quarta-feira, 29 de abril de 2020

COVID-19: PORQUE NÃO RECUPERAM OS PORTUGUESES








Como grande parte dos portugueses, obrigados pelo confinamento a estar em casa, raramente perco uma conferência de imprensa diária da senhora ministra da saúde acompanhada pela senhora directora geral de saúde, no horário ultra nobre dos telejornais das oito horas.

Sou muito céptico - desde que estabeleceram o segredo estatístico - dos números divulgados. Tenho para mim, como há dias noticiava o Financial Times, que os números portugueses não andariam bem. Calcula aquele respeitável órgão de comunicação social britânico que a realidade deve andar uns 10 % acima. 

Entendo que o governo tem em mãos uma gestão assaz complexa e exigente de uma crise aguda quer de saúde quer de economia. Mas, tenho dificuldade em digerir, se para benefício de uma se vai manipular a outra (ou, noblesse oblige, não divulgar, ignorar, ou esconder quando não convêm). Um dos pressupostos da democracia é o direito à informação e guardar segredos só aqueles que têm em vista o superior interesse do estado, como a independência nacional.

Além de achar, ao contrário da grande maioria do povo português que está satisfeito com a gestão da crise pelo governo, tenho sérias dúvidas de todo o processo, desde que se esperou a chegada da pandemia e tudo estava bem e preparado. E, posteriormente se soube que não era bem assim. E durante, quando afinal não havia hospitais preparados, profissionais de saúde equipados, falta de meios de protecção, falta de testes, falta de apoio a lares, muita trapalhada disfarçada em muita conversa barata.

O senhor presidente da república portuguesa também ajudou à festa, lançou os foguetes e corre atrás das canas. Falou mesmo, espante-se do milagre português. Confesso que se estivesse ensonado e menos atento, sabendo das relações firmes de sua excelência com as coisas do divino, julgaria que falava do milagre de Fátima. Mas não, Marcelo Rebelo de Sousa, foi claro, dizendo "o milagre é Portugal"?

Todos os dias acompanho os dados gerais da pandemia no mundo, nos países onde a crise é trágica e de proporções ainda a conhecer dado o descontrole que tomou, nos nossos vizinhos da União Europeia e no Brasil.


Fazer comparações não é, salvo melhor opinião, metodologia acertada se no rol de países existirem diferenças grandes, em área, população, eventualmente localização geográfica e diversidade climatérica. 

De um modo geral, posso dizer que Portugal anda bem na percentagem - se os números divulgados pelo governo estão correctos - de óbitos face ao número de casos confirmados. Já, quando tento assimilar o número de recuperados em que tantas vezes se tem dado o foco nas conferências de imprensa, sem qualquer razão em termos estatísticos (de modo humano um caso é assinalável e importante), honestamente não entendo porque os infectados portugueses simplesmente não recuperam.


Não recuperam os portugueses. O mal está nas pessoas, são frágeis, estão débeis, a raça não tem fortaleza? Nos meios humanos e materiais que o sector estatal da saúde disponibiliza para cuidar dos doentes? O que se passa? 

E, pior, porque se não fala disso, e quando se fala é para dar uma nota de alegria porque os recuperados subiram. Bem, não podem descer. Aí não tem dúvida. Só podem subir, mas sobem tão devagar, tão devagarinho que a percentagem é nalguns casos irrisória face a outros países.

Vejamos:

Em Portugal a percentagem de recuperados é de 6% em relação aos casos confirmados.

Infelizmente, dos países que acompanho e mais directamente nos estão próximos, não tenho um único que possua um número de recuperados menor. Nem a média no mundo consegue ser mais baixa. Está nos 30,94%).








Por exemplo, há dois países que podem e devem ser comparados com Portugal por terem características de área geográfica e populacionais semelhantes, a República Checa e a Áustria. 

E por terem essas características que tanto se parecem com o nosso Portugal, até, vou comparar todos os indicadores nos três países:

Portugal - casos: 24.505; óbitos: 973 (4 %); recuperados: 1470 (6 %)
Áustria -- casos: 15402; óbitos: 580 (3.8 %); recuperados: 12.779 (83 %)
República Checa ---- casos: 5.563; óbitos: 227 (3 %); recuperados: 3.096 (41 %)








Nos demais países que escolhi para este estudo, Portugal tem um número de óbitos expressivamente inferior, mas, sem que entenda a razão, o número de recuperados praticamente disparam enquanto os nossos infectados se mantêm com uma taxa de recuperação inexpressiva.

