sábado, 14 de maio de 2016

... INSUFLAM A IDEIA DE PROMISCUIDADE. NA SAÚDE, ACREDITAM?



MINISTÉRIO DA SAÚDE


DIRECTOR - GERAL DE SAÚDE












Não sou especialista em nada, toco o meu burrinho, observo, penso, e tento acompanhar a marcha da vida, e dos tempos. O tenente-general Ludowick Beck considerava que "em situações anormais medidas anormais". Um dia encontrei esta citação num livro sobre a segunda guerra mundial e curiosamente nunca a esqueci. Acho-a intemporal. Usou-a para justificar o atentado sem sucesso contra Hitler. E eu uso-a pela vida fora cada vez que encontro algo anormal. É anormal, pelo menos na Europa, na União Europeia, em 2016, um grupo de médicos, pagos pelo estado, cada mês, fazerem uma peritagem a um doente incapacitado como se estivessem num circo a fazer tropelias com um palhaço. Primeiro fizeram uma peritagem que nem médico precisa fazer - o que podia poupar milhões ao estado - sem sentido, sem fundamento, com desculpa esfarrapada que só não vê, não é  quem não quer, é quem não quer e ser cego junto. E a seguir, pouco prudentes, normalmente aceita-se que um médico ainda por cima de saúde pública tenha uma inteligência mediana, malham na vítima, e seguem meses seguidos brincando com ela ao gato e ao rato. É mau, dá má imagem da classe médica, da saúde pública que não se entende o que faz e para que servem seus poderes, e é um retrocesso violento no que respeita aos direitos dos cidadãos, nomeadamente nos que sofrem de incapacidade. Sendo uma situação anormal, alarguei um pouco o leque de reclamações, e enviei também uma cartinha a Sua Excelência o Senhor Director- Geral de Saúde. Em bom rigor, pode ser uma carta mal dirigida e Sua Excelência nada ter a ver com os Delegados de Saúde e muito menos com as intrincadas Juntas Médicas de Avaliação de Incapacidade Multiusos. Enfim, mais vale escrever que calar. E avisar toda a gente não é mau, cada um deve ter consciência do que se passa no país real. E no país real ainda há muita gente tratada abaixo de cão, enganada, destroçada nos direitos, e posta de lado. Uma carta a mais ou uma carta a menos não vai fazer diferença. A bem de Portugal, da democracia, e dos portugueses.

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