domingo, 29 de janeiro de 2023

LISBOA 2023 - JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE



No último "post" insurgia-me para a loucura quase insana, mas seguramente pouco ética, dos gastos absurdos que a Câmara Municipal de Lisboa, e possivelmente a de Loures, e ou outros, se propunham gastar para edificar um palco para as celebrações das Jornadas Mundiais da Juventude que vão ocorrer em Lisboa em Agosto, com a presença do Papa Francisco.

Mas depois de acompanhar o mais perto possível as polémicas e as informações que decorreram da publicidade desses gastos bilionários, apercebi-me mais uma vez da minha ingenuidade, ou, por algum défice proveniente da idade ou falta de inteligência, da aparente incapacidade de vivenciar a realidade.

Em bom rigor eu reclamava de trocos. O gasto que me parecia faraónico com o palco principal das comemorações, que ultrapassaria os 5 milhões de euros perdem-se num total que hoje se percebe, fora os inevitáveis desvios, para mais, tão característicos do que se passa com as obras públicas no nosso país, num total que rondará os 160 milhões de euros.

Falando rude, adoro confesso - e não tem mal, - Cristo foi de chicote em punho contra os vendedores do Templo - tudo isto é coisa de gente sem qualquer pingo de vergonha. E à vergonha acrescem outros pecados mortais, incompetência, desprezo pelos cidadãos, desnorte e baixa política.

Incompetência pois estarmos a seis meses das Jornadas e termos tudo atrasado, como se tivéssemos tomado a maior obra feita em Lisboa por muitas e muitas décadas, sem rigorosa e atempada programação. Todos os atrasos são catastróficos e correr atrás do prejuízo em empreendimento desta monta mostra ao mundo a displicência, a ligeireza, a irresponsabilidade como assumimos estas gigantescas responsabilidades.

Os cidadãos foram totalmente desprezados, mantidos longe de tudo o ia decorrendo, ou do que necessitando obra se não fazia, e dos custos, e dos projetos. E falam na participação dos cidadãos. Mais uma acha que ajuda a explicar o declínio das democracias, que só para tolos se designam de representativas. Se os cidadãos estivessem envolvidos todo este frenesim, discordâncias, desajustes, protestos poderiam não existir.

Há um desnorte entre as instituições e o que acontece. O presidente aparentemente pareceu-me concordar, inicialmente, pois, alegou na TV, o alter e tudo o demais que se edificava, ficaria como melhoramento a ser utilizado para o futuro. Depois, o assunto expandiu-se por todo o país e o povo, debaixo de larga crise e vítima de um governos com pífias políticas de ajuda face aos problemas levantados pela guerra e pela inflação, reclamou, refilou e protestou. Entende-se. Veio a correr o presidente falar na bondade e humildade do Santo Padre e que as obras deveriam espelhar isso, devendo ser mais espartanas. O presidente da Câmara de Lisboa que herdou este empreendimento e teve de correr atrás de uma letargia incompreensível, veio defender a obra, oq que ela representaria para o futuro, para a escolha da empreitada e para a decisão de que a contribuição da autarquia nunca iria ultrapassar os 35M€. A Igreja que de vetusta e sábia silenciava as coisas veio dizer que ia investir no projeto qualquer coisa como 80M€. Mais o Governo, a Câmara de Loures,... 

A nossa baixa política além de continuar a cavar um fosso cada vez maior entre os cidadãos e as instituições do estado e da administração pública, e o Governo, e os autarcas, e os deputados, e os tribunais e tudo o que gira para além do que é claramente privado e sem relações com a esfera pública, alimenta os extremismos, os correligionários do Chega, os seguidores e apologistas de uma direita tendencialmente personificada numa pessoa e sem pingo de democraticidade. Não é o Chega que ameaça a democracia, os portugueses e Portugal, ocorre exatamente o contrário. É o governo, a partidocracia, todos aqueles que se alimentam despudoradamente na manjedoura da máquina estatal, que fazem crescer os denominados populismos, extremismos. Fazem as asneiras e depois gritam aqui del-rei.

Tenho para mim que um evento desta natureza só tinha necessitado de organização, competência interligação entre as diversas entidades envolvidas no projeto e execução das obras e a abertura do que envolvia este empreendimento, seus custos, suas vantagens para o país e para a cidade de Lisboa e provavelmente o concelho de Loures. E bom senso.

