segunda-feira, 14 de agosto de 2017

PATRANHAS, BRUXARIAS E ALDRABIXAS



Reclamei de uns fulanos que pensei serem médicos faz 18 meses, mