QUEM ESTÁ ACIMA DA LEI?
QUEM VIOLA OS DIREITOS DOS CIDADÃOS?
FACE AO INCUMPRIMENTO DE UM DIREITO ALGUÉM TEM IMPUNIDADE?
PARA QUE SERVEM OS DIREITOS?
SE CONSAGRADOS NA CRP A VIOLAÇÃO DE UM DIREITO PODE SER IGNORADA?
"O pensador
é antes de
tudo dinamite, um
aterrorizante explosivo
que põe em perigo o
mundo inteiro"
NIETZSCHE
Tenho falado muito neste direito - que na minha modesta opinião e salve melhor - é violado de modo grosseiro pela Excelentíssima Senhora Delegada Distrital de Saúde e Presidente das Juntas Médicas de Avaliação de Incapacidade Multiusos.
E relembro-o a todas as entidades a quem me dirijo inconformado com o comportamento da Junta Médica que me avaliou, dado que a requeri no propósito de, por estar pior de saúde, e essa situação estar claramente descrita num Relatório de Especialista que apresentei Junto de um outro de outro Especialista no mesmo sentido, e o Excelentíssimo Júri de acordo com a sua consciência (presumo), e conhecimentos (imagino), por entender o contrário, isto é, que eu estava melhor, sem apelo nem agravo, me considerou melhor e em conformidade me baixou o coeficiente de incapacidade.
Além de ter fundadas ideias de que tal avaliação não foi mais que uma coisa para inglês ver, dado que a Excelentíssima Presidente da Junta até tinha conhecimento da necessidade que possuía para obter mais alta valoração - a que correspondia a pior situação de saúde - a sorrir e sem qualquer sensibilidade me despachou.
A outros, por exemplo, foi dada a hipótese de em dois ou três dias apresentarem documentação mais precisa ou em falta. Tenho testemunhos disso. E nem vou contra é uma demonstração de humanidade. Mas logo eu, que nem quero ser distinto dos outros, e trabalhei naquela organização 40 anos, e que possuía uma quantidade de Relatórios do meu Especialista pois periodicamente me submetia a Juntas Médicas em Évora, e andava a tratar da minha aposentação por invalidez, apenas encontrei tolerância zero. O Excelentíssimo Júri nem me pediu qualquer Relatório ou Exame auxiliar de diagnóstico. O Excelentíssimo Júri transformou-se apenas numa sórdida arma de vingança. Não foi humana. Tratou-me como igual de forma desigual a outros doentes, e com isso me prejudicou em termos de saúde e de dinheiro.
Mas não contente com a vergonhosa acção praticada Suas Excelências continuaram a prejudicar-me, propositadamente, como vingança, ou como divertimento ou pior ainda, com masoquismo diabólico.
É que a Excelentíssima Presidente das Juntas Médicas quando a tive de procurar, pois não se digna responder a cartas de doentes, nem para esclarecer dúvidas, nem para aclarar situações ou simplesmente informar, disse-me que se entregasse um novo Relatório do especialista tudo se resolveria. E começou aqui a segunda fase da farsa. Da vingança. Da brincadeira com um homem de 60 anos. Eu, a necessidade era imperiosa, fui ao meu especialista pagando consulta pois tinha pressa, obtive um Relatório mais minucioso, que a Senhora Presidente do Júri de Juntas Médicas recebeu das minhas mãos, junto de novo Relatório de outra especialista. E me dizendo que estavam bem, me virou as costas e se dirigiu para o Gabinete onde se realizam as Juntas Médicas.
Inocentemente pensei que Sua Excelência levara os documentos para proceder a alguma recomendação. Ainda não possuo o don da adivinhação, imaginei feliz que se reparava um erro imenso, e me sentei à espera. Depois me informaram que não seria feito nada naquele dia, que depois me telefonariam, estivesse tranquilo. Mas ainda tive de voltar a mandar nova carta, com o sucesso da anterior, nada de resposta, e fui de novo procurar sua Digníssima Excelência, que mal encarada me disse não ter tempo nesse dia. Saltou-me meia tampa e perguntei zangado; "quando?...." Sua Excelência respondeu; "ESPERE". E eu gritei furioso que ia reclamar. E sua Excelência de costas viradas para mim disse; reclame. Ainda gritei que o que me estavam a fazer era uma afronta, uma descriminação, mas a Senhora eclipsou-se e eu saí porta fora descontrolado.
O tal papelinho que a Senhora Doutora me disse que iria resolver o problema, e que me custou uma consulta privada, perdeu entretanto a validade - puxaaaaaaaaaa o que é isto de esperar - que era de seis meses.
Agora já não espero mais, apesar da Excelentíssima Senhora Doutora, por fim, numa carta traiçoeira, por isso ela a enviou, e com intenções de que só posso desconfiar, volta-me a pedir novo papel... É mesmo gozar com o doente. Ela deve ter trocado minha doença. Eu só sou louco, não sou estúpido. E, para ir na conversa de quem já me enganou, só mesmo um estúpido. E se ela me engana a mim, quantos mais não enganaram já? Quantos direitos não foram já violados? Quantos casos de descriminação não existiram?
Por isso abandonei o meu Processo de Avaliação de Incapacidades, para mim tal gente não me oferece a mais pequena garantia de ter condições para lidar com pessoas, muito menos com doentes. Nem os quero ver na frente. Mas uma coisa eu vou fazer, É minha bandeira: vou lutar até ter forças, até às últimas consequências contra esta armada do mal que se julga invencível. E é a pensar que gente desta avalia doentes, que possui um poder discricionário que parece insidicável, que vou travar aquela que me parece ser a última guerra da minha vida. Já travei maiores. Perdi algumas, Outras ganhei. Mesmo nos tribunais. Deus estará por mim enquanto tento fazer valer direitos ultrajados a cada dia, A constituição que é a Bíblia da República Portuguesa é levantada, para que a vejam, a respeitem, e cumpram de acordo com o que estabelece. E a Justiça se for efectiva os cidadãos sentem mais segurança quando se defrontam com os poderes tirânicos do mal.
vale a pena transcrever mostrar de novo (o pior cego é o que não quer ver) o:
art. 22.º da CRP:
(Responsabilidade das entidades públicas)
O Estado e as demais entidades públicas são civilmente responsáveis, em forma solidária com os titulares dos seus órgãos, funcionários ou agentes, por acções ou omissões praticadas no exercício das suas funções e por causa desse exercício, de que resulte violação de direitos, liberdades ou garantias ou prejuízo para outrem.
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