Lastimo imenso. Por causa de uma vingança caseira de gente insensata, por causa dos malditos ódios que gente má não consegue digerir - e no fim sempre vai ficar a rir ande para que lado ande o processo - uma coisa simples, um acto administrativo simples, podia-se ter resolvido como propus várias vezes. É pena o bem senso que todos julgam ter em demasia acabe por faltar a uns poucos por teimosias, por vaidades, por poder, por ideias fúteis de impunidades e influências.
Em devido tempo tudo se teria resolvido se as partes se encontrassem e fosse encontrada a solução para o que se andava a passar. Mas as Excelências confiantes do alto do seu pedestal nem sequer responderam às minhas propostas de resolução pacífica do conflito. Deste modo o que poderia ter passado por erro é claramente um acto médico doloso, premeditado e com intenção de lesar, criar dano. O que poderia ter passado por dificuldades de comunicação revelou-se claramente numa parte que andou até ao limite a enganar a outra. Como se ser doutor trouxesse a este mundo o dom da sabedoria e os demais não passassem de asnos.
Depois houve um erro de visão terrível, recomendo mesmo que todos em bicha vão fazer uns exames à Optivisão, medindo mal o ser em que se quis bater, ou brincar, ou maltratar. Para já o bonito é não fazer dano a ninguém, deve ser-se justo e imparcial frente a qualquer um. Não deve olhar-se o doente e primeiro aferir as suas potencialidades, em sentido lato, e depois conforme a música a dança. Pobre coitado está feito. Privilegiado e adoentado luz verde, facilidades e simpatia. Mal vai um órgão com os poderes que tem a Junta Médica de Avaliação de Incapacidades se faz as juntas médicas a olho. Comigo, foram mal informados. A sede de vingança era tanta que pegou-se. E o Júri não descansou enquanto não castigou o irreverente - que nunca fez nada de censurável a ninguém dessa casa.
E o Livro Amarelo andou a passear. Num Estado de Direito esses passeios são só questão de tempo. A lei e a justiça podem tardar mas têm hora de chegar. E as hierarquias fogem das responsabilidades como o diabo foge da cruz, enfim, conhecimentos, amizades, cumplicidades e sabe-se lá que mais. Mas chega a hora em que vem de cima uma papel. Chega um papel. E a hierarquia deixa de jogar ao finge e foge. E vai ter que fazer alguma coisa. E vai ter que esgrimir argumentos. Vai ter que tentar safar os compadres mas acaba tendo medo do que vem a seguir. Que bico de obra.
E tudo porque entenderam brincar comigo. E acresce, não terem tido o bom senso de colocar as coisas em banho maria solucionando briosamente a situação sem prejuízo para ninguém. Mas os inteligentes, perdoem-me que assim escreva, não abundam, e isso de ter poder às vezes não ajuda nada. Nem a pensar.
Eu cá vou andando com as minhas calmas. Os tempos de indigestão. Notam-se. Os eufóricos. Mas nunca perdi de vista o essencial, sem ódios nem rancores, de levar este Processo até ao fim. E de certeza que vai. E neste momento ele agita-se em várias dimensões. Bem que de futuro sirva de lição. É bom ser rigoroso com toda a gente e não se deve pensar que um doente é um potencial burro que se pode pisar, com quem se pode brincar. E que do poder se pode fazer utilização diferenciada consoante a cara que temos pela frente.
Felizmente há luar. E a justiça e a verdade vêem a caminho.
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