Acontece assim com (sem qualquer ordenação), Espanha (56,11 %), Itália (35 %), EUA (13.76 %), Suiça (76,85 %), Bélgica (23,5 %), Alemanha (75 %), França (28.3 %), Brasil (43,6 %) e Coreia do Sul (82 %).

Neste indicador - recuperados - parece não existir qualquer milagre de Portugal. E, se tivermos em conta a Áustria e a República Checa com características semelhantes às nossas, existirá qualquer neblina que não nos pode deixar ver nada miraculoso. Pelo contrário, infelizmente.








sexta-feira, 24 de abril de 2020

COVID-19: SEM RAZÃO OS ESTADOS UNIDOS CULPAM A CHINA







O presidente dos Estados Unidos, a CIA, passaram a declarar que a China tem grandes culpas na devastadora disseminação do coronavírus pelo mundo pois, ocultou do ocidente que existia um vírus aterrador à solta e descontrolado em seu território.

A Guerra Híbrida 2.0 contra a China está a atingir uma amplitude e uma loucura nunca antes conhecida.


Culpam a China por tudo o que está relacionado com o coronavírus a esconder a verdade dos factos, querendo assim infectar os cidadãos do mundo e os americanos em particular (parece), pelo que, nos termos do direito internacional, não tendo sido observadas regras da OMS, terão de suportar os danos económicos, financeiros e sociais, e pagar pela mortandade.

Deste modo, os Estados Unidos encontraram vários elixires milagrosos e oportunos: afastar as críticas de ter minimizado a pandemia e não se ter preparado para a enfrentar eficazmente; encontrar um culpado e procurar que venha a sofrer as consequências, com a censura do mundo e indemnizando as vítimas, sejam estados, ou pessoas.


Já se fala mesmo que o mundo inteiro se uniu com o propósito de retaliar, forte e contundentemente, sendo de esperar milhares de acções judiciais, de estados, empresas e organismos, com vista a forçar o culpado a responder pelos seus actos.

A ser verdade, já se falam em triliões para aqui e para acolá, facilmente os Estados Unidos veriam desaparecer - como por toque de mágica, ou milagre - os Títulos do Tesouro americano em posse dos chineses. As contas ficariam saldadas, e tudo se realizaria, engenhosamente sem custos.

E parece que assim se realiza a justiça, dando aos americanos o direito seu, e aos chineses as penas e castigos.









Mas eis quando, todo este espectáculo a que assistimos com Trump em reiterados protestos e ameaças e os americanos reclamando enfurecidos, sai a lume que os serviços de inteligência dos Estados Unidos já conheciam existir nos finais de 2019, o que supostamente seria posteriormente identificado por Sars-Cov-2.

A ABC News já informava e alertava em Novembro de 2019 para a existência de um vírus muito contagioso que andava descontrolado em Wuhan (China).

Essa informação que teria sido conhecida através de estudos e interpretações minuciosos de comunicações interceptadas e e imagens de satélite.

Uma fonte não identificada disse mesmo à ABC que a perspectiva era dantesca, e dela foi dada informação por várias vezes tanto ao Pentágono como à Casa Branca.

Parece pois, que os Estados Unidos através do seu presidente Donald Trump , tenta tapar o sol com a peneira, e lavar as mãos como Pilatos, fazendo-se esquecidos de tudo o que a devido tempo conheceram. E recorreram ao baixo jogo político, à falta de ética e à mentira, menosprezando a consciência da comunidade internacional e dos cidadãos, culpando primeiro o governo de Pequim e, em conformidade, reclamar justiça, exigindo pesadas indemnizações de muitos triliões de dólares.













O assunto é de tal modo sério, que coloco em seguida parte da notícia veiculada no site do Brasil 247, esclarecendo em maior profundidade este assunto polémico:

"Pode ter havido sinais sutis de um leve aumento de atividade nas clínicas  de Wuhan em fins de novembro e inícios de dezembro. Mas, nessa época, ninguém - nem médicos chineses nem o governo, para não mencionar os serviços de inteligência dos Estados Unidos - poderia saber o que estava realmente acontecendo.  

