sexta-feira, 30 de abril de 2010

Imagem do funcionário público... em 2013 !

Auto-Estima

Imagem do funcionário público




Não interessa o quanto a vida te tem maltratado...
Anda sempre de cabeça erguida!!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ainda temos futuro? Que lhes parece?...

FMI arrasa futuro da economia nacional

Nem bancarrota nem ameaça ao euro dizem especialistas ouvidos pelo JN

ALEXANDRA FIGUEIRA E LUCÍLIA TIAGO


Mais desemprego e economia anémica. É esta a nova previsão do FMI para Portugal, numa altura em que os juros da dívida estão sob forte pressão. Economistas alertam para a enorme gravidade da situação do país mas afastam, para já, a possibilidade de bancarrota.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre a evolução da economia portuguesa do que estava há apenas três meses. Nas novas previsões, ontem divulgadas, considera que Portugal não crescerá além dos 0,3% em 2010 (menos 0,1 pontos percentuais) e de 0,7% no próximo ano - valores bastante mais modestos do que os estimados pelo Governo. No desemprego, as notícias não são melhores, apontando-se para uma subida (ver texto na página seguinte). A actualização das previsões coincidiu no tempo com uma forte pressão do mercado sobre a dívida pública, com os juros a registarem ontem a quarta subida seguida.

Os "fortes desequilíbrios orçamentais" são o motivo apontado para esta recuperação anémica da economia, pelo que fica o aviso do FMI de que a prioridade passa por "assumir compromissos credíveis relativamente à sustentabilidade da dívida" e pela necessidade de "inverter rapidamente" o "elevado défice". Esta advertência dirige-se não só a Portugal, mas também à Grécia, Espanha e Irlanda e a sua concretização permitirá acalmar os mercados financeiros.

Especialistas avisam

Daniel Bessa, João Duque e Nuno Sousa Pereira avisam: a situação económica e financeira do país é muito má e exige medidas concertadas entre os maiores partidos. Mas afastam um cenário de bancarrota alvitrado por vozes mais pessimistas, que têm comparado Portugal à Grécia. "Pelo menos para já", ressalva Sousa Pereira, director da Escola de Gestão do Porto (EGP), uma vez que o país tem "problemas estruturais graves, mas não está numa situação tão má quanto a grega".

O seu antecessor e actual presidente da Cotec, Daniel Bessa, não dá credibilidade às vozes mais alarmistas: "Ninguém, com um mínimo de responsabilidade, que eu saiba, falou em bancarrota", uma hipótese "expressamente excluída por medidas ainda recentemente aprovadas pela União Europeia", afirmou, referindo-se ao Programa para a Estabilidade e Crescimento (PEC).

Em termos hipotéticos, sublinha o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), João Duque, há sempre o risco de entrar em incumprimento, mas a probabilidade de tal acontecer é remota. O mesmo se passa quanto à saída da moeda única, entende.

Daniel Bessa recusa ser Portugal uma ameaça à moeda única: "nem a Grécia nem Portugal têm dimensão suficiente para porem em causa a estabilidade da Zona Euro". Aliás, "se há país que pode ser uma ameaça é Espanha", concorda Sousa Pereira, que nem compreende como seria possível simplesmente deixar o Euro.

Em todo o caso, Bessa espera que "em momento algum" os responsáveis da Zona Euro, como o Banco Central Europeu, "cheguem ao ponto de porem o Euro em causa [devido à] ajuda que se disponham a prestar a um Estado-membro, seja ele qual for", disse.

Anestesia aristocrata

O presidente da Cotec olha em volta e vê só "raras e honrosas" excepções, pessoas dispostas a "alertar os portugueses para a gravidade da situação económica e financeira do país". As pessoas não estão, por isso, "convencidas nem da gravidade da situação nem da dureza das medidas que a mesma impõe". Ao invés, diz Sousa Pereira, a regra é a "anestesia da generalidade dos actores sociais".

Estando Portugal pressionado pelos mercados, o que fazer para sair dos holofotes? "Dar um sinal de coesão", diz João Duque que, por isso mesmo, critica a "postura de aristocrata arruinado" do Governo face à necessidade de se entender com a Oposição para aprovar as medidas do PEC. "O Governo devia aceitar esta disponibilidade do PSD para mudar o PEC".

Sobre se Passos Coelho e Sócrates têm condições para se entenderem, Sousa Pereira não tem dúvidas: "Não vão ter alternativa".


in Jornal de Noticias de 22 de Abril de 2010
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1550162

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Portugal traz riscos à zona euro! Pobre país...

