sábado, 30 de abril de 2016

HÁ QUE ADMITIR NOSSOS ERROS - MEA CULPA

"O pensador é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"


Nietzsche



PARECE QUE TODOS NOS ENGANÁMOS... - felizmente que o erro além de ser absolutamente característico do ser humano, que é imperfeito, filho de Deus, é também muitas vezes, algo de muito precioso. Como nos pode garantir a epistemologia (ou a história da ciência). Quantas vezes não errou o cientista que apelidamos de ser genial antes da descoberta que o vai catapultar para junto daqueles que a lei da morte liberta. E permanecem.

Não há que ter vergonha de errar, nem de assumir o nosso erro, apenas haverá que responder por ele, corrigindo-o se esse facto de per si resolve a situação, respondendo por ele se acaso provocou danos em outrem.

Eu, após me aposentar por invalidez, tive de encontrar um título qualquer que agitasse, ou ironizasse, ou provocasse, qualquer coisa, ser só aposentado parece não ser quase nada, mas exisatem aposentados que são muito, que têm intervenção social, solidária, científica, literária, nas artes e até na aprendizagem (hoje proliferam as Universidades Séniores).

Escolhi o meu título - eu levo o tempo com pensamentos se entre-cruzando, da direita para a esquerda, e ao invés, e de baixo para cima em descontrolada vantagem aos de cima para baixo, que são mais penosos. Penso mal e penso bem, baralho e volto a dar, misturo tudo e sai salada russa, e nem me apercebo se tudo o que entra nesta caixa de descontroladas fantasias, acaba por sair. Ou se algo fica, e se envolve qcom o que entra em seguida, de tal maneira que nunca o espaço dedicado à paz fica liberto.

Sou um PENSADOR. Não vejo nem mentira, veleidade, nem pretenciosismo no meu título não académico. É o que faço, e faço à minha maneira, livremente e de modo vivo, permanente, teimoso. Penso e, naturalmente meus pensamentos, que destino a mim próprio, deixando aos outros essa faculdade de pensar, não possuem uma qualidade que justifique o reconhecimento da minha actividade. Se pensasse bem podia virar filósofo. Imaginem-me em equipa de bola tendo por companheiros pensadores como Sartre, Hulme, Nietzsche, Montesquieu, Locke, Kant, Platão, Feuebarch, Hegel,eu,e faltando um na baliza, ali íamos colocar Santo Agostinho. Pensado bem, com esta equipa, - o nosso Cristiano Ronaldo, que também pensa, vinha tomar o meu lugar que sou um coxo,  - a mente dava uma cabazada no Bayern de Munique, ou no Barcelona, ou em qualquer outra equipa.

E tudo isto para dizer que nos enganamos, para dizer que basta fazer, basta não estar estático, e a todo o tempo o melhor, comete um deslize, uma distracção,  um erro. Há erros que metem golos, há erros que fazem luz. E quando não faz golo nem faz luz, há sempre a hipótese de humana e humidamente aceitar que errámos e corrigir. Agora só nos resta acalmar, reforçar o comprimidinho SOS e esperar. Tudo se resolve.


ERRARE HUMANUM EST

SOCORRO...

ERRAR É HUMANO



Não gosto de colocar a minha foto por aí. Gosto de fotos do mundo que me envolve, da criação divina que se manifesta sempre de um modo marcante e tem momentos de beleza impressionante, e de uma ou outra obra que o ser humano edificou e merece ser conhecida de todos. Os retartos não são o meu forte. E de mim, menos ainda, são raros, pois acho sempre o que efectivamente sou, há que ter a humildade de o reconhecer, nada bonito, agravado por me parecer ainda, ficar pior (não no sentido clínico) do que na realidade sou.

Mas hoje fui forçado a dar a cara. Ser honesto comigo mesmo. E não esconder dos que comigo partilham as minhas pequenas coisas da vida que sou imperfeito, que tenho muitas debilidades, imensas dúvidas e acabo errando vezes demais. Ontem, creio, cometi um erro clamoroso, e devo pedir desculpas, aos que atingi com as minhas irresponsabilidades e juízos de valor injustificados e aos que eventualmente, acreditando, aceitaram como válido o que coloquei aqui como queixa.


Ontem, considerei que tinha sido vítima de uma má acção, de malvadez, de vinganças, de intrigas, ou de manifesta incompetência, de tudo o mais que não sendo boa coisa, teria afectado a valoração que os Excelentíssimos Médicos da Junta Médica de Avaliação de Incapacidades para efeitos fiscais determinaram.

Como expliquei, quando me apercebi da realidade caí num estado de desequilíbrio e sofrimento intenso que me toldou a capacidade de ser lúcido, e de pensar claro. Por pouco me matava, mas programei a morte, num acto rápido e solitário, interior, precisava de uma corda que compraria no dia seguinte, e a minha casa da lenha seria o lugar adequado, tem vigas de cimento onde segurar a corda, enfim sempre lembro esse lugar. Em seguida num acto tresloucado me mataria na Unidade de Saúde Pública de Portalegre, sendo, deste modo, a tragédia cometida junto daqueles que a provocaram. Como se fosse a outra face da moeda. E, por fim, Deus existe, decidi lutar. Uma luta que sempre teve como objectivo primeiro defender todos aqueles que podendo ser vítimas como eu, não teriam capacidade para se defender. Morria atingindo três objectivos; dava descanso a uma mente inquieta e infeliz, desinteressada da vida, provocaria um acontecimento num organismo público em pequena cidade o que seria capa de jornal e chamaria a atenção das entidades policiais e de justiça, e com esse último acto faria o que toda a minha vida fiz, ajudar os mais fracos, defendê-los, e defender os valores e princípios, hoje em desuso, mas que sempre nortearam a minha vida.


Depois de colocar aqui, neste meu bloque dedicado a todo este romance esse "post", lido e relido, diferentemente de antigamente cometo muitos erros, e nem sempre consigo acompanhar os pensamentos o que me leva a falhar palavras, fiz uma ou outra correcção, coisas simples, mas me escapam, e fui descansar. Com a consciência tranquila do dever feito.

Passaram horas e mais horas, o dormir agora está cada vez mais complicado, volta para um lado e volta para outro, e durante todo esse tempo em que espero a paz do descanso que algumas vezes nunca vem, fui acometido por uma quantidade imensa de coisas. Tudo ruim. A minha cabeça parecia uma matraca. Os problemas misturavam-se. E eu, sempre que podia, tentava desviar tais tormentos tentando um monólogo, que normalmente é reparador e antecede o sono, com o meu Deus.


Talvez fosse mesmo alguma influência do divino, repentinamente, veio ao meu juízo a convicção que tudo o que fizera podia estar completamente errado, e que em sequência disso, tipa cometido uma injustiça pública gravíssima. Levantei-me, e fui observar a papelada dos dois processos de avaliação da minha incapacidade. Fui ver a legislação aplicada. Já não voltei à cama. dei voltas nos documentos, relatórios, exames, fiz contas e mais contas, e quanto mais eu labutava na procura da certificação das minhas ideias, mais certezas me invadiam e mais consciente ia ficando de ter atropelado eventualmente gente que o não merecia.

É que cheguei à conclusão - se podemos encontrar algum valor nas minhas teorias - que a subida da minha valorização da Incapacidade era tão óbvia, que o ocorrido era simplesmente um erro, erro de contas, a que o direito chama erro grosseiro, logo facilmente sanável.


E, fiquei mal com a minha consciência. Eu já não andava bem, depois na véspera tudo que tinha por mim passado era avassalador e de tinha trucidado completamente, tendo perdido em poucas horas algum benefício que a minha medicação e meu acompanhamento regular por uma psicóloga, tinham produzido. E estava naquele estado lastimoso por minha culpa. Eu é que errei, em toda a dimensão. E depois desta noite mais de insónia, e matutando no caso percebi tudo o que no meu espírito fazia sentido.

Pensei deste modo: a Excelentíssima Senhora Doutora Presidente da Junta de Avaliação de Incapacidades deve ter-me dito realmente que a minha valoração era de 0,640. Provavelmente entendi bem, mas por erro, havia troca de números no documento. E ao ver um número diferente e de valor menor, entrei em pânico, caí, fiquei sem norte, sem saber o que fazer. e nunca me lembrei que aquele número podia ser apenas resultado de um erro. E pensar que podia ter feito uma loucura.


Fui precipitado, o assumo, e decidi de imediato escrever uma carta, que enviei registada e com aviso de recepção - foi recebida pois possuo esse comprovativo - em que expondo estar inconformado com a valoração constante do documento que me foi dado, da Nova Incapacidade, indicava a possibilidade de se tratar de um erro, e de tão claro e óbvio, se poderia facilmente corrigir. Logicamente estando tão perturbado como me encontrava a carta não iria nas melhores condições, mas estou seguro que Sua Excelência a Senhora Presidente de Juntas Médicas, melhor que ninguém, entende os comportamentos e atitudes de quem está enfermo, e vai debruçar-se no essencial exposto.

Enviei a carta e fiquei tranquilo esperando a resposta. Confiante que o erro ia ser corrigido e tudo entraria em normalidade e eu, com o tempo, voltaria, se Deus quisesse, a sentir melhoras.




sexta-feira, 29 de abril de 2016

OBRIGADO MEU DEUS, VOCÊ ESTAVA DO MEU LADO


DEUS

EVITOU UMA TRAGÉDIA



QUEIXA: PAC0000003 / 2016.04.29



Muitas vezes o ser humano é confrontado com a dúvida da existência de um ser Divino, Senhor de Todas as Coisas, 
da Vida e do Universo
que é Amor, Justiça, Perdão,
a quem chamamos Deus.
Mas eu afirmo, DEUS EXISTE,
e sem ele naturalmente minha vida não haveria de voltar a ter rumo, nem energia, nem resistência.

Ele estava do meu lado nessa Junta Médica, e evitou uma eventual tragédia, atordoando o meu entendimento, não tendo conseguido perceber exactamente o valor da minha valoração, nem mesmo depois de mostrar o documento a outras pessoas e do ter nas mãos bastante tempo.


Honestamente não sei o que poderia ter acontecido se percebo claramente o coeficiente que aqueles médicos a quem eu cortêsmente agradecera, me tinham atribuído. Mesmo depois de terem em sua posse os documentos dos especialistas declarando eu me achava "piorado".

Eu ia preparado para tudo o que a racionalidade e a lógica nos indicam, e pensando que ao facto de me encontrar pior, declarado por especialista que sobre a matéria tem maior conhecimento que os Excelentíssimos Médicos que compõem a Junta Médica de Diminuição de Incapacidade, ia preparado para uma subida, nem que fosse mínima.


O Princípio da Incerteza revelou-se aqui de modo claro, o que hoje é verdade pode não ser amanhã. E os títulos académicos e os doentes de nada valem, bastando para isso uma manifestação da razão da força das "autoridades", de uma força impune que faz o que lhe dá na real gana e lhe sobra em tempo e vagar.

Afinal meu entendimento atraiçoou-me e o que entendi, e aceitei tranquilo ser 0, 640, o que pressupunha uma aceitável subidinha no meu processo de evolução de incapacidade, na realidade trata-se de 0,604.


0,604

0,604


Dá para entender?

Tem alguma coisa de lógica?

Sabedoria?


Será que os doutos membros da EXCELENTÍSSIMA JUNTA MÉDICA têm a real noção do que me fizeram - excluindo as eventuais ilegalidades, erros, ou maldades que originaram a engenharia matemática para alcançar aquela valoração?

Eu sou doente, encontrava-me extremamente debilitado, cansado, sem ideais, sem rumo, sem gosto pela vida, sem uma acção ou uma ideia de futuro, indiferente à existência ou não de vida ou de futuro, deprimido, ansioso, cansado, sem dormir, com idealização de morte.


Quando me apercebi no documento desse nefasto 0,604 caí. Queria assimilar, entender, mas não entendia nada. A racionalidade abandonou-me, e deitei a toalha ao chão, sofri imenso, e disse para mim mesmo, desta vez não vai haver falhas, amanhã compro uma corda e me enforco. E fiquei sem qualquer animo, derrotado, vencido, sem poder compreender, ou aceitar o que poderia estar escondido por detrás de tão tenebroso acto.

Fui deitar, aprendi a quando estou à beira do abismo, quando não encontro saída, a me deitar na cama e aí a pouco e pouco recupero forças, pedindo perdão a Deus pelos meus actos, pelos meus pecados, pela minha imperfeição, e a pouco e pouco Ele como que vem `a minha beira e me dá uma força, me dá uma esperança. E eu volto à vida.


Dessa vez não resultou. Se Ele esteve de meu lado, e não tenho duvidar, a verdade é que não melhorei, senti-me o mais infeliz dos homens, interrogando-me porque toda minha vida tinha sido luta e sofrimento. Com uma quantidade enorme de injustiça.

Voltei ao meu anexo, é a minha casa, onde estou com a minha solidão, e sentei em frente do computador. Mas dessa vez nem o liguei. Fiquei muito tempo a olhar, sem ver. Latejavam-me as fontes, doía-me o corpo todo, chorava, queria desaparecer de qualquer jeito.


De repente veio-me à cabeça uma ideia. Que naquela situação não podia ser nem sensata nem equilibrada, falando comigo mesmo chegara à conclusão que se me matasse no dia seguinte, iria fazer a alegria de alguém, e me perdia sem alguma vantagem. E, eu tinha que tirar proveito do bem mais valioso que Deus me dera e estava disposto a perder, a vida.

Assim, rapidamente alterei o plano A para um plano B, mais sofisticado, mais explosivo em todos os sentidos, mas que se traduzia em morrer, não na solidão de uma casa da lenha, sem ninguém ver, sem nada suscitar, entendi assim que deveria deslocar-me à Unidade de Saúde Pública da cidade de Portalegre, na avenida do Brasil, e aí, relativamente distante mas à vista dos doentes presentes para serem submetidos a Junta Médica, deitaria sobre mim gasolina e chegaria um fósforo. Imaginei o pandemónio generalizado, e seria uma morte tanto de horrenda quanto de conhecida, e tornar-se-ia um caso de Polícia. De investigação. De Sindicância. Seria uma morte útil. Morreria por mim, que não queria viver de modo nenhum, e morreria alertando toda a gente para o que se passa naquele Serviço da Administração Pública. E, a Justiça que parece andar cega mas nem sempre dorme, facilmente se ia colocar a campo, e procurar descortinar...


Ainda bem que tenho Deus na alma, e graças a Ele já não faço parte daquela gente cinzenta que passa pelo mundo mas não chega a viver, eu vivi, eu lutei, eu perdi muitas batalhas e algumas guerras, mas pude obter algumas vitórias. E uma força interior , um grito do Ipiranga veio tocar cada ponto do meu corpo, anunciando, "não morras, LUTA".

Aqueles médicos provocaram-me gravíssimos danos, sofrimento atroz, reduziram a zero a minha já escassa auto estima, provocaram de novo uma intensa idealização de morte que apenas se não concretizou por não possuir os meios na altura, descontrolaram todo o meu sistema nervoso, deixei de dormir, e passei por variações de humor sempre delicadas e de resultados imprevisíveis. Esses danos, segundo a justiça, devem ser alvo de uma investigação e justamente deveriam ser reparados.

E, só pode ser Deus, tudo isto se passou na tarde do dia da famigerada Junta Médica. De repente o doente ergueu-se, deixou a hibernação, e declarou guerra a toda essa trama que ocorrendo comigo, ninguém pode garantir que não acontece mais vezes. É fácil espezinhar os pequenos, é cobarde, mas é fácil, derrubar os incapacitados e doentes, desorientar os fragilizados. Os tiranos e os cobardes agem assim.


0,604


Este número vai ficar na história suja da Unidade de Saúde Pública de Portalegre, será uma mancha em gente que pensei imune à perfídia, à intriga, e que tinha por gente de bem.

Como já escrevi em outro lugar, não luto por mim, isto é, não busco que seja alterada a minha valoração, esses Médicos nem os desejo ver mais pela vida fora, dão-me asco, revoltam-me o estômago. E podem provocar dentro de mim algum comportamento indesejável. Que Deus me acompanhe em momentos desse tipo de risco. Eu luto por todos aqueles que não souberam ou não puderam defender-se e são presas fáceis nas mãos de gente poderosa e sem escrúpulos e são ignorados, desprezados, prejudicados, por gente sem qualquer ideia de humanidade, prepotentes, necessitados de pudor e vergonha na cara.



Uma luta destas, perdoem-me os seguidores da paz, justifica e dignifica qualquer guerra. É uma cruzada contra o mal.

Tenho tudo a ganhar e nada a perder. E tenho uma bandeira que transporta símbolos de valores porque vale a pena dar a vida em sua defesa; a liberdade, a dignidade humana, a igualdade, a solidariedade, a justiça social e os direitos legalmente protegidos.