A China não poderia estar "acobertando" o que só foi identificado como uma nova doença em 30 de dezembro, e imediatamente comunicado à OMS. Então, em 3 de janeiro, o diretor do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, Robert Redfield, ligou para a autoridade encarregada do  Centro de Controle de Doenças da China. Os médicos chineses sequenciaram o vírus. E foi apenas em 8 de janeiro que ficou estabelecido que se tratava do Sars-Cov-2 – que causa o Covid-19.

(...)

Então, como que para validar a matéria da ABC News, Israel entra em cena. Os serviços de inteligência de Israel confirmam que de fato haviam sido avisados pela inteligência dos Estados Unidos em novembro quanto a uma pandemia potencialmente  catastrófica em Wuhan (mais uma vez: como seria possível eles saberem disso na segunda semana de novembro, em um estágio tão inicial?) E os aliados da OTAN foram avisados - em novembro – também.
O cerne da questão é explosivo: o governo Trump, bem como o CDC, foram avisados com uma antecedência de pelo menos quatro meses - de novembro a março - e poderiam ter-se preparado suficientemente para a chegada do Covid-19 aos Estados Unidos. E eles nada fizeram. Toda a conversa de "a China é uma bruxa" cai por terra.

Além disso, a revelação israelense confirma o que é nada menos que extraordinário: os serviços de inteligência dos Estados Unidos já sabiam do Sars-Cov-2 cerca de um mês antes de os primeiros casos confirmados serem detectados pelos médicos de um hospital de Wuhan. Intervenção divina?

Isso só poderia ter acontecido se a inteligência dos Estados Unidos soubesse, com toda a certeza, sobre uma cadeia de acontecimentos anterior que levaria necessariamente ao "surto misterioso" de Wuhan. E não apenas isso: eles sabiam exatamente onde procurar. Não na Mongólia Interior, nem em Pequim, nem na província de Guangdong.

Nunca é demais repetir a pergunta por extenso: como a inteligência dos Estados Unidos poderia ter sabido da doença um mês antes de os médicos chineses terem detectado um vírus desconhecido? 

Mike "Nós mentimos, nós roubamos, nós trapaceamos" Pompeo talvez tenha entregue o jogo quando afirmou publicamente que o Covid-19 era um "exercício ao vivo". Somando a matéria da ABC News e o relatórios israelenses, a única conclusão possível e lógica é que o Pentágono - e a CIA - já sabiam de antemão que uma pandemia seria inevitável.

Aí está o revólver fumegante, a prova irrefutável. E agora, o governo dos Estados Unidos está jogando todo o seu peso na tentativa de tomar todas as providências possíveis para - proativa  e retroativamente - culpar a China."

in BRASIL247





quinta-feira, 23 de abril de 2020

EPISÓDIO COMPLETO: O ÚLTIMO PAPA | HISTORY

OS ESTADOS UNIDOS AMEAÇAM ABANDONAR A OMS









Depois de terem declarado a intenção de deixar de financiar a Organização Mundial de Saúde (OMS) dado que os Estados Unidos não aceitam o modo pouco transparente - e mesmo o encobrimento do que se passava na China e que levou a uma perda de tempo imenso que muito veio posteriormente a prejudicar o mundo - vem agora o secretário de Estado, Mike Pompeo, dizer que, além de cessar o financiamento é necessário ir mais longe, mudar o tipo de liderança existente naquele organismo, e admite mesmo a possibilidade de abandoná-lo em definitivo.







segunda-feira, 20 de abril de 2020

COVID-19: AUMENTA O NÚMERO DE CASOS EM PORTALEGRE




Tendo em conta os dados estatísticos facultados pela DGS em 19 de Abril, Portalegre regista dois novos casos pelo que passa, deste modo, a ter 6 infectados por coronavírus.

No Boletim daquele organismo ainda não constavam os 4 casos confirmados no concelho de Campo Maior.

No distrito de Portalegre há ainda a registar no concelho de Elvas 4 casos.






No total, no que respeita ao Alentejo, o Boletim que a DGS forneceu na altura, confirmava a existência de 158 pessoas infectadas (não incluídas as 4 de Campo Maior).






