sexta-feira, 10 de abril de 2020

AINDA SOBRE A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DIVULGADA PELA DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE












Não sou mago, não sou douto nem especialista seja em que for. apenas vou utilizando a cabeça para pensar, mantendo - por enquanto - a racionalidade que foi (por Deus garantem alguns) dada a todos e nos distingue dos outros animais.

Hoje, lendo o OBSERVADOR, percebi que não sou o único a ter grandes dúvidas na qualidade informativa da Direcção Geral de Saúde no que respeita ao coronavírus.

Pude então ler:

"Uma carta aberta da Associação Portuguesa de Ciência de Dados para o Bem Social (DSSG PT), assinada por várias entidades portuguesas da área da saúde, nomeadamente a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, refere que, embora a comunicação de dados relativos à Covid-19 por parte da Direção-Geral de Saúde (DGS) “tenha melhorado ao longo da epidemia”, esta tem sido pautado por “muitos atrasos, retrocessos, inconsistências e más práticas de partilha de dados”.

Confesso que ontem, depois de publicar a minha crítica ao comportamento pouco rigoroso e leviano como a Direcção Geral de Saúde informa os portugueses sobre a coronavírus, fiquei inquieto e nada feliz. Sou humano, os outros humanos são e eu poderia ter sido injusto, poderia estar a falar "sem saber", atacando sem sentido, não sendo correcto.

O artigo no Observador veio tranquilizar-me e certificar que tudo o que poderiam ter sido apenas dúvidas apontadas por um homem sem conhecimentos aprofundados, logo, pouco a ter em conta, afinal, eram certezas confirmadas, aí sim, por gente que domina a matéria e com credibilidade na praça.

A carta, acrescenta:

"De acordo com este documento, (...), alguns destes problemas “dever-se-ão a erros humanos — totalmente compreensíveis — por parte de quadros clínicos sob grande pressão e elevadas cargas de trabalho”, mas outros, “mais fundamentais”, revelam “sintomas claros da ausência de um verdadeiro Sistema de Informação para a Saúde Pública e de uma cultura sistemática e enraizada de dados”.

Por estas e outras razões, e “na tentativa de colmatar a inexistência de uma estratégia de dados abertos por parte da DGS do Ministério da Saúde Português”, a DSSG PT propõe contribuir com ajuda técnica e estratégica, disponibilizando “em formatos facilmente processáveis e nativos da comunidade analítica (…), da forma mais atempada possível, todos os dados que a DGS vai disponibilizando”. Neste sentido, foi criado o repositório de dados covid19-pt-data,  (...)

Só tenho uma maneira de estar na vida e que transmito ao meu blog, dizer sem tibiezas o que penso e não calar por receios, por temer represálias. Obviamente, esta maneira de estar na vida me trouxe inúmeras inimizades, algumas perseguições e umas quantas vinganças mesquinhas que, para meu descanso espiritual, tento esquecer.

Muito poderia dizer sobre o que penso da Saúde Pública em Portugal e em muitos que nela exercem funções de responsabilidade. Mas já paguei bem caro essa impertinência. 






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