segunda-feira, 9 de maio de 2016

A CANETA É UMA ARMA




Se não houvesse injustiça,
ignorar-se-ia até o nome da justiça.

Heráclito

"O pensador é antes de                                                                                             tudo dinamite, um                                                                                                     aterrorizante explosivo                                                                                             que põe em perigo                                                                                                    o mundo inteiro"                                                                                                                                                                                                                                           Nietzsche






Verificámos que o mundo mudou, e nele, quer a natureza apresenta quanto o homem diferenças expressivas. O inverno do nosso descontentamento teima em atrasar-se e em Março, de acordo com os manuais escolares, deveria ter dado lugar à Primavera. E, de acordo com as frases populares onde se revia a sabedoria de um povo de experiências feito; Março morcegão, manhãs de inverno e tardes de verão, Abril chuvas mil... esperava-se um mês de Maio lindo, como que a lembrar que falta só um mês para chegar o verão. Os campos enchem-se de flores, e o colorido transforma em belezas sem fins os campos. Enfim, a tradição já não é o que era, o Inverno teima em querer ficar, os céus estão povoados de um negrume que volta e meia descarrega grandes chuvadas que já encheram nascentes e barragens. Estamos mais próximos de novas inundações que de dias de sol, aquele sol duradouro que tanto aquece o coração dos portugueses.




Com este tempo só sai à rua quem tem mesmo necessidade de o fazer. A vida não pára, e mesmo que nos sentemos infelizes com falta de luz amena, cada um vai ou para o trabalho, ou para as escolas e universidades, ao médico, às finanças, enfim tratar do que não deve esperar. Ou cumprir apenas as obrigações de cada dia. Eu, aposentado por invalidez, com uma carga suficiente de incapacidade, dado não ter carro, deveria ter ficado tranquilamente, no anexo da minha casa, onde agora habito, a descansar, a ver televisão, ou simplesmente investigando a internet, que é a maior fonte de conhecimento hoje existente, ou fazer uma curta leitura. Ler ainda me cansa. Escrever só por obrigação. Ainda não me sinto com as forças necessárias para fazer algo que me realize. Mas o pouco que faço, me obrigo a isso, deixa-me esvaído. Normalmente no fim da tarde, e depois de, vulgarmente, descansar um ou dois intervalos na manhã e na tarde, estou de rastos. E saí hoje de manhã, fui à cidade correndo o risco de apanhar uma molha das grandes, mas tinha necessidade imperiosa de me preparar para os dias que aí vêem. Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje.



Uma cantiga de Abril, mas não sei de que ano, nem de quem, apregoava que a caneta é uma arma..., e como estou envolvido num caso escandaloso, com gente grande, onde em meu entender e salvo melhor opinião, me parece existir um pouco de tudo que num estado de direito não é aceitável, como ilegalidades, incompetências, afrontas, abuso de poder, enganos e mentiras, que se reflectem em prejuízos tanto na minha vida económica como na minha saúde, já de si debilitada, fui à cidade, e comprei mais umas poucas de canetas "uni-ball" que servem perfeitamente para fazer os meus rascunhos, gosto de dar um toque de intelectualidade fracassada escrevendo os originais com a minha "Sheaffer" com uma tinta  com uma cor que me faz lembrar a Páscoa, e em boa verdade, cansa-se de escrever neste Calvário por onde passo. Depois fui à CERCI, ao contrário de certa gente que só não carrega mais em gente incapacitada, porque não pode, e que etrá de prestar essas as contas a Deus, ou se fez acordo com o diabo vai dançar em chamas até ao fim dos tempos, fui lá, como sempre vou, sejam poucas ou muitas, fazer nem mais nem menos de 340 fotocópias. Foi o cálculo que fiz para as minhas necessidades de espalhar, a quem já expus a minha delicada situação contar os resultados alcançados, e ampliar gente ao conhecimento do que em Portugal é possível fazer, sem que se seja chamado a dar explicações, sem um simples inquérito, sem uma recomendação. Foram quase 14 euros de fotocópias, para a CERCI é uma boa aplicação. E para terminar fui aos CTT, comprei dois maços de envelopes grandes, e um maço de envelopes pequenos, e trouxe junto mais de 30 impressos de registo de correspondência e de impressos de Aviso de Recepção. Já foi um pouco mais caro, mas tendo em conta o estado de necessidade de defender-me, e me defendendo ajudar a afastar as pragas dos demais doentes que não têm nem conhecimentos, nem meios para se defenderem, o custo tem que ser um ónus aceitável.




Como agora tenho como meio de transporte uma pequena moto, é muito económica e foi de baixo preço em segunda mão, não tive outro remédio que esperar uma aberta e pegar na motinha e vir no máximo que ela pode dar, não viesse carga de água, e dei todas essas minhas voltas. Sempre a correr. Curiosamente quando estava nos CTT caiu uma imensa carga de água, mas pensei, Deus sempre está do meu lado, quando saí parou de chover. Organizei um plano de organização de tarefas, e depois dos CTT apenas faltava seguir à CERCI onde deixara essa quantidade considerável de cópias para tirar. Fui lá, tudo estava tratado, foi colocar o volume imenso de papel que até fez alguém entre os estudantes pronunciar um"ahhhhhhhhhhhhhhh", ao ver tanta coisa junta. Coloquei com cuidado as folhas na minha mochila, serve de bagageira, e tão rápido como entrei assim saí. Peguei na moto e aí vai ele direito aos Fortios. Ainda não tinha feito 100 metros e caiu uma carga de água que me acompanhou até casa.  





Amanhã,. prorrogo a guerrilha, pois diferente da guerra apresenta contornos e ataques vis e traiçoeiros de gente baixa, que usa truque frouxo, mentira larga, e engano para parecer séria, terei de estar num funeral, bem longe. Não faço ideia a que horas regresso a casa. O ser humano, apesar do pouco humanismo que manifesta, vai ter mais um dia. lhe propus duas vezes que encontrássemos um acordo, e desse modo, esquecido o passado, e terminado o Processo, encontrássemos juntos uma solução. Ardilosamente a outra parte respondeu sujo a meu último convite de paz. Muita sujeira. Parece-me que mais um dia ou mais um ano é igual para quem acredita que o seu peso social, profissional, talvez político, lhe asseguram a vitória. Eu acho que são precisamente esses ingredientes que se vão voltar contra ela. Uns quando virem o barco a nadar fogem a sete pés. Outros quando se virem alvo de chacota pública quando querem vender uma imagem de ascensão meteórica nos meandros do poder, não vão querer perder reputação nem nome em causa perdida em que não existe nada a defender. É tudo lixo, sujeira, maldade, é uma vingança, e quem faz isso a um, faz a todos. Luto por isso, não exclusivamente por mim - já desisti do meu Processo - mas pelos doentes que fragilizados, incapacitados, vulneráveis, fracos, estão nas mãos que já mostraram não possuir, nem humanidade, nem educação, nem sentimentos, nem nobreza, e a juntar a tudo isso, e em face do que me aconteceu, nem sei se serão competentes para executar com brio, diligência i isenção as suas funções de autoridades. Por isso, apanhei uma molha, mas já tenho comigo todo o arsenal e a caneta. E, não esqueçam, a caneta é uma arma... Vou usá-la o melhor que posso e sei.




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