domingo, 15 de maio de 2016

INCOMPETÊNCIA? VAI TUDO PARA A ORDEM...












Quando o cidadão imagina - ele nunca sabe - que um médico está a ter para com ele um comportamento deontologicamente reprovável, ou até mais que um, em situação de desespero, vendo que não só a brincadeira ainda não terminou, como lhe estão entrando na saúde e mexendo no seu bolso, e teimando em manter-se na razão através de malícias e enganos, há que recorrer a toda a gente, se possível até ao polícia da esquina.

É que já lá vai o tempo em que os senhores DOUTORES eram donos deste mundo e do outro, faziam o que bem lhes dava na real gana, e o incauto, coitado, o melhor era calar. Hoje, em boa verdade, não é famoso um cidadão normal defender-se de 3 ou 4 médicos, ainda por cima autoridades de saúde, mas sejamos francos, quando as coisas passam de uma certa marca há que defender de unhas e dentes quanto mais não seja a nossa honra. Somos doentes mas sentimos, somos incapacitados mas temos dignidade. Eu fui tratado como se estivesse desprovido de senso, louco, e brincaram, e riram, e devem ter festejado. Tudo saiu perfeito. O louco não mexe e caiu que nem um patinho.

Engano, primeiro eu não sou louco, sei o que vejo, o que sinto e vivo na terra, depois não tenho nem nunca tive nada de estúpido. E agora acrescento, nem os temo. E hei-de parar ou morto ou na prisão. Vou até ao fim. Vim fazer queixa dos Excelentíssimos Membros do Júri da Junta Médica de Avaliação de Incapacidades da Unidade de Saúde Pública de Portalegre ao Excelentíssimo Bastonário da Ordem dos Médicos.

Uma Junta Médica como aquela que me foi feita - estou convencido - qualquer um faz. Fui perder tempo e dinheiro. E saúde. A Junta Médica foi uma vingança, uma represália, não houve erro, houve sim, ou uma grande incompetência e então V. Excias faziam bem em se reformar, e pedir desculpas, ou o que aconteceu é mais grave, a Junta foi uma farsa, um meio para provocar dano no doente e deste modo lhe fazer mal. Houve dolo. E é triste ver uma Presidente de Júri, uma Autoridade de Saúde Pública do Distrito de Portalegre, defender-se do único modo que em aflição tenta convencer os seus pares. Engano e mentira. Coisa baixa, reprovável, triste, E como dizia o filósofo ou pensador, o que a Senhora Presidente me fez a mim, é uma ameaça a todos os incapacitados do distrito.

O meu Processo acabou, não reclamo revisões, nem me submeto a nova junta, a minha luta é pelos que terão tido tratamento igual ou pior que o meu e não puderam, ou não souberam se defender. Eu os compreendo. Têm medo do amanhã. Mas eu posso nem ter amanhã, não tenho medo. Acho que no mínimo o Governo, sendo formado por pessoas de bem, tem que descer ao povoado, saber o que se faz despudoradamente aos cidadãos, principalmente aos mais fracos e débeis. Esse Serviço deve ser inspeccionado, verificado, os processos devem ser analisados, os tratamentos desiguais devem ser fundamentados, esse Serviço ao abrigo de gente idónea e acima de qualquer suspeita é uma Caixa de Pandora. Haja quem tenha a coragem de a abrir.

Acredito na Ordem. E também acho que devo acreditar na bondade de servir a causa pública e a saúde dos doentes, e controlar más práticas médicas, que a Ordem dos Médicos tem por estandarte.

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