E teríamos boa obra, executada a tempo e bem, sem querelas, sem atropelos e as pessoas poderiam compreender e aceitar, apesar dos maus tempos e da péssima governação, que este acontecimento vai dar projeção a Portugal, vamos ser visitados por um milhão e meio de estrangeiros, que iriam deixar avultados lucros as cofres do estado e de muitos portugueses.

Bastava competência, seriedade, rigor, informação, planeamento. Mas o país está à deriva, os portugueses não deixarão de continuar empobrecendo e o governo, com o apoio próximo do presidente, continuará a dizer que tudo iria bem não fosse a guerra da Ucrânia, a inflação, a Troika, o Passos Coelho, e tudo mais. Mas tudo vai bem, assegurará. 

Entretanto o Chega já declara que quer ministros, ou mesmo o primeiro-ministro. É chocante? Não, não e, é a resposta à incompetência, ao clientelismo, ao aumento da desigualdade, dos reformados que não tiveram a ajuda que o governo andou a distribuir, são as vítimas do regime que vêm o seu poder de compra a diminuir cada dia. Há que repensar o regime e tentar perceber se de fato a democracia que temos é recomendável ou urge introduzir nela profundas alterações.

Será que vamos a tempo? Tenho sérias dúvidas.



 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

A VELHA MANIA DAS GRANDEZAS


A Câmara de Lisboa vai investir cerca de 35M€ na JMJ, dos quais 21,5 milhões serão no Parque Urbano Tejo-Trancão. O altar foi adjudicado pelo valor de 4,2M€. Só a pala, que foi aumentada custará 2M€. E os alicerces, vão somar mais de 1M€. 

Os deuses devem estar loucos. 

Um estado que parece ser laico mas não é bem, entenda-se. 

Um governo que se lamenta e justifica com o flagelo da inflação, da guerra da Ucrânia, com a Troika e com o Passos Coelho vai agora, dar piruetas e de mãos dadas com as Câmaras de Lisboa e de Loures, e o Patriarcado, dar de barato mais de 100M€ para um evento religioso. 

Os aumentos da função pública foram mesquinhos, e com eles se arrastam os dos demais setores, o que fizeram aos reformados, discriminados no apoio do governo e aldrabados nas suas atuais pensões, com os alimentos básicos inacessíveis, o poder de compra dos portugueses a baixar todos os dias, com mais pobres, mais gente sem conseguir aceder a casa, gente a viver nas ruas. Mas afinal, percebe-se, sempre há dinheiro. Mas não para os portugueses. 

(Portugal está mergulhado num profundo e despudorado desnorte, está à venda aos estrangeiros ricos que aqui podem viver com custos menores que os cidadãos lusos, e aberto a todos os estrangeiros que entram facilmente, para trabalhar ou para ficarem pelas ruas, sem dinheiro, nem alimentos, de mão estendida engrossando o a desgraça existente).

Pergunta única: o Papa Francisco aprovaria semelhante atentado aos que mais sofrem e aos que nada ou pouco têm para viver uma vida digna?

Sem palavras






 

"Se nós temos aqui um milhão e meio de pessoas que vão permanecer nesta região, nesta zona, durante seis dias, a experiência indica-nos que um grande número vem uma semana antes e vai uma semana depois. Agora imaginem que em termos médios estes 1,5 milhões, durante estes seis ou 15 dias, gastam em média 200 euros na sua estadia. Se assim for, o retorno para a economia é dos 200 a 300 milhões de euros"

(Tudo é economia, ganhos, dinheiros nos bolsos dos portugueses? A JMJ vai ser um filão que Portugal encontrou? Qual vai ser o crescimento do PIB? Quantos países vamos ultrapassar na União Europeia? A pobreza vai diminuir? Quantos milionários novos vão aparecer? A crise da habitação vai encontrar aqui uma ajuda expressiva? A dignificação dos professores vai por diante? Os reformados vão ver na pensão o valor que detinham mais os tais 7,8 %? O governo vai controlar a inflação e o gás, os combustíveis, a electricidade e os produtos básicos vão baixar?)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

JOGARAM NO LIXO A LÍNGUA PORTUGUESA




 

Não imagino a língua castelhana vir a sofrer alterações na vizinha Espanha sob a justificação que poucos poderiam entender que no outro lado do mundo existem povos e nações que falam um castelhano diferente.