A nível nacional, de acordo com o Boletim de 19 de Abril da Direcção geral de Saúde, registaram-se 20.206 casos, 714 mortes e 610 recuperados.

A nível mundial temos, segundo a última actualização do Worldometer, realizada no dia 20 de Abril de 2020, pelas 00:17 GMT, os seguintes dados:


  • 2.406.240 casos de coronavírus



  • 165.004 mortes



  • 624.914 recuperados 




sexta-feira, 17 de abril de 2020

COVID-19: ACTUALIZAÇÃO DE DADOS GLOBAIS






Casos de coronavírus:

2.192.569

Mortes:

147.369

Recuperado:

554.519






Actualização a 17 de Abril de 2020, 09:44 GMT

quinta-feira, 16 de abril de 2020

COVID-19: PRESIDENTE FALA AOS PORTUGUESES


Presidente diz que resultados não são "milagre"
e apela a que não se "morra na praia"

PORTUGAL É UM DOS PAÍSES MAIS PERIGOSOS DO MUNDO NA COVID-19


"Os portugueses estão entre os povos mais afetados e em maior risco do mundo em casos confirmados de infectados de Covid-19 e mortes no mundo pelo SARS-Cov-2, considerando o tamanho da população."









Esta "Visão Factual Epidemiológica, feita por Pedro Caetano, Fármaco - epidemiologista, Oxford, Reino Unido (no Observador), veio dar consistência ao rol de dúvidas que eu neste blog tenho manifestado em relação aos dados e informações dadas aos portugueses pelas autoridades de saúde, entidades governamentais e comunicação social, sobre o COVID-19 em Portugal.


Como aquele cientista afirma, "é aterrorizador" de facto estarmos a ser bombardeados diariamente com informações que nos fazem crer que tudo está bem encaminhado e Portugal parece um oásis no meio da pandemia global, quando, em bom rigor, e de acordo com a frieza do conhecimento científico, o que se passa é exatamente o contrário.

Perante estes factos, trouxe ao meu blog parte substancial do artigo publicado no Observador, com a indicação imediatamente a seguir do site, onde devem aprofundar o teor da análise da realidade portuguesa e as críticas às informações existentes sobretudo na comunicação social.

É de todo o interesse ler esse texto, subscrever o Observador, onde, atualmente se faz o melhor jornalismo e melhor se trata a informação e as diferentes opiniões de variadíssimos especialistas em Portugal.




https://observador.pt/opiniao/visao-factual-epidemiologica-portugal-e-um-dos-paises-mais-perigosos-do-mundo-na-covid-19/?ct=t(CORONAVIRUS_2020_03_10_COPY_01)



(...). O Gráfico do final do dia de 14 de abril (fonte infra), baseado nos mesmos dados compilados na melhor faculdade de saúde pública mundial (Johns Hopkins) e inspirado pelo jornal Financial Times, normalizado pelo tamanho da população (por milhão de habitantes), mostra os seguintes factos epidemiológicos:


  • Portugal é um dos piores países do mundo em número de casos confirmados de doentes infetados com Covid-19, tendo quase 1700 casos por cada milhão de habitantes; 


  • (...)Em número de mortes por milhão de habitantes, infelizmente com cerca de 50 mortos por cada milhão de habitantes, somos também dos mais letais países por Covid-19 no mundo (...)



  • (...)



(...)


Feito este esclarecimento factual e apresentados os dados epidemiológicos acima como devem ser, estando a saúde e vida dos meus compatriotas em jogo e porque sou um farmacologista e epidemiologista (fármaco-epidemiologista) formado na Harvard University e na London School of Hygiene and Tropical Medicine, respectivamente (...)


Os portugueses estão entre os povos mais afetados e em maior risco do mundo em casos confirmados de infectados de Covid-19 e mortes no mundo pelo SARS-Cov-2, considerando o tamanho da população.



(...)


(...)


(...)


Alardeiam, erradamente face aos casos confirmados e resultados normalizados pelo tamanho da população, que a situação é muito melhor e mais bem gerida em Portugal que nos outros países, incluindo EUA e Brasil. Isto quando, factualmente, em mortes por milhão de habitantes, o primeiro destes países está só um pouco acima de Portugal (EUA com 30% mais mortes) e o segundo bastante abaixo (Brasil com 300% menos mortes).



