VAZIO DE IDEIAS E GANHA EM INÉPCIA


Dizem uns doutos em economia que Portugal vai bem. Confesso que estou cético. Crítico mesmo. E provavelmente devo pertencer àquela gente despudorada que diz mal de tudo e de todos. Insatisfeito. Irreverente. Um pouco de tudo o mais.

Ao que consta o crescimento este ano que findou foi memorável. O governo brilha como um sol doirado. Mas, também não deixa de ser verdade que desde a epidemia de covid Portugal foi dos países que menos cresceu. Nisso o governo desinformado, entende-se, nada diz. Ficaria envolta a nossa imagem em forte neblina que taparia cruelmente esse tal sol que nos envaidece na felicidade tacanha da nossa pequenez.

Mas, em bom rigor, de olharmos o país real, onde poderemos de modo sério rejubilar de alegrias? 

A saúde nunca esteve tão ruim desde que me conheço. Grande parte da população não tem médico de família. Faltam médicos, enfermeiros, psicólogos, anestesistas, especialistas e mais um ror de gente que deveria cuidar da saúde dos portugueses. As listas de espera para cirurgias são escandalosas, há rastreios que se não fazem, juntas médicas atrasadas anos e anos, urgências que fechando não acodem os doentes urgentes e parturientes que vão fazer o seu parto, um pouco à sorte, onde depois se verá. 

A educação anda nas ruas da amargura. Professores nas ruas a lutar por uma profissão digna que os sucessivos governos teimam em avacalhar. A qualidade do ensino é fraquinha, a exigência é pouca e beliscar o sucesso escolar com passagens de ano praticamente obrigatórias é um sacrilégio. Sussurra-se que nos estabelecimentos privados é rotina elevar as notas aos alunos provocando um atropelo (entre imensos atropelos que se assiste em Portugal) à igualdade de oportunidades que a lei maior deveria proteger. Os alunos do superior não sabem escrever, a cultura geral é baixa e as noções em termos de ética e moral desprezados. E, anunciamos aos quatro ventos que temos a geração mais bem preparada de sempre. Falácias.

A ideia de justiça é ensombrada à abertura de cada telejornal. Muitos poderosos escapam às teias da justiça sem qualquer temor. Para eles os processos parecem não ter fim. Como explicar que a justiça funciona quando José Sócrates e Ricardo Salgado andam às contas com a justiça há imensos anos e sem qualquer fim à vista. Como falar em justiça se a ela só podem recorrer ricos e insolventes? Os tribunais parecem não dar resposta, os magistrados parecem enovelados em processos e mais processos sem se soltarem. Não há funcionários de justiça, nem guardas prisionais, nem prisões...

A administração interna navega entre polícias e guardas que relativamente novos ficam na reserva, enquanto as secretarias mantêm a presença de civis, e nas ruas é notória a falta de elementos. A criminalidade aumenta. Fomos o terceiro país do mundo mais seguro, hoje, apesar de tentarem nos convencer que tudo vai bem, as pessoas percebem que andar na rua é mais perigoso e que o número de gangues aumenta sem qualquer controle. Os estrangeiros pululam pelas cidades e vilas do país em condições da mais absoluta indignidade, muitos sem nada para fazer, aproveitando uma permissividade quase acintosa dos poderes públicos, que tornaram Portugal um país das facilidades para a imigração.

A economia vai bem. Mas as pessoas estão cada dia mais pobres, aumenta o fosso entre os ricos e os pobres e o número de bilionários não deixa de crescer. Os pensionistas arrastam-se depois de uma vida de trabalho perdendo realmente o poder de compra de ano para ano. Despudoradamente este ano o governo discriminou os pensionistas não lhes atribuindo o apoio adicional que estendeu aos cidadãos em geral e seus filhos. Ao contrário, adiantou-lhes uma quantia que agora descontam cada mês, mas mantendo imoralmente um valor de pensão a que foi "roubado" esse adicional. O poder de compra dos portugueses diminui de mês para mês. Os salários aumentaram abaixo da inflação o que determina que os portugueses continuam a ganhar cada vez menos.

Não há casas para os portugueses. Gente jovem vê-se na impossibilidade real de comprar ou arrendar casa. Os preços são absurdamente escandalosos e não se vislumbra uma solução. Como antes de Abril voltamos s ver casais a viver em quartos e muitos portugueses vivem em habitações degradadas e de verdadeiro risco. Os estrangeiros chegam, olha, compram. Os trabalhadores nómadas chegam, escolhem e alugam os seus apartamentos. Os estudantes chegam às cidades onde devem estudar e não há alojamento. 

Não se conhece uma ideia da parte do governo para resolver os problemas da saúde, da educação, da justiça, e dos demais sectores da vida nacional. Chama-se isto governar ao sabor do vento, tapando buracos quando chega uma ou outra borrasca, pondo ocasionalmente aqui e destapando ali, calando um protesto ou simplesmente assobiando para o lado que o rei vai nu,

A oposição, se verdadeiramente existe, também não apresenta uma ideia, não anuncia alternativas há falta de política do governo. Continuamos em Portugal a querer alcançar a governação não por mérito, por ideias e novas soluções, por capacidade, por trabalho feito, não, continuamos a acreditar que a chegada ao poder decorre serenamente do desgaste daqueles que o detêm. Rio acreditou, e andou a jogar com situações que devia clarificar e deixou envoltas em incertezas. Novo líder e novas incertezas. O governo tem, infelizmente, motivos para acreditar que a oeste nada de novo. Que o sol vai continuar a luzir apesar do frio que vai gelando tantos neste inverno do nosso descontentamento.