Nem percebi que alguma vez o Reino Unido tenha aplicado ajustamento no inglês que se fala em todo o mundo justificando que do outro lado do mar um maior número de pessoas falavam um inglês parecido, mas com modificações provocadas pelo decurso de tempo e novas influências.

O francês continua o mesmo francês, com a evolução natural que mesmo os idiomas sofrem com o tempo no seu espaço natural, não tendo sofrido alterações por negociações extraordinárias com os países que fizeram parte da francofonia.

Fernando Pessoa declarou que a sua pátria era a língua portuguesa, não esta nova língua que nos impingiram por decreto e para harmonizar a língua mãe com aquela que é falada nos países de língua oficial portuguesa.

Em cada espaço geográfico é natural e salutar que nos idiomas se venham a notar alterações, evoluções. Tal decorre naturalmente de serem vivas as línguas e se ajustarem a novas realidades, normalmente decorrentes das influências externas e do tempo e espaço.

O natural seria manter o português de Portugal como idioma mãe entre os países que falam este mesmo idioma. E observar com naturalidade que em cada um dos espaços onde se fala português as alterações na escrita e fonética são fenómenos que apenas confirmam a vida, as experiências e as influências que o tempo fazem sentir.

Alterar o idioma mãe para harmonizar os demais? Onde está hoje o português tal qual se fala? No Brasil? Em cabo Verde? Em Portugal? Em Timor? Qual o real, o verdadeiro, o que todos seguem? O que vale um acordo em tais matérias? Quantas vezes teremos de rever os acordos e ir alterando a nossa língua? E algum dia haverá algum tipo de uniformidade no modo como se escreve o português em cada um dos cantos do mundo? E isso interessará realmente, uniformizar, regulamentar, estabelecer preceitos? 

Quando um país altera a sua língua deve e pode fazê-lo face a alterações que se observam e decorrem de atualizações face a novas influências. Justificar essas alterações nos outros países parece-me, parafraseando Pessoa, assassinar a língua, e entende-se bem, corroer essa ideia de pátria.

O acordo ortográfico foi um atropelo de dimensões absurdas à Língua Portuguesa, aos portugueses e a todos aqueles que a utilizando criativamente e com genialidade a propagaram por todas as partidas do mundo.

COMO APROVEITAR NA SUA CIDADE O DESNORTE QUE INVADE A VIDA PÚBLICA?


ÚLTIMAS NOTÍCIAS: A Polícia Judiciária investiga na Câmara Municipal de Setúbal possíveis atropelos à contratação pública. Morão o conhecido autarca de Castelo Branco, depois de aposentado e com um lugar no Conselho Intermunicipal em exclusividade, foi contratado para controlar as obras na Câmara de Lisboa. Em Espinho a promiscuidade entre presidentes de câmara e empreiteiros leva a investigações e seis pessoas foram constituídas arguidos. Há alguns em prisão preventiva. 




O problema maior vai ser onde colocar toda essa gente que se aproveitou em benefício próprio no desempenho de cargos públicos, depois de conhecidas as penas e de apuradas, como deve ser feito a realidade nacional como um todo. Urge perceber, de uma vez por todas, as diversas formas como o poder tem privilegiado amigos, correligionários, familiares e os seus próprios membros no comando da coisa pública, procedendo a investigações gerais, estudando o que se tem passado, julgando quando há necessidade de confrontar comportamentos com a lei, e aplicando penas se a mesma lei as estabelece por desconformidade entre as práticas e a legalidade.


