terça-feira, 3 de maio de 2016

ALTERAÇÃO DE ESTRATÉGIAS CONTRA UM INIMIGO SERPENTE


A GUERRA É UMA ARTE

SE O TEU INIMIGO É PODEROSO E LUTA COM BAIXEZA

A RESPOSTA DEVE SER BAIXA E INCISIVA






O meu adversário nesta guerra sem quartel, levou-me de vencida. Estudei os manuais conhecidos na arte de guerra, de defesa, ataques e contra ataques, tentei mobilizar todas as minhas energias, as minhas forças mas tenho de assumir humildamente que todas as minhas tropas ou estratégias foram derrubadas sem qualquer dificuldade pelo adversário.

Percebi as causas que me levaram a uma rotunda derrota. Errei, e no erro temos de encontrar as respostas para "de acordo com a música assim é o baile", encontrar outros meios de robustecer minhas defesas cada vez mais frágeis, e por outro lado poder fazeu umas incursões cirúrgicas entre as forças do mal.

Render está completamente fora de questão. Prefiro a prisão ou a morte a uma rendição, sejam quais forem as condições e consequências.



Perdi. Sei reconhecer as minhas vitórias e festejar com elas, mesmo com aquelas que parecem de Pirro, e sei assumir quando sou derrotado. Desta fez menosprezei o adversário, coisa que raramente faço. Pois costumo ser prudente, E procuro avaliar as possibilidades de quem comigo luta, ponderando situações que se podem colocar no tabuleiro como se de um jogo de xadrez se tratasse.

E fui enganado do mesmo modo como  Inglaterra perdeu o seu maior vaso de guerra na sua luta sobre a soberania (duvidosa) das Ilhas Falkland (ou Malvinas). A falta de informação. A Inglaterra perdeu o seu maior barco de guerra enviado para o hemisfério sul pois desconhecia que os argentinos possuíam uma determinada arma letal, que ao ser usada, foi destruidora. Eu, de modo parecido possuia informações dos meus muito queridos Médicos de Saúde Pública que se mostraram perfeitamente desajustadas. Esperei reações que se não deram, e fui ineficaz em minha defesa.

Na essência, pensei que ia travar uma contenda com gente séria, uma luta aberta, franca, com estratégias clássicas, que correspodem a guerreiros de cavalaria e não a assaltantes do pinhal de Leiria. Enganei-me, pensando travar uma batalha com alguma honra e encontrei técnicas de assalto que correspondem ao uso de armas proibidas. Defrontei-me com a luta baixa, cobarde, com métodos repugnantes e vis, muito pouco dignos. Depois fui vítima de armadilhas, e não de batalhas. Uma armadilha que terei de desmontar, e o farei com muita facilidade foi o recurso à mentira. Arma que não tinha conhecido nem defrontado ainda. Lutei muitas vezes mas foram confrontos em que cada parte lutou pelas suas causas, utilizando os meios de guerra que existem. Reconhecidos, directos, claros. As guerras nobres são assim. Tudo o mais é terrorismo, chacina, são emboscadas, são traições. Em conclusão fui iludido, acreditei que quem contra mim estava tinha um pouco de nobreza, de honradez, de palavra e preparei minhas forças para dirimir contra tais armas. Tudo falhou com este adversário, jogou sujo, socorreu-se da mentira - como podem fazer de outro modo se não têem qualquer razão e estão a estrebuchar para ver se me calam - e tal como a serpente, me atacaram à traição e me morderam pela calada. Sujos.



Uma mosca se ataca com o enxota moscas. Não será tão elegante quando um torneio de medieva cavalaria, mas o tal bastãozinho que parece raquete ajuda muito quando se luta com insectos. Uma sachola ajudará pisando a terra nos campos da aproximação da víbora. E coloquei um espanta espíritos no meu anexo, onde agora vivo, logo detrás da porta, que dizem, trucida cada mau ser do oculto que se aproxime. Já vi que luto com gente que não olha a meios e está possessa da metodologias do maligno. Todas as cautelas são poucas. 

Pensei, ainda sou um pensador, embora seja cada dia seja mais difícil pensar no meio de tanta sujeira e de tanto conflito, e cheguei à conclusão que chegara a hora de contra atacar. Eu nunca ataco primeiro. Nunca. É um código de honra meu, não gosto de guerras, evito-as, normalmente recorro a elas quando necessito defender-me. É verdade que existem grandes militares que repudiam essa estratégia defendendo que nada há de mais fulminante que o ataque incisivo, pormenorizadamente preparado em segredo, e apanhando o inimigo desprevenido. Aceito essa teoria. Mas me custa bater em mortos e ao contrário do que o mundo possa pensar tento sempre até aos limites evitar causar danos pesados ou irreparáveis.

Tentei evitar esta guerra, fiz o que me disseram para fazer, e esperei o tempo, nunca especificadado, que me mandaram esperar. E com a bendita espera foram traiçoeiramente minando o meu campo de batalha, desorientando meus combatentes, aniquilando os meus recursos. Perdi. caí na armadilha. Tenho que pagar o preço de ter sido confiante e ter defrontado o mal julgando encontrar pessoas.



Chegou a hora de contra atacar. Costumo dizer com alguma falsa modéstia que sou louco mas não sou estúpido. Essa foi a falha do meu adversário, que tolo, meteu tudo no mesmo saco. Também se enganou na avaliação do adversário e pensou que eu nem sequer ousaria protestar, quanto mais declarar-lhes guerra aberta. Enganaram-se e esse engano pode ser fatal, e pode ainda trazer dividendos para as minhas hostes. E lhes criar imensos dissabores. É que vou lutar até ao fim. Sem rendição. Só conheço duas formas de me quebrarem, a morte ou a prisão. Podem tentar, há muitas formas de matar gente. Por exemplo o reiterado ataque à minha saúde já de si frágil, poderia ter ocasionado já uma morte. Mas preferi lutar, a morte pode esperar. E para me calarem na Justiça têm que colocar-me lá, em público, a dizer tudo o que sei deles e conheço. Agradeço essa ideia.

É verdade enquanto Suas Excelências abusavam do "ESPERAR" com que sempre me presentearam e me levou de vencida, eu decidi com o decurso do tempo tomar as minhas medidas. E como eles, "conforme a música assim é a dança", ataquei nas suas costas, noutros campos. Pensei. Voltei a pensar, e fiz uma carta, (que efectivamente não foi muito bem formulada, eu andava louco, cansado, com um estado de alma completamente destroçado, mas foi o que pude fazer, escrevi, assumo-a, a caneta pode ser uma arma eficaz. E enviei a carta em diversas direcções. 

Vou arrumar a papelada, registos, tudo isso e provavelmente ainda hoje publico a listagem das Entidades a quem enviei a minha reclamação procurando dessa forma defender-me de um adversário que rastejante me picava as canelas e me jorrava seu veneno, Publicarei a carta, indicando que, naturalmente, trata-se de uma minuta, que teve de sofrer adaptações consoante a pessoa ou o Órgão a quem se dirigia. Chegou a hora de começar a alterar o desfecho desta guerra






"O pensador é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"


Nietzsche



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