sexta-feira, 8 de julho de 2016

DEFENDER A HONRA, A DIGNIDADE E OS BENS É UM DEVER








KAMPUS LIBERTATIS

Obrigatoriamente existe


Enquanto houver necessidade de defender a liberdade, a honra e o homem na sua dignidade este blogue é necessário - KAMPUS DE LIBERTATIS - tem a razão de existir e, obrigatoriamente existe.

Criei-o noutros tempos, era um blogue sem qualquer pretensão, não tinha missão, não tinha objectivos, tinha apenas no seu aparecimento uma ideia - estava na moda os blogues críticos, de protesto, de manifestação - que era a de, sendo necessário um dia seria transformado num blogue de luta.

Admito que posso ter todos os defeitos e mais alguns, sou mesmo imperfeito, erro e tenho dúvidas, mas subordino a minha vida e a minha acção a valores e princípios hoje muito em desuso, o que ao longo da minha existência me tem criado amargos de boca. Existe como que uma incompatibilidade actual entre honra, verdade, carácter, seriedade, rigor, isenção, independência, bem, ética, moral, bons costumes, e a selvajaria que hoje marca o homem, que observa apenas ou uma burrice intolerável face ao conhecimento e os meios que existem de acesso à cultura, à ciência, à técnica, ou uma subserviência doentia se arrastando numa figura triste atrás de um superior ou influente à espera que caia alguma migalha, ou não tem educação, não conhece as regras que devem harmonizar as relações entre as pessoas em sociedade ou, por exemplo, no local de trabalho, ou então é um petulante vaidoso que está bem na vida, tem tudo feito e tudo dado, pouco sabe mas também não precisa, e como exerce algum tipo de poder julga-se um imperador romano, tipo Nero.

Ora uma sociedade com estes contornos, desprovida de valores, de respeito, de competência, de mérito, é um grupo imenso de pessoas que vivem doentes, alienados, num planeta do faz de conta. A realidade é triste, mas pior que isso é quixotesca, parece imaginada e descrita para parodiar o que infelizmente existe. 

Numa sociedade destas não é fácil viver. Ou se vai atrás a apanhar as canas , ou lá para a frente a lançar os foguetes, ou se cala, ou se esconde, ou diz que sim, adula, ou arrisca-se a ter problemas. Ou se é ou é-se obrigatoriamente do contra. A inteligência vigente é muito limitada e não conhece a liberdade de opinião, o respeito pelas leis, a ética, a democracia, arrasta-se num regime que nem deve ter sido qualificado em qualquer manual onde impera o favor, o amigo, o companheiro de partido, o do partido do lado mas que está no poder de vez em quando, e criam-se lugares para inaptos, e simplórios para lugares, num regabofe inacreditável. E nesta confusão de compadrios, cunhas, corrupções e favores aparece uma nomenclatura inquinada, sem qualificações, sem mérito, sem saber, sem ciência e sem técnica. Para quê? Quem quer saber disso? Mandam os que cá estão, eles fazem as regras ou a falta delas, organizam as instituições, colocam nos cargos de acordo com a sua cartilha, e tudo funciona. Ou se arrasta. Mas ninguém quer saber. E poucos se atrevem a rumores e raros falam, e os que caem em ideias contrárias são pessoas não gratas, conflituosas, desestabilizadoras, enfim, uns chatos que andam por aí incomodando a estabilidade social ou da organização.

Eu criei este blogue prevendo que como nunca me vendi nem tenho dono, graças a Deus mantenho uma salutar liberdade que respeita os outros, as ideologias, as religiões, as raças e por aí fora, até finjo por natureza não ver certas coisas demasiado chocantes que a rapaziada aceita, e poucas ou raras vezes me meti com a estrutura social, as hierarquias, as castas dominantes, os sobredotados e os pavões inchados que por aqui tudo sabem e melhor mandam. É verdade, aprendi cedo, e depois de levar muita cacetada que raramente ganhamos em nos metermos com gente peculiar cá do burgo, pois aceitam mal a diferença, o confronto de ideias, ou qualquer tipo de oposição. Acham-se sempre senhores da razão, do conhecimento, e poderosos. Tornam-se facilmente vingativos, opressores, tiranos, e gostam de pisar aquele que não se curva e não obedece cegamente.

Fui prudente, uma vida de solidão entregue às vicissitudes que o mundo tem desde jovem foram escola prática das agruras dos tempos e calejaram-me para sem nunca me submeter, ir cumprindo os meus deveres de "bonus pater familias", escapar dignamente, podendo em cada manhã olhar o espelho e não sentir vergonha. Acredito que poucas pessoas têm razões objectivas contra actos meus, ou que alguém me aponte em algum momento ter sido perseguido, ou eu ter feito propositadamente mal a alguém. Tentei ser justo. Nunca quis ser especial ou melhor que outros, a minha ambição foi levar uma vida séria, tranquila, cumprir os meus deveres e respeitar o meu semelhante.

Então porque fiz este blogue poderão questionar-me as pessoas, se não era provocador, se respeitava as regras, se cumpria os meus deveres, se era um cidadão normal? Apenas por uma razão. Não me meto com ninguém, faço vistas grossas a coisas do arco da velha, e não ligo a tantas coisas mas tenho um defeito que me vem de muito moço, não suporto a injustiça feita a seres mais fracos, que mais não é que violência, e não admito que me ataquem, que me venham tocar na minha vida, que me façam danos. Isso não, é demasiado. 

E fui visionário. De facto alguns anos depois de fazer o blogue, depois de uma vida de trabalho, já com alguma idade, aposentado por invalidez, diminuído, pai, marido, cidadão sem cadastro, fui vil e cobardemente atacado, por pessoas que imaginava longe de cometerem procedimentos tão baixos, e creio mesmo ilegais. Para me prejudicar. Para brincar comigo. Gente que não sabia que o leão não se senta na mesma mesa dos chacais. E agora vamos ver quem tem razão. Quem tem a força da razão. Eles têm a razão da força. E me pensaram fraco. Atacaram. E foram longe demais. E eu tenho o blogue que é a arma que criei há anos atrás para denunciar esta gente, para ao defender-me, defender também outros. Que terão dificuldades em se defender. 

Enquanto houver gente desta, com o poder nas mãos para atropelar gente fraca, eu e o meu blogue temos o dever de denunciar, de lutar, de contar os passos que a luta leva, e sem tibiezas narrar as pequenas vitórias ou derrotas.

Este é um blogue de liberdade. KAMPUS LIBERTATIS. Que eu o utilize sabiamente, que eu o torne numa arma de luta a favor da dignidade humana, que Deus o ajude.







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