sábado, 5 de agosto de 2017

TODOS A UTILIZAM QUANDO NÃO HÁ OUTRA SOLUÇÃO


A BOMBA ATÓMICA














O que você levou anos para construir, 
alguém pode destruir em uma hora.




















Passaram 18 meses e todos os esforços que fiz para resolver o meu litígio com umas autoridades do distrito que, utilizando para fim diversos a formação que a sociedade portuguesa lhes proporcionou, além de utilizarem abusivamente o seu poder, de terem actuado com má fé, de modo grotescamente incompetente, sem zelo nem brio, e na mais abjecta violação da legalidade, dos seus deveres, da deontologia da sua profissão, recorreram a uma indignidade cruel, desumana e indigna para tentar destruir a vida de uma vítima que lhes caiu nas mãos.

















E, lamentavelmente destruíram.












Hoje, perante a recusa sistemática em recusar todas as propostas de resolução inteligente e dialogante do conflito - julgam-se acima da lei e preferem manter a falta julgando que à mesma, com a sua força, e a cumplicidade de outros, escaparão do castigo correspondente ao tamanho do seu crime - perante, a aparente inépcia das entidades públicas e órgãos de poder, podem alguns julgar que com o verão, as férias, o interior a arder, e o tempo a passar, tudo vai ficar como dantes. O caso morrerá, os criminosos ficarão na sombra e o seu acto hediondo não irá beliscar as suas imagens de pessoas sérias, competentes, dignas, responsáveis e sem cadastro.





















É justamente quando se julga fácil a vitória e se começa a pensar em celebrar os êxitos dos actos ilícitos e se dança sobre os danos que criaram e se ri de quem se destroçou, que o efeito boomerang vai parecer a bomba atómica.
















É que quem se destruiu em nada perde - só tem a ganhar - em recorrer à solução decisiva ou fatal. Um morto nunca morrerá duas vezes, e depois de morto também não existe modo nem arma alguma que o possa destruir. è quando o feitiço se vira contra o feiticeiro. Uma parte já não pode perder nada, a outra tem tudo a perder. É a parte feia da guerra, só os vivos podem perder, só os que cantam vitória podem cair no lodo, e podem ser arrastados na lama da sua iniquidade e na sua malvadez.

















E tudo se complica muitíssimo mais, quando a bomba ataca objectivamente três cobardes criminosos, mas não deixa de pela primeira vez denunciar outros cúmplices, e de uma forma escandalosamente directa e ousada, arrogante e provocadora mesmo, traz para as luzes da ribalta quem está por detrás de toda esta tragédia e explica factos e motivos que levaram anos a juntar, como modo de por fim, a sociedade portuguesa entender quem é quem, o que já fez, como fez, e como gente assim nunca deveria ter um cargo de responsabilidade destes, e muito menos devia dirigir e tiranizar pessoas, ou beneficiar eleitos. Será exatamente o primeiro passo do lançamento da bomba atómica. 




















Como dizia Sua Excelência o Senhor Presidente da República há dias numa entrevista, não pensa nem pretende, não quer e ninguém gosta usar a bomba atómica. Mas, se houver caso de necessidade, não hesitará em a utilizar.












Aí, percebi com lucidez o poder de quem nada tem a perder - pois já foi completamente destruído e não vê ao seu lado ninguém, nem amigos, nem família, nem recursos para uma vida digna, nem futuro - contra aqueles que querem perdurar na sociedade, querem manter-se honrados, importantes, prestigiados, pessoas dignas e com influência social.













Quando todos, quando for do domínio público, anunciado em órgãos de comunicação social, escrita, e seguramente nas televisões, que a bomba explodiu, e o efeito saltará à vista de todos e ultrapassará os limites da cidade e da região - notícia de telejornal em hora nobre - um estará definitivamente morto e bem morto. E junto dele serão apresentados os presumíveis carrascos.


