Que seja uma grande guerra... nós que vamos morrer te saudamos!



"O pensador é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"


Nietzsche

COM A SITUAÇÃO A PIORAR O CAMINHO É SUBIR


"O pensador é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"

Nietzsche







Aos meus apostadores tenho que indicar a necessidade de esperar mais algum tempo para ver se algum é contemplado com o prémio do famoso número. Há ansiedade no ar. Eu sei o que é ter ansiedade e a tive também nesta e na outra Junta Médica. Mas a confiança consegue sempre sobrepor-se, quem não deve não teme, e com a verdade chegamos a qualquer lugar e defrontamos o mais poderoso adversários.

Como já vos contei fui "verificado", mas a papelada estava feita e as inúmeras contas já haviam determinado o meu grau de Incapacidade novo.


A Excelentíssima Senhora Presidente da Junta Médica de Avaliação de Incapacidades levantou-se e com um ar simpático me informou que o meu novo grau de incapacidade era qualquer coisa 64.

Admito que na altura julguei ter compreendido assim. O coração tremeu. A tão desejada meta não fora alcançada. Mas Deus estava ali, a meu lado, e consegui esboçar um sorriso, e agradecer aos Excelentíssimos Médicos. E me retirei.


Tinha subido do coeficiente. Não era o que pretendia mas o caminho levava esse sentido. Quem sabe algum tempo depois não viesse a subir depois.

Ainda me despedi de alguns colegas que ali se encontravam e fui directo para casa. Não ia feliz, é verdade que não conseguira o óptimo, mas, conseguira saltar um degrau. Os médicos foram simpáticos e de certeza tinham feito o melhor que podiam em face dos documentos entregues. Confiava neles. Via neles gente humana, bem formada, consciente, tecnicamente bem preparados, responsáveis.

 
Felizmente temos gente humanizada a cuidar de seres incapacitados, doentes, vulneráveis. Muito tem mudado em Portugal.

E quando cheguei a casa disse de um modo sereno a quem me questionou sobre como me tinha corrido a Junta Médica que subira de 0,630 para 0,640.


Fez-se justiça. a seguir fui almoçar...


Novo coeficiente de Incapacidade determinado pela Junta Médica


COM A SAÚDE A DEGRADAR

COEFICIENTE A AUMENTAR

(SÓ PODE)


Quando chamado, apresentei-me perante os Excelentíssimos três Médicos que compunham a Junta Médica de Reavaliação de Incapacidades. Sentei-me. Questionaram-me se estava pior. Fiz a habitual pirueta com braço para ser verificado o estado da fractura da clavícula em serviço. E um dos médicos perguntou-.me como estava de diabetes. Lembrei que tinha ido dias antes à urgência do Hospital José Maria Grande na cidade de Portalegre e levava comigo, por casualidade, já que não me foi solicitado qualquer tipo de documento para apresentar, e fiz entrega das análises, bem como, - confesso não estar seguro - mas consta do relatório que me enviaram, dois Relatórios do serviço de Imagiologia que entretanto tirei naquele mesmo Hospital.


De todo o modo, o que havia a decidir já estava decidido, e tinha por base os dois Relatórios de Especialistas que iam apensos ao Requerimento a solicitar a nova Junta Médica. Os médicos mostraram-se lúcidos e colaborantes, amigáveis até, - sempre fui trabalhador naquela casa 40 anos - e nada existia que pudesse levantar entre nós qualquer espírito de animosidade. Pelo contrário.




DEVEMOS ACEITAR SEMPRE A VERDADE...


EXISTE UMA VERDADE UNIVERSAL

QUE NÃO É NECESSARIAMENTE A MINHA

PODENDO NÃO SER TAMBÉM A DO OUTRO




Amigos, estou em condições de contar aqui a VERDADE, uma boa verdade já que é inquestionável e aceite por todos. 


É o que realmente aconteceu, irrefutável, tão certo como as certezas que hoje existem que a Terra se move em torno do Sol. E o que aconteceu não suscita dúvidas, receios, pensamentos e meditações, muito menos qualquer acto de repulsa, de inconformidade.



O que tem de ser, diz o povo com toda a razão, tem muita força. Tudo isso concluí quando serenamente cheguei a casa depois de me submeter à já famosa Junta de Reavaliação de Incapacidades. Tudo correu dentro do  quadro que eu previra e mencionarei em seguida, os Excelentíssimos Doutores foram criteriosos, humanos respeitadores e decidiram em conformidade com a lei e a razão. Fez-se justiça. Cheguei a casa aliviado de um peso que trazia à algum tempo sobre as costas e na alma, e aceitei com um sorriso e agradecendo aos Digníssimos Doutores o seu trabalho e aceitando o que sabiamente decidiram.


Sempre valeu a pena uma noite mal dormida, conversando e dialogando com meu Deus, que me fortaleceu e me fez encarar a realidade com cortesia, com educação, agradecendo aos que me fizeram a peritagem, com um "muito obrigado"

quinta-feira, 28 de abril de 2016

ROLETA RUSSA


Como ganhar fácil 500 reais


CONCURSO UNIVERSAL:

ENTRE O 

NÚMERO ............................. 111

e o

NÚMERO............................. 999

existe um número mágico que vale 500 reais

..................................................... X X X ............

é so adivinhar e colocar mensagem no FACEBOOK

amanhã o NÚMERO PREMIADO SERÀ DIVULGADO, corresponde ao coeficiente que me foi atribuído pela Autoridade. 

Concorra. Quem não arrisca não petisca, né?

VAMOS VER QUEM ADIVINHA... ACERTANDO TEM PRÉMIO!



QUANTO VALE A APOSTA?




Estou espantado. Esta ideia de partilhar com amigos, com gente desconhecida uma historieta que pensei limitada a mim e pouco mais, está alterando muitas coisas no meu dia.

Me telefonam. A pergunta está na moda? Quanto é que subiste, ou você subiu? E uns quantos, inteligentes dizem de imediato que está na cara que não subi o que pretendia e fiz borrada.

O segredo é a alma do negócio. Respondo, amanhã abro a Caixa de Pandora e os segredos serão desvendados. Quem acertar será agraciado com um simbólico prémio. E se for pessoa da cidade tem o direito a um petisquinho.

Interessante este meio. Agora percebo a força da net. Estou mesmo a pensar, - e devo reconhecer, foi uma ideia que me lançaram, fazer um filme e colocar no YOUTUBE contando tudo. Nossa, nem o pessoal imagina o que vai saltar amanhã.

Boa noite a todos, obrigado pelo apoio e noite de paz, para todos os que visitaram meu blogue que está crescendo, partiu do zero diário, aos que entram em contacto comigo. E já ouvi mais histórias que algumas pessoas querem que conte. opssssssssssssssssssssssssss... Feliz noite a todos, amigos, visitas, conselheiros e a toda a classe médica envolvida neste Folhetim. Obrigado, façam o favor de acertar e ser em felizes.

ESTRANHAS COUSAS EM COISAS (que deveriam ser cristalinas)


"O pensador é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"

Nietzsche






GUERRA À DISCRIMINAÇÃO



QUEIXA: PAC0000002 / 2016.04.28





De acordo com a Avaliação do meu grau de Incapacidade, feito pela Meretíssima Junta Médica, (Órgão colegial composto por três médicos, Autoridades de Saúde Pública, USPP - Unidade de Saúde Pública de Portalegre) em 14 de Março de 2013 o meu coeficiente traduziu-se na valoração de 0,630.

Estando ínsito nos meus propósitos obter um coeficiente que me ajudasse face às minhas reais debilidades, a justiça é de facto isso, tratar de modo desigual os desiguais, confesso que senti que valeu a pena as consultas, o que paguei por alguns relatórios, a espera.

Com 0,630 o Estado compensava de certo modo o que eu perdera com a minha incapacidade, pelo que fiquei usufruindo de isenções fiscais (de IRS e de Selo Anual de Circulação da minha viatura), bem como, ontem esqueci aqui mencionar, por isso volto ao tema, a isenção de taxas moderadoras no Serviço nacional de Saúde.


O tempo continuou a sua marcha, nada podemos contra isso, e com ele a minha situação de saúde foi piorando. Por razões técnicas que não conheço naturalmente, e porventura com o aumento da idade. De acordo com o grupo de médicos que sempre me acompanhou, e a quem muito devo, confirmada a minha situação de piorado, entendeu-se que, como a lei prevê, pedisse uma nova Junta Médica, agora de Reavaliação. 