Tenho para mim que caso as entidades públicas fossem alvo de rigorosas investigações, por quem de direito, desde os institutos públicos, empresas públicas, instituições do poder local, regional e central, teríamos de sentir, enquanto portugueses, enquanto cidadãos da Europa e do mundo, uma vergonha profunda. Muitas ilegalidades seriam descobertas e as imoralidades não teriam fim. Vivemos num país permissivo a todo o tipo de "jeitinhos" com que se beneficiam irmãos, primos, filhos, sobrinhos, amigos e amantes. Um país onde às claras se procede imoralmente à contratação de assessores inexperientes pagos, pelo erário público, ao preço dos melhores quadros que pelo país laboram. Vejo adjudicações ardilosas feitas a quem se quer, concursos combinados, concursos abertos armadilhados, obras que ultrapassam os valores contratualmente celebrados sem quaisquer tipos de controle, histórias de luvas, de corruptores e corruptos. O país, verdadeiramente está a saque. Hoje dos socialistas e os seus muchachos, ontem dos laranjinhas e seus companheiros e amigos. Tudo tem sido um desbaratar. Democratizou-se a metralhada organizada na política. Os irmãos Metralha já não figuram apenas na banda desenhada.




 

Os males de uns são geralmente oportunidades para outros. Pegando nestes desabafos obviamente exagerados mas piedosos, ainda podemos pensar em tirar dividendos de toda esta alhada de gente desconforme com o direito e as boas práticas, desta gente que desconhece ou simplesmente rejeita a ética, foge do que é a moral, despreza os outros e ignora que a coisa pública devia ser uma missão de alto valor, um serviço aos portugueses a a Portugal.

Veria com bons olhos a construção de uma nova prisão - e bem grande - para dar acolhida a condizer a toda esta gente. Por um lado, facilitariam as decisões dos magistrados que conhecem da sobrelotação das prisões. Não indo estes gran finos ocupar os lugares dos criminosos de delito comum. Nem acredito que coabitassem harmoniosamente. Não estou a ver um ladrão de fome a conviver com um ladrão de casa de férias no Algarve, andar no parque das Nações, carros nas garagens e férias nas Maldivas. Um e outro iam sentir-se mal, creio. Na canalhice poderiam até estar muito próximos, mas tal não ia ocorrer na ideia que ambos continuam a ter de princípios. O que rouba para comer despreza o que rouba para esbanjar luxos e vaidades. E ao canalha que finta a lei e enriquece causa náusea o ladrãozinho descalço.

Uma cidade em queda, por exemplo Portalegre no Alto Alentejo, seria imensamente beneficiada com a colocação de uma prisão desta gente especial. Seria mais uma unidade da administração pública a sediar-se numa zona em que o desenvolvimento parou faz bastantes anos, seriam mais uns empregos e a criação de muitos postos de trabalho indiretos. E seria interessante ver-se visitada esta cidade do interior, abandonada, esquecida, por gente grada que visitariam, penso eu, os seus familiares e amigos, pela cidade degustariam iguarias regionais de boa qualidade e os bons vinhos da região. E depois, sempre seria notícia a passagem por uma ou outra rua de alguém que se via antes na televisão, nos jornais e nas revistas. Seria um acordar intenso numa cidade que parece mortiça. Venha a prisão, mas primeiro prendam quem não deve andar à solta.

 

DEMOCRACIA EM AGONIA LEVA PORTUGAL AO CAOS

Parece que não restam quaisquer dúvidas que a queda expressiva de Portugal, está intimamente ligada a um governo de gente absolutamente impreparada, de fraquíssima qualidade técnica,  de pífia ideia política e de ética mais que duvidosa. Junta-se à procissão um presidente que parece o maior tutor do primeiro ministro (que perdeu o brilho e as qualidades que todos lhe atribuíam) figura parda do regime, cinzento, sem ideias, exausto,  agora revelando uma total incapacidade ou inabilidade para governar. 
 


O presidente e o primeiro ministro, pese embora ao primeiro ainda se lhe atribua uma razoável quota de popularidade, são indiscutíveis responsáveis pelo estado do país e pelo desnorte em que o governo mergulhou, que não governa, e por um país que vai sendo ultrapassado pelos demais, onde o número de pobres aumenta, onde não há saúde, nem educação, nem sequer justiça, onde a administração pública não funciona, e o aparelho do estado está nas mãos de correligionários sem qualquer competência ou preparação, e onde se assiste a umas más práticas e tropelias com corrupções inexplicáveis.