Crise orçamental
FMI diz que Portugal é dos países que mais riscos traz à zona euro
Luís Reis Pires e Margarida Peixoto

Só a Grécia acarreta mais riscos que a economia nacional aos restantes países membros do euro, diz o FMI.

Portugal assemelha-se, neste momento, àqueles amigos que os pais não gostam de ver junto dos seus filhos, por serem má influência. A economia nacional está entre as que mais perigo pode causar aos vizinhos europeus, revela um estudo divulgado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), no seu Relatório de Estabilidade Financeira.

Quando o risco da República portuguesa aumenta, o principal prejudicado, de entre um grupo de dez países da zona euro, é a Áustria: as perturbações em Portugal fazem subir o risco de perturbações na economia austríaca em 21,8 pontos percentuais. Ou seja, se a Áustria tiver 50% de hipóteses de entrar em bancarrota, e se Portugal entrar em incumprimento, a probabilidade de Viena declarar falência passa a ser de 71,8%.

Apostas a favor da falência de Portugal???... O mundo é um jogo, bem triste.




Dívida pública

Mercados duplicam apostas a favor da falência de Portugal
por Luís Reis Ribeiro, Publicado em 21 de Abril de 2010

Apostas contra a dívida portuguesa valem 45 mil milhões de euros. Valor subiu 105% em um ano

Em apenas um ano, os investidores internacionais duplicaram o valor das apostas a favor de uma falência de Portugal. Trata-se de o maior aumento num conjunto de dez países, sendo até superior ao da Grécia.

De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), ontem divulgados no relatório sobre a Estabilidade Financeira Global, o valor contratado em seguros de crédito (CDS) sobre a dívida pública portuguesa aumentou cerca de 105% até ao dia 5 de Fevereiro em apenas um ano, atingindo um total de 60,1 mil milhões de dólares (quase 45 mil milhões de euros a preços de ontem). Se o período considerado for de Outubro de 2009 a Fevereiro de 2010, então o valor contratado em CDS da dívida pública nacional quase quadruplica.

Na prática, estes CDS cobrem o risco de incumprimento ou mesmo de falência das nações. O problema (para os contribuintes portugueses, por exemplo) é que, em muitos casos, quanto maior o risco e quanto pior estiver o país, mais ganham os investidores em CDS (pois compram esses seguros baratos para os vender mais caros já o seu valor acompanha as taxas de juro). Assim, admitem vários especialistas, existem incentivos em agravar ou em aproveitar as avaliações negativas que se fazem das contas públicas e das respectivas situações económicas internas. Portugal e Grécia, devido aos seus problemas estruturais graves, como o excesso de endividamento do Estado, empresas e particulares acumulados ao longo dos últimos anos e agravados com a crise financeira, tornaram-se agora alvos fáceis dos operadores de mercado.

O resultado está à vista. Os grandes bancos internacionais admitem estar a lucrar bastante com operações nos mercados obrigacionistas (ver pág. 24 e 25) e até a Comissão Europeia aponta o dedo a estas instituições e aos fundos de investimento de alto risco (hedge funds) que acusa de serem co-responsáveis pelo agravamento dos spreads (prémios de risco da dívida pública, que agravam a taxa de juro cobrada por emprestar aos governos) e de, assim, colocarem os países mais perto do precipício Isto é, de uma situação de pré-falência. A Grécia já lá está. Portugal ainda não, mas não tem sido poupado na praça pública internacional - já se diz que o país é "o próximo problema global".

No documento ontem divulgado, o FMI analisa os efeitos desta turbulência nas dívidas públicas de dez países do euro (e na zona euro como um todo) e percebe-se que, nesta fase da crise, Portugal e Grécia são os que mais podem contribuir para um cenário de "perigo total" sobre a estabilidade do euro. A instabilidade da dívida de Portugal é a segunda mais alta a seguir à da Grécia, sendo que os mais prejudicados são a Áustria e logo a seguir a Holanda e Espanha.

De forma inversa, a dívida soberana que mais pode prejudicar Portugal é a grega e a espanhola.

O FMI analisa o papel dos CDS e das actividades de cobertura de risco e questiona se estas podem ser consideradas especulação ou não. O documento é inconclusivo: por um lado, o Fundo admite (tal como Bruxelas) que os mercados de produtos derivados podem contribuir para o descarrilamento das dívidas públicas, sobretudo as dos países mais debilitados; por outros, recusa fechar esses mercados: pede antes uma maior "transparência".

ver http://www.ionline.pt/conteudo/56159-mercados-duplicam-apostas-favor-da-falencia-portugal