sábado, 24 de novembro de 2018

A IDEIA DE BOLSONARO NÃO SALVA A EUROPA, MAS É SEMPRE UMA IDEIA DE MUDANÇA














Sou europeu e logicamente acompanho as lutas e manifestações na França. Elas são protestos sobretudo sobre um aumento brutal nos preços dos combustíveis. Esses aumentos através de um novo imposto é justificado por Macron como um incentivo à troca dos meios de comunicação normais por outros ecológicos. O problemas é que os veículos movidos electricidade, por exemplo, são muito caros e naturalmente as classes sociais menos abastadas percebem que neste imposto existe um obstáculo real à sua possibilidade de se deslocar livremente, o que afecta a vida das populações em redor das cidades que utiliza diariamente o carro e nos meios rurais. 

Naturalmente - é lógico - as grandes empresas transportadoras aliaram-se de imediato pois são grandes vítimas dos aumentos. Aumentos esses que vão acusar grandes danos à empresas e posteriormente ao consumidor geral, pois com o aumento dos transportes todos os bens aumentam.

Creio que este movimento e esta luta nada trazem de novo, exceptuando as utilizações de novos meios de comunicação que não existiam no passado e vão provocar uma revolução nos mídea. 

Os franceses frequentemente saltam nas ruas, incendeiam carros, lutam contra a polícia e lançam o caos. O problema é que esta impopular medida vai contra uma percentagem gigantesca da população. O protesto é justo e um direito. 

Pensar que os franceses querem um conservador, é um erro. Porque haveria a França de querer um conservador. Para aplicar políticas liberais como ocorreram em Portugal em que quase tudo foi retirado aos portugueses? Os portugueses perderam salários, pensões, trabalham mais para se aposentarem, foram eliminados feriados, diminuídos os dias de férias, viram perder os direitos do trabalho, simplificar despedimentos e diminuir as compensações sociais. 

Ninguém quer isso. Conservas são boas para guardar na dispensa. As pessoas querem viver dignamente e necessitam políticos sérios, competentes e sábios. Se olharmos para a classe política a nível mundial está tacanha, burra, estupidificada, inútil, sem interesse pelo progresso ou pelo bem estar, servem-se dos lugares para proveito próprio e pouco mais. 

Amanhã os brasileiros provarão o liberalismo de Guedes. A cultura de Bolsonaro. O que é o ultra liberalismo, as privatizações em tudo e mais alguma coisa, e vão verificar se as pessoas vão melhorar de vida. 

Um país não é maravilhoso com uma bela economia e com cidadãos com frio, ou com fome, ou sem protecção na doença. Ou com educação para ricos e uma ideia dela para os mais débeis.

Os Estados Unidos não interessam para nada aos europeus. O seu presidente é um homem vaidoso, petulante, agitador, e que desestabiliza o mundo inteiro.  Ele não ganharia qualquer eleição na Europa. 

Os Estados Unidos têm as ruas cheias de miseráveis, pessoas sem acesso a uma saúde digna, ao lado de potentados de luxo. Essa visão do mundo é apenas para os mais fortes. Não tem humanismo. Um país onde as pessoas vivem na rua não pode gabar-se de ser um modelo. 

O ditador Salazar tinha o povo português na mais absoluta miséria e ignorância, e mantinha os cofres repletos de ouro. 

A Europa e o mundo precisam de gente séria, sábios, gente com espírito de missão, estudiosos, gente boa. A política foi assumida por canalhas vaidosos que avacalharam o mundo. 

Por isso o que que aconteceu na França, deverá acontecer noutros países. 

Para que se provoquem mudanças, rolem cabeças e entrem na vida política gente nova. 

Eu apoiei Bolsonaro. Era preciso ver o Brasil mudar. Ele vai resolver os problemas do Brasil? Provavelmente não. Mas tem nele o peso da mudança, e isso já por si é uma vitória. O mundo tem de mudar, os homens têm de mudar. 

A terra pode ser prosperidade e um continente limpo e as pessoas podem viver nela sem muros, sem vergonhas, sem divisões absurdas e sem fome. As guerras são sinais de brutalidade e de mentes limitadas. Quem não sonha com a paz e com um bem estar global esqueceu o humanismo e vê limitada a sua capacidade de pensar. 

Aconselho que olhem o mundo mas não queiram ver de modo redutor o que os outros fazem, e muito menos pensar que os outros olham para vós e vos seguem cegamente atestando como certa a vossa ideia de vida e de país. 

