terça-feira, 26 de julho de 2016

NESTE TEMPO DE FÉRIAS O PAÍS PARECE ADORMECER.


ABRANDA O RITMO, E O QUE ERA LENTO QUASE PÁRA... CHEGARAM AS FÉRIAS







Diz um ditado popular, e sábios são os conhecimentos e os ditos do povo, que quem espera desespera. Eu não fui de férias para lugar nenhum, nem irei. Poder-se á dizer que sou aposentado e que deste modo tenho férias todo o ano. Não é verdade, o afirmo, mesmo sendo um aposentado com apenas cerca d e meio, mas sinto que faria bem, nem que fosse por meia dúzia de dias, sair, mudar de ares, ver novas coisas e novas caras num lugar tranquilo e de preferência que tivesse interessantes coisas para serem vistas.

Tenho a vida toda toldada com o maldito processo com aqueles médicos que se lembraram de vir-se meter comigo julgando que fariam uma grande acção, apanhando o doente, velho e incapacitado, logo a jeito para levar umas castanhas. Provavelmente esses médicos fazem das Juntas Médicas um modus operandi onde se divertem à conta do desgraçado do doente que entra com esperança e quantas vezes não sairá com os sonhos desfeitos apenas por qualquer coisa para que se houver problema - isto são coitados que nem se sabem defender - logo se arranja desculpa.

Os doentes vergam-se até ao chão a estes médicos que juro só vendo os seus Diplomas  os reconhecerei como tal - já tive um Professor na Faculdade de Direito de Lisboa que parece que teve de desaparecer pois não era professor coisa nenhuma. O que eu vi da minha Junta Médica, eu com os conhecimentos de cidadão comum, e confrontando os relatórios médicos que os meus médicos viram de um modo que só para eles tem justificação, eu teria feito melhor. Poupava-se nos salários e na pompa, ver gente humilde curvar-se a essa canalha é demais.

Eu, nem que apareça o Rei D. Sebastião montado no cavalo branco a dizer-me que estes médicos são capazes e fizeram uma interpretação fundada dos relatórios médicos, deito-me a rebolar no chão a rir.

O que os médicos fizeram foi uma enorme asneira mais pesada que os peso dos três juntos. Para já não foram nem profissionais, nem responsáveis, baixaram-me a incapacidade sem um juízo, sem uma palavra, sem uma fundamentação. Não podiam. Os pobres diabos sabiam que acabavam de fazer uma canalhice bem porca a um doente. Deve ter sido um alívio verem-me partir sem qualquer protesto, me despedindo à parolo, "obrigado senhores doutores ", muito boa tarde.

Deus estava ali, naquele local, e evitou algo que eu nem sequer sou capaz de imaginar, acho que se eu percebo ali, no momento que me tinham baixado a incapacidade tinha que haver reboliço, tinham que me explicar tudo muito bem explicadinho. E não sei, honestamente se o meu estado de saúde com uma notícia daquelas a frio não me levaria a perder o controle do meu sistema geral, psicossomático e nervoso e não se arranjava ali uma tragédia. Foi Deus. Mas que os médicos se puseram a jeito puseram. E que se tivessem levado uns puxões de orelhas e umas palmadinhas no traseiro não se tinha perdido nada. E isso até não era nada para alarme social, e chamada da polícia de choque. No fundo o povo ia rir. Como o povo adora rir de farsantes vaidosos e armados em importantes.

Bem com tudo isso estragaram a minha vida. Ela já não andava nada bem e piorou a pique. Já estou divorciado. Só. A situação do seguro da casa ficou de prenda para o Banco. E passei por uma fase muito dura de saúde, e em termos de personalidade. Não faço ideia do que vai ser o meu futuro, onde, nem como. Não tenho planos, sonhos, objectivos, afectos, dito de outro modo estou completamente livre.

Por isso neste momento só tenho para tratar estes três médicos e o processo e tudo que por aí vem e se vai envolver. E cada um que os apoie me tem à perna. Exijo justiça. Exijo verdade. Exijo que os médicos que me trataram com uma leviandade e de um modo baixo, odiento, respondam por tudo o que me fizeram. Seja Director Geral seja Director, seja Fiscal. Este caso ou tem termo honroso, minimamente ou continuará indefinidamente. Ainda vai chegar a Bruxelas se necessário for. E ainda vai dar brado. Ou até o dia em que decida que acabou. Aí se verá quem deita os foguetes e apanha as canas. Como diz o povo, até ao lavar dos cestos é vindima.

Mas reitero (palavra que adorei na carta da Excelentíssima Presidente das Juntas Médicas quando me mente com todos os dentes e sem nenhuma classe. Coisa de gente incompetente, até a mentir, sem graça, sem gosto, não deu nem para rir. Muito fraquinha. Esfarrapada, não é com mentiras dessas que vão a algum lado. Mas dizia, reitero que não temo o poder dos doutores, não lhes ganhei nem ganharei qualquer tipo de  medo, para mim são três indivíduos que se atravessaram no meu caminho e me atacaram na honra, na minha moral e na minha saúde. E, como disse não percebi de inicio, senão as coisas tinham-se resolvido logo perante o acto tresloucado, no dia da Junta Médica, no local.

Bem estimo que os doutos que devem andar bem melhor que eu, e se foram embruxados para fazerem toda aquela asneirada, junte-se a demoníaca figura, e gozem de boas férias. Cá os espero. Mas não me tragam esse ser satânico, que como acontece aos malucos de vez em quando pode saltar a tampa ao mais lúcido e cooperante, não sendo previsível imaginar o que pode acontecer. Às vezes só se conhecem essas coisas no dia seguinte nos jornais.

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