domingo, 1 de maio de 2016

ANTIGAMENTE


EU E A GINNY 

NÃO CONHECIAMOS O MEDO



Poucos dias antes de morrer a Ginny - minha grande amiga e companheira - imaginem só, tive de a levantar para subir três degarus existentes no meu quintal. Estava muito débil, velhota e cheia de problemas de saúde. Mas se arrastava atrás de mim para onde quer que eu fosse. Tantas vezes, eu aqui sentado a escrever no computador e ela deitada na minha frente muitas vezes com seu corpo pisando meus pés.

E, como contava, acabo de levantar o pobre animal que se não atrevia a subir os degraus, e tocam no portão. Mesmo a uns 7 ou 8 metros do lugar onde nos encontrávamos, pois a moribunda Ginny, sem que eu pudesse sequer pensar aquela capacidade, salta a correr ao portão, e o homem que ali estava muito acomodado, encostado nele, com partes da barriga querendo entrar portão fora, levou uma dentada em cheio na barriga.

Felizmente não foi nada de grave. Mas o senhor ficou com as marcas dos seus dentes umas semanas. O que aquele cão não fazia para defender o seu amigo. Eu também tenho esse espírito meio canino de fidelidade ao amigo, valorizar a amizade, e seguramente nunca fugi quando encontrei amigos meus em apuros.

Essa foto é gloriosa, ali estávamos nós, os amigos, os que lutam pela amizade. E estamos juntos numa janela, representando a vontade fortíssima que nos unia a vontade de ser livre. A Ginny encontrou o descanso e a liberdade lá no paraíso canino, pois ela também foi criatura criada por Deus. E acredito que se algum meliante se atrever a me fazer alguna sacanagem, a Ginny vingará a afronta deslocando-se junto do mal encarado e lhe espetando meia dúzia de poderosas dentadas.

A Ginny partiu e eu fiquei sem companhia sem a minha grande amiga, sem a minha defensora incondicional. Mas não me retirei da Janela, ali continuo, olhando firme para o mundo que se pode vislumbrar. Como a Gonny está escrito nas estrelas - e eu sei disso pois também tenho uma estrela minha amiga - eu acabarei, não falta muito, para saltar da janela e encontrar a minha Liberdade. No Céu ou na Terra.

E como aconteceu com a Ginny, quam sabe se não ferro o dente em algum déspota, antes de partir. Isso a minha estrela não me revela, só diz quee vou permancer pouco tempo. Deus a corrobore. 

Sem comentários:

Enviar um comentário