Tal pedido no fundo assenta na premissa que a partir de um coeficiente mais elevado (0,660) poderia obter um apoio superior, e através dele ter condições para de consciência tranquila, tentar recomeçar uma nova vida, encontrando paz, tranquilidade, e garantindo a minha família o mínimo bem estar.


A Excelentíssima Autoridade de Saúde de Arronches, fez o favor, como ocorreu com outros trabalhadores daquele Centro de Saúde, de em 2 de Junho de 2015, com base em dois Relatórios que foram apensos ao Processo, fundamentar a História / Exame objectivo, declarando que eu apresentava "agravamentos da sua sintomatologia".

Estranhamente houve um arrazoado de comentários quando da minha primeira Junta Médica, por eu ter entregue o pedido de Avaliação pela Digníssima Autoridade de Saúde de Arronches, o que não aconteceu quando um colega meu de Elvas e uma colega minha de Campo Maior recorreram também, à disponibilidade da Excelentíssima Doutora, que humanamente facilitou - trabalhávamos no mesmo local - a burocracia.


Não deixa de ser estranho. Quem andou na sombra resmungando a ocorrência. E logo sobre mim, que adoro médico, e lhes reconheço supremacia mais que legal no universo social português. Aprendi cedo que com médico, com a Justiça e as Finanças o melhor é calar. Mas logo me atacarem, com que intuito? É que eu só não deixo que me pisem. Até posso deixar um pouco de "gozação", como dizem os brasileiros, mas quando toca na canela e dói, show de bola, tenho que dar coice. E aí, tenham paciência, sou mula, sou cavalo, sou tudo o que quiserem dizer de mim. Mas que não me pisam mais, não pisam. E que não tenho medo, também não.

Outra curiosidade, mas que tem profundo alcance em todo este imbróglio que deveria ser coisa simples, o Director, ou a Autoridade Distrital de Saúde reformou-se algum tempo depois, dando lugar, salvo erro, justamente na Excelentíssima Senhora Doutora Presidente das Juntas Médicas de Avaliação / Reavaliação de Incapacidades.


De todo o modo e de acordo com cópia do documento autêntico, o meu pedido de Reavaliação de entrou nos Serviços da Unidade de Saúde Pública de Portalegre no dia 3 de Junho de 2015. Com ele o Relatório da Autoridade de Saúde já mencionada, e mais dois Relatórios de Especialistas declarando o meu estado de saúde (agravado).

Fui notificado nos primeiros dias de Setembro para comparecer na USPP, pelas 10 horas do dia 14 de Setembro de 2015 para ser submetido à Junta Médica.


A carta indicava em nota: que no verso consta informação... e, deverá ser portador no dia da Junta Médica dos exames indicados com X. Verificado o verso pude ler, para ser meticuloso e informar direito:

JUNTA MÉDICA DE VERIFICAÇÃO DE INCAPACIDADES...

Exames e/ou relatórios que deverá levar consigo no dia que deverá estar presente na Junta Médica.

Exames Auxiliares de Diagnóstico:
Nenhum.............................................. X

Relatórios Detalhados dos Seguintes Médicos Especialistas:
Nenhum.............................................. X


Deduzi, de boa fé, que por já ter trocado impressões com a Excelentíssima Senhora Doutora Presidente das Juntas Médicas, e não me sendo exigido qualquer tipo de documento, que tudo estaria em conformidade.

Deus estará comigo, pensei. Mas como vivo neste mundo, onde já vi um macaco andar de bicicleta, entendi que o facto de tudo estar bem, não seria garante de alcançar o coeficiente que me salvaria, de 0,660, razão pela qual na véspera da Junta Médica mal dormi, levando a noite a orar, a falar com o meu Deus, pedindo-lhe ajuda para que se acaso não alcançasse a tão preciosa quantificação, soubesse aceitar com dignidade, e não suscitasse em mim qualquer revolta ou acto menos adequado. E soubesse ser cortês e educado.


No dia 14 de Setembro de 2015 levantei-me com serenidade, tranquilo, preparado para uma subida de incapacidade que transformasse a minha vida, ou para um subida menor, que a mantivesse igual. Coloquei-me nas mãos de Deus e aceitaria o veredicto de quem sabe.