(...)



É aterrador que os suspeitos habituais de subserviência governativa da comunicação social portuguesa, bem como as fracas autoridades de saúde do meu pais, sejam cúmplices por leviandade ou maldade, com propaganda política, não factual nem epidemiológica, pondo em risco a vida dos portugueses.
Isto dá irresponsavelmente à população um sentido de falsa segurança não baseado nos números epidemiológicos corretamente normalizados. Os cidadãos são levados a pensar, erradamente, que estão mais seguros em Portugal que na maioria dos outros países. Isto quando o nosso é um dos países do mundo mais perigosos em relação à infeção (Top 5 do mundo) e morte por Covid-19 (Top 10 no mundo inteiro).

Fonte: https://91-divoc.com/pages/covid-visualization/ consultada a 14 de Abril de 2019, 23 horas.


Pedro Caetano é MPH (Harvard), PgDip (Oxford), PgDip (London), MS (Michigan), PharmD (Ohio State), MBA (ESSEC), MBA (Mannheim), PhD (Michigan); Ex-Professor de Farmacologia e Epidemiologia na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa: Atual Director Global da Industria Farmacêutica baseado no condado de Oxford, Reino Unido.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

COVID-19. DADOS DA PANDEMIA, O OBSERVADOR PUBLICOU HOJE...



Investigadores queixam-se de falta de acesso aos dados da pandemia

Há 1 mês que cientistas e investigadores pedem dados à DGS para investigar Covid-19 em Portugal. Há um novo formulário, mas mantêm-se as críticas: à burocracia, morosidade e pouco acesso à informação.

COVID-19: "PERIGOSA EPIDEMIA DE DESINFORMAÇÃO


Covid-19: António Guterres denuncia "perigosa epidemia de desinformação"

A pandemia de covid-19 provoca uma "perigosa epidemia de desinformação", considerou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, num comunicado no qual não aponta qualquer país ou meio de comunicação em concreto.

"Juntos rejeitaremos a mentira e a estupidez, para construir um mundo mais são, equitativo, justo e resiliente"


COVID-19: MAIS DE 2.000.000 DE CASOS EM TODO O MUNDO



Casos de coronavírus:

2.004.991

Mortes:

126.839

Recuperado:

485.827

terça-feira, 14 de abril de 2020

COVID: ACTUALIZAÇÃO DA PANDEMIA NO MUNDO E POR PAÍSES



Esse contador é simples de analisar,
minucioso
e está a todo o tempo sendo actualizado
Tem os dados gerais a nível global
Apresenta dados por país, com indicação de infectados, mortes, recuperados, doentes ligeiros, em estado crítico



Worldometer










COVID-19 EM PORTUGAL: IMPOSTO O SEGREDO ESTATÍSTICO









Muito há a dizer do COVID-19 em Portugal. Poderia escrever-se uma coleção de livros, de estudos, de relatos sobretudo do que se não fez, do que se devia ter feito e de tudo aquilo que foi escondido dos portugueses - exatamente com a mesma metodologia dos incêndios de Pedrógão - para permitir ao governo, tentar sair o melhor possível de uma situação em que se mostrou absolutamente incapaz de cuidar como deveria ter feito da saúde dos portugueses.

Em Pedrógão os bombeiros foram proibidos de dar informações.

Na pandemia os delegados de saúde apenas podem dar informações disponibilizadas, ou como melhor se denominou, "centralizadas" na Direcção Geral de Saúde.

Não foram os jornalistas a inventar tais procedimentos, não foi a especulação de um qualquer da oposição ou um delírio meu, não foi nada assim. Foi a própria ministra da saúde, em conferência de imprensa na televisão que anunciou ao país a introdução do "segredo estatístico".

Esse segredo permite-nos aproximar as nossas metodologias com as que acusavamos de batoteiras usadas, dizem os especialistas, pelo governo de Pequim. 

Isto é, o estado de energência, levou-nos no que respeita ao dever de informação, e a sua liberdade, de uma democracia constitucional, para uma espécie de tirania sem lei. Ao governo cabe, de agora em diante, sob o argumento do interesse nacional, gerir os dados como bem lhe aprouver. Como e quando quiser. Com mais ou com mesmos. "À la carte".


Eu já suspeitava faz algum tempo - e o meu blog comprova-o - que os dados constantes do Mapa da Direcção Geral de Saúde mantinha constantes desacertos, afigurava-se muitas vezes desfazado da realidade. 

Hoje, não tenho as então dúvidas, mas sim certezas. Não vale a pena tentar conhecer va verdade através de entidades governamentais. Estas estão mais interessadas em fazer da pandemia uma jogo de politiquices mesquinhas do que uma mostra de como um esdtado de direito se deve comportar face a situações de extrema gravidade, tranquilizando as pessoas, com informação actualizada, cuidad e precisa.


Não valendo os dados oficias, nem tendo qualquer interesse estar atento ao que os governantes e altos quadros da administração pública apregoam, anuncio neste meu pequeno e despretencioso blog, que sobre a coronavírus em Portugal tudo pode acontecer.

Mas, no interesse do governo, e perante um silêncio generalizado dos outros órgãos do estado, e entidades públicas e privadas, mais que um silêncio, foi imposto em Portugal um estado de sítio, um segredo estatístico, uma amordaça ao direito constitucionalmente consagrado de o cidadão ter acesso à informação. Sobretudo, quando a mesma se refere à saúde de todos.


Não acredito mais numa palavra que seja dita sobre esta pandemia vinda da parte do governo e da administração pública. Acredito que virá o tempo em que tudo será debatido e as contas serão prestadas. Muito há para descobrir e tem sido abafado dos portugueses. 


A bem do governo.









sábado, 11 de abril de 2020

COVID-19: CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DA MINISTRA DA SAÚDE EXPLICA E ACTUALIZA OS DADOS


CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
DA MINISTRA DA SAÚDE

ACTUALIZAÇÃO
DOS CASOS DE COVID-19

EXPLICAÇÕES SOBRE OS DADOS DIVULGADOS PELA DGS









Como previ, algo veio a lume nos noticiários da 1 da tarde. Não só o apuramento da situação com actualização dos dados sobre a pandemia de coronavírus. Mas, e ponto de primordial importância, a explicação sobre os dados, o que são, como são feitos, que nem sempre são exatamente o que é, e provavelmente nunca é. 

A complexidade da explicação seguramente desinteressou a grande parte dos portugueses. Mas ficou a ideia que de facto, olhar o mapa esperando ter frente aos olhos a verdade em Portugal num certo momento é uma coisa que pode ou não pode estar certa, com grandes probabilidades de não estar.


Enfim, ouvi falar em segredo das estatísticas como uma coisa que pusesse em caso a segurança do estado. Não imagino como se vai confrontar esse segredo com o direito à informação. Coisas de doutos e de leis que não cabe aqui, nem posso tentar, compreender.


Percebi que tudo é labitíntico. E a confusão em torno dos confirmados que podem ser, testados várias vezes, e depois não coincide a bota com a perdigota. Honestamente, foi areia demais para a minha camioneta.

Mas que aqui há gato, ele há. Tanto que Sua Excelência dedicou boa parte da sua conferência a tentar explicar algo que a maioria já tinha percebido não andar claramente bem, com rigor; os dados facultados diariamente ao portugueses.

Mais uma razão para questionar o crédito que tem ou não - em rigor - visualizar o mapa acreditando conhecer a realidade do COVID-19, no nosso país e numa certa data ou momento.

Para mim, depois das suspeitas que já havia apontado há alguns dias, e que outros não terão percebido também, razão bastante para esta tentativa atabalhoada da Senhora Ministra para explicar tudo de uma vez, acho que o mapa vai nos dar uma ideia da situação.

Mas, dificilmente o mapa pode ter prémio. É como o euromilhões. 








Vamos pois aos dados disponibilizados:



 PANDEMIA 
 DE CORONAVIRUS COVID-19 
em PORTUGAL

Dados actualizados; DGS HOJE, 10.ABRIL






CASOS DE CORONAVIRUS:

15.987



MORTES:

470

RECUPERADOS:


266

A AGUARDAR RESULTADOS:

3.961

EM VIGILÂNCIA:

25.432


EM INTERNAMENTO:

1.175

NOS CUIDADOS INTENSIVOS:

233