O Brasil segue cegamente os Estados Unidos (apoia Israel, pode retirar-se da ONU, abandonar os Direitos Humanos, pode abandonar os Acordos de Paris, pode tudo...). Parece uma fotocópia tremida dos facões da América do Norte. Falta ameaçarem também,. irresponsavelmente, a China e a Rússia ao mesmo tempo (com o bulldogue Coreano no meio) quando os últimos estudos comprovam que a vaidade americana não tem condições objectivas para ganhar uma guerra com eles. Essa fanfarronice além de perigosa mostra bem a quem está entregue a paz da Terra. 

A União Europeia ainda é uma aventura pois no espaço europeu há muitos modos diferentes de olhar o mundo. Na Europa há ainda a ideia de liberdade, de fraternidade e de igualdade. Foi na França que ocorreu a Revolução Francesa. Foi da Europa que saíram os ideais, as ideologias, as filosofias e ideias que pulverizaram o mundo moderno. 

Ainda é cedo para se pensar em domesticar cada nação. O português é muito diferente do espanhol. Este do italiano. O italiano nada tem que ver com o alemão. Muita água vai correr ainda debaixo das pontes. 

Mas a Alemanha não vai pisar as nações europeias, nem a França. A prova disso é que a poderosa Inglaterra está a sair. E percebe-se que grande parte do povo europeu anseia uma União Europeia baseada nos valores humanos, na paz, na dignidade, e na boa convivência. 

Enquanto os líderes europeus - que nem são eleitos pelos povos - não perceberem isso não haverá uma Europa nem das nações nem dos povos. E tudo o que se faz hoje, pode ser desfeito amanhã. Na Europa as conservas vão para a dispensa. Preferimos fruta fresca, natural e sem conservantes.







sexta-feira, 23 de novembro de 2018

ISTO É DEMOCRACIA OU A DEGRADAÇÃO DA DIGNIDADE E UM EMBUSTE AOS VALORES MORAIS?


José Matos Rosa e Duarte Marques também registaram presenças-fantasma no Parlamento







 Virá um dia rico ou não, 
 Contando histórias de lá de longe 
 Onde a pantominice lhe deu o pão
 Virá um dia rico ou não? 






(...)

O jornal (Observador)refere que José Matos Rosa estaria no arquipélago de Cabo Verde a 3 de fevereiro de 2017, embora na manhã do mesmo dia tivesse presença assinalada no plenário da Assembleia da República, registada através da sua palavra-chave pessoal. Um caso semelhante teve como protagonista Duarte Marques. A 4 de maio, concluiu o Observador, o deputado social-democrata esteve a participar numa conferência no Porto mas, na tarde desse dia, foi registada a sua presença no hemiciclo.
Duarte Marques lamentou o facto e terá já pedido ao Parlamento que lhe assinalasse uma falta, ao mesmo tempo que confessou já ter cedido a sua palavra-passe a terceiros para efeitos de registo no sistema de controlo de presenças do Parlamento. Quanto a José Matos Rosa, declarou estar convencido de ter havido "um lapso" e não prestou mais esclarecimentos.
José Silvano vai ser alvo de um inquérito-crime no DIAP de Lisboa pelo facto de, em dois dias de outubro, o deputado ter a presença registada no Plenário da Assembleia da República, apesar de assumidamente ter faltado aos trabalhos. Uma semana depois de o Expresso ter revelado essa discrepância, que Silvano não foi capaz de explicar, a deputada social-democrata Emília Cerqueira assumiu publicamente ter sido ela a fazer os registos do seu colega de bancada "inadvertidamente".

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Moral


Todo aquele que contribui com uma pedra para a edificação das ideias, 
todo aquele que denuncia um abuso, 
todo aquele que marca os maus, 
para que não abusem, 
esse passa sempre por ser imoral.




(Honoré de Balzac)









sexta-feira, 2 de novembro de 2018

2019 - ANO DE TODAS AS BATALHAS




PELA JUSTIÇA

PELA VERDADE

PELO DIREITO


















UM FILÓSOFO (F. Nietzsche)







“Um filósofo: é um homem que continuamente vê, vive, ouve, suspeita, espera e sonha coisas extraordinárias; que é colhido por seus próprios pensamentos, como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, constituindo a sua espécie de acontecimentos e coriscos; que é talvez ele próprio um temporal, caminhando prenhe de novos raios; um homem fatal, em torno do qual há sempre murmúrio, bramido, rompimento, inquietude. 


Um filósofo: oh, um ser que tantas vezes foge de si, que muitas vezes tem medo de si – mas é sempre curioso demais para não “voltar a si”...” (JBM/BM §292).


 [Friedrich Nietzsche]