quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Biden recebe dossiê contra acordos entre EUA e governo Bolsonaro | Ouça ...

EUA E BRASIL EM ROTA DE COLISÃO





Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro


Quatro meses depois de fazer críticas públicas contra o desmatamento no Brasil, o presidente Joe Biden e membros do alto escalão do novo governo dos EUA receberam nesta semana um longo dossiê que pede o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência.


O documento de 31 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de "Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia".


"A relação especialmente próxima entre os dois presidentes foi um fator central na legitimação de Bolsonaro e suas tendências autoritárias", diz o texto, que recomenda que Biden restrinja importações de madeira, soja e carne do Brasil, "a menos que se possa confirmar que as importações não estão vinculadas ao desmatamento ou abusos dos direitos humanos", por meio de ordem executiva ou via Congresso.


A mudança de ares na Casa Branca é o combustível para o dossiê, escrito por professores de dez universidades (9 delas nos EUA), além de diretores de ONGs internacionais como Greenpeace EUA e Amazon Watch.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

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NADA SE TEM FEITO CONTRA A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL. A QUEM ELA INTERESSA?

 



Portugal desceu três lugares no Índice de Perceção da Corrupção de 2020, publicado hoje pela Transparência Internacional, colocando-se no 33.º lugar com 61 pontos, a pontuação mais baixa de sempre.

Segundo o relatório da Transparência Internacional, Portugal situa-se agora "bastante abaixo dos valores médios da Europa ocidental e da União Europeia, fixados em 66 pontos" num índice que continua a ser liderado pela Dinamarca e Nova Zelândia.

Desde 2012 que Portugal regista variações anuais mínimas e a pesquisa da Transparência Internacional demonstra "que os países menos equipados para lidar com crises, como a pandemia de covid-19, são precisamente aqueles que apresentam as pontuações mais baixas".

"Em ano de pandemia covid-19, os resultados do Índice de Perceção da Corrupção de 2020 são reveladores do impacto da corrupção nos sistemas de saúde e de proteção social, nos processos democráticos e no respeito pelos direitos humanos", analisa a associação Transparência e Integridade (TI-PT), filial portuguesa da organização internacional.

Para a associação cívica, "os países com bom desempenho no índice são aqueles que mais investem em saúde, e também aqueles onde há menor propensão para se violarem as normas e instituições democráticas ou o estado de direito".

Para a presidente da TI-PT, Susana Coroado, apesar do país ter subido no 'ranking', "ao longo dos últimos 10 anos pouco ou nada tem sido feito pelo combate à corrupção em Portugal, e os resultados são expressão dessa deriva".

No entender da presidente da Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, "a covid-19 não é apenas uma crise económica e sanitária. É uma crise de corrupção", que colocou os governos à prova.

"E é uma crise que não estamos a conseguir gerir", sublinha.

A pandemia, observa, "colocou governos à prova como nunca e os países com níveis mais elevados de corrupção têm sido menos capazes de enfrentar este desafio. Mas mesmo aqueles que estão no topo do Índice devem abordar urgentemente o seu papel na perpetuação da corrupção a nível interno e externo".

O Índice de Perceção da Corrupção da ONG Transparência Internacional é uma ferramenta que mede a corrupção no mundo, analisando os níveis de corrupção no setor público de 180 países, pontuando-os de 0 (muito corrupto) a 100 (muito transparente).

A Dinamarca e Nova Zelândia continuam no topo da tabela de 2020, com 88 pontos, seguidas da Finlândia e Singapura, com 85. Nas posições mais baixas estão este ano a Síria, com 14 pontos, e a Somália e o Sudão do Sul, ambos com 12 pontos.

PORTUGAL MAL COLOCADO EM ESTUDO DE ACOMPANHAMENTO DA COVID (63.º). BRASIL NO FIM DA LISTA

 


Portugal ocupa o 63.º lugar numa classificação da resposta à pandemia da covid-19 em 98 países, de acordo com um estudo hoje publicado pelo instituto australiano Lowy.

Nova Zelândia em primeiro lugar (com uma 'nota' de 94,4 valores em 100), o Vietname em segundo e Taiwan em terceiro, dá a Portugal uma avaliação de 38,9 valores, imediatamente abaixo de países como Canadá e Israel.

Depois de Portugal surgem países como Bélgica (35,6), França (34,9), Rússia (32) e Espanha (31,2 valores).

Os Estados Unidos (17,3 valores), Irão (15,9 valores), Colômbia (7,7 valores), México (6,5 valores) e Brasil (4,3 valores) são os países com piores respostas à pandemia, indicou o mesmo estudo.

O estudo não incluiu a China por considerar não ter dados suficientes, de acordo com o instituto.

Um 'think thank' sobre temas globais, com destaque para questões de política externa, defesa, assistência ao desenvolvimento e jornalismo, entre outros, o instituto Lowy analisou os dados nos 98 países nas 36 semanas seguintes à confirmação do 100.º caso da covid-19.

Os dados, atualizados até 09 de janeiro, centraram-se em números de casos e mortes confirmadas, tanto em valores absolutos como por milhão de habitantes, o número de testes e o número de casos confirmados por testes realizados.

Uma elevada taxa de mortalidade quando comparada com o número de testes realizados, por exemplo, foi ponderada negativamente para o estudo.

Foi depois calculada uma média destes indicadores e transformada numa 'nota' de zero a 100 valores.

Os dados mostraram importantes variações regionais, com Ásia e Pacífico a ser a zona do globo que quase sempre respondeu melhor à pandemia. A Europa registou inicialmente progressos significativos, mas no final do período em análise foi a região com pior desempenho.

Noutro âmbito, o estudo mostrou que países com regimes totalitários tiveram uma melhor resposta à pandemia na fase inicial, mas o desempenho caiu pouco tempo depois, com democracias e regimes autoritários a convergir na fase final da análise.

Os autores do estudo olharam para várias características dos países para ver se aspetos como o tamanho da população ou o desenvolvimento económico tiveram impacto na resposta à pandemia.

"No início da pandemia, houve pouca diferença percetível no desempenho do país independentemente do tamanho da população. No entanto, as experiências entre populações grandes, médias e pequenas divergiram acentuadamente menos de um mês depois do 100.º caso", referiu.

Países mais pequenos, com populações de menos de dez milhões de pessoas, "superaram consistentemente os congéneres maiores" ao longo do ano, ainda que essa diferença se tenha desacentuado na reta final do período estudado.

No que toca à capacidade económica, o estudo considerou não ser "de estranhar que os países com rendimentos 'per capita' mais elevados disponham de mais recursos para combater a pandemia", tendo por isso, em média, um desempenho melhor que os em desenvolvimento.

"Mas surpreende que muitos países em desenvolvimento tenham conseguido lidar com o surto inicial da pandemia e que as economias avançadas, no seu conjunto, tenham perdido a liderança até ao final de 2020, com infeções a reaparecerem em muitos locais que tinham alcançado um sucesso aparente na supressão das primeiras vagas da pandemia", indicou.

Os países ricos, devido ao impacto das viagens internacionais na transmissão do vírus, acabaram rapidamente "sobrecarregados", enquanto os em desenvolvimento "tiveram mais tempo de vantagem, e muitas vezes um maior sentido de urgência, para implementar medidas preventivas após a dimensão e a gravidade da crise global terem sido conhecidas".

Medidas de 'baixa tecnologia' como 'lockdowns' (confinamentos), notou o estudo, "podem ter criado condições de igualdade entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento na gestão da covid-19".

Agora, porém, já no processo de vacinação, os autores sublinharam que os países mais ricos podem ter "uma vantagem decisiva nos esforços de recuperação de crises, deixando os países mais pobres a lutarem contra a pandemia por mais tempo".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 11.305 pessoas dos 668.951 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

[Notícia atualizada às 11:05]


How Portugal went from COVID Gold Standard to the World's Worst - TLDR News