Dificilmente podemos pôr as mãos no fogo por um ministro, por um secretário de estado, por um diretor geral ou algum dirigente da máquina que o estado possui seja na administração central, na regional, na local e na periférica. O braço da justiça, que geralmente se mostra incapaz de julgar quem parece ter violado as leis e prejudicado o país e os portugueses, - é conhecida de todos a morosidade que os casos envolvendo as mais poderosas figuras deste pobre mundinho ocorre aos olhos de todos - recorre nestes tempos a casos novos, novos suspeitos, promiscuidade que há muito todo o mundo conhecia também, onde se misturam, como sempre, as maiores figuras do meio governativo e da máquina administrativa e empresarial do estado. 



Para se ser membro de um governo, o indigitado passa pela obrigação de responder a um questionário a que, por sua honra - quem a não possui sempre até ao dia do juízo? - se diz pessoa de bem, sem casos ocultos na vida, sem burlas e sem cadastros. Ao que chegámos. Mas de facto atendendo ao elevadíssimo número de gente pouco recomendável que se mexe nos corredores da política e dos partidos, o primeiro ministro já não é capaz de assegurar gente elevada, gente honrada, gente de bem. Que os há, acredito piamente, mas grande parte já faz muito tempo se afastaram da vida nesta partidocracia, que muitos nos querem enganar quando juram salvar a democracia. O primeiro ministro já tem dificuldade em convidar gente de qualidade reconhecida e agora agrava-se o escrutínio dos que dirigem o país, que temem agora  responder pela dignidade, seriedade, honradez dos que com eles partilham lugares, parcerias, amizades e companheirismo. É, sendo rude, a democratização da falta de princípios e de nobreza. É uma reles baixaria.



Ao governo não falta a bendita argumentação sobre o tenebroso perigo que aí vem, do lado da extrema direita, do Chega e do seu presidente, dos radicalismos. Aqui del rei, que atacada a democracia o povo deve sempre optar pela sua intransigente defesa, nem que para tal suporte os vilões. E gritam que a democracia está em perigo. E para que nós salvemos essa agonia democrática em que estamos mergulhados, recomendam-se, a eles mesmos, que têm despudoradamente dado cabo da democracia. As democracias estão em queda e os que detém as responsabilidades colecionam desaires, insucessos, incapacidades perante um mundo mergulhado em profunda crise. Quem atenta verdadeiramente contra a democracia são os que em nome dela desgovernam o mundo a atentam contra povos e nações.



 Como acreditar nas democracias se o mundo é cada vez mais desigual? Este é um problema tremendo de incompetências, desajuste e autismo. Como vai sobreviver um modelo que assenta, segundo o Banco Mundial, em 1% da população detêm 38 % da riqueza e, 50% das pessoas sobrevivem com 2 %. Em Portugal também aumentaram o número de ricos, como aumenta perigosamente o número de pessoas à beira da pobreza e os que nela mergulharam sem hipóteses de lá sair. Necessariamente, serão um dia os tais que perfazem os 1% a correr atrás das multidões de famintos e sem terra nem casa, para que nas suas sumptuosas mordomias, descortinem um modo de sobreviver. Nessa altura, não irão a tempo, ou as democracias já serão coisa do passado.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

EX(CITAÇÕES)


"Sabemos que nos mentem. Eles sabem que nos mentem. Eles sabem que nós sabemos que nos mentem. Nós sabemos que eles sabem que nós sabemos que nos mentem. E, mesmo assim, eles continuam a mentir"

Alexander Soljenitsin




"As varas do poder, quando são muitas, elas mesmo se comem, como famintas de maiores postos"

Padre António Vieira



"Quando o poder dirige a sua mira para o bem pessoal de quem o exerce, já degenerou em tirania"

Jaime Balmes, filósofo e teólogo



 

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

GOVERNO AMEAÇA A ESCOLA PÚBLICA E FOMENTA AS DESIGUALDADES

 


CITAÇÕES que nos fazem reflectir e nos alarmam 

"A degradação da escola pública é mais um factor a contribuir para o agravamento das desigualdades, juntando-se à transição para a inteligência artificial. Estamos a construir uma sociedade de tribos em silos, com ricos ou educados de um lado e pobres e malformados do outro, sem se conhecerem nem conseguirem falar uns com os outros, com as consequências sociais e políticas a que temos assistido nos EUA e no Brasil."

(O Observador, 2023/17/01, Helena Garrido)