No relato minucioso que levei tantos meses a construir e detalhar com meios de prova todo este caso é minuciosamente explicado. Que, muito antes dele ser cometido, já permanecia no espírito mais malvado e desumano que existe na cidade, e apenas surgiu a ocasião esse ser do mal - demasiado conhecido, infelizmente,  de muitos portalegrenses - influenciou os seus pares que se tornaram a arma de arremesso e cometeram o crime, nunca imaginando que o doente poderia defender-se, e deste modo cobardemente atacaram-no e destruíram-lhe a vida.






















Quando tudo isso chegar às mãos certas, e vai haver avidez por perceber, entender, quando for impossível tapar a revolta que o burburinho vai levantar, e se perceber como se matam pessoas elegantemente, se destroem vidas sem qualquer pudor, e associado à tragédia aparecerem mais nomes, e se mencionarem comportamentos, atitudes, ilegalidades, jogos de interesse e de poder de uns quantos da terra, vai perceber-se que a bomba atómica vai abrir uma cratera muito maior do que pode ousar-se pensar, e as polícias, o ministério público, a opinião pública e as pessoas da cidade e do distrito vão querer conhecer respostas.





















Quem praticou essas indignidades e recorreu aos mais vis expedientes para recorrer ao mal, utilizou um poder que lhe foi concedido para exercer uma actividade diferente do que devia ser, e não para a prática canalha de destruição de pessoas, ir ao fundo de tudo o que aconteceu, estudar o passado, estudar o que se faz, as práticas naquele serviço de autoridade distrital da administração pública, as pessoas, porque ninguém tomou qualquer atitude, quando se desenterrarem histórias mirambolantes, nessa altura o morto, jaz tranquilamente morto e os vivos provavelmente gostariam de estar mortos também. É que responder por tanta sujeira é uma nódoa para toda a vida. E na cidade, vai ser, até que enfim, uma publicidade a Portalegre.





















Muitos associarão essas perversões que nem o feudalismo mais bárbaro alimentava, à realidade encoberta de uma cidade sem brio, suja, em que os poderes cheiram mal, em que as leis não são iguais para todos. Muitos cidadãos perseguidos, existem tantas maneiras de destruir sonhos, abandonaram a cidade. Ficaram os donos da cidade, os seus lacaios e os que se submetem, e todos aqueles que calam. Os que lutam, os que resistem, não sendo heróis de capa e espada, acabam por ser aniquilados.






















Lanço a bomba atómica dentro de poucos dias. Está feita, apenas se ajusta todo o complexo para que seja lançado na data a decidir, e chegue, aos alvos programados. A explosão depois - é uma puta bomba - só se dará quando o lançador detonar o poderoso explosivo, que segundo a sabedoria dos mestres, será no tempo certo.













O preço é irrisório. Uma vida e um pandemónio. Nada mais. E o povo vai querer justiça. O povo vai saber coisas inimagináveis. Os deuses vão cair na lama e quebrar. Nada será como dantes.



















Pode salvar-se o lançamento da bomba atómica?






























Provavelmente é muito difícil. Foi um acto radical decidido depois de muito sofrimento e de olhar em frente e se não ver qualquer luz.















Mas se as autoridades que me atacaram tiverem a inteligência de salvar uma vida, in extremis, e tomarem a iniciativa de dialogar, e procurar um acordo que rectifique o acto inquinado de ilegalidade e reparem os efeitos dele emanados, quem sou eu para ter ódios, vinganças, ou não buscar com firmeza mas humildade, uma solução que seja geradora de paz, e termine com esta insanidade absurda que pode causar efeitos gravíssimos e definitivos?























Mas isso tem poucos dias... logo que tudo esteja em condições a bomba vai saltar e os seus efeitos já não serão mais controlados por mim. Eu apenas vou acionar o detonador e abrir a cratera, quando julgar ser exatamente o tempo certo. Depois, quem cá ficar que faça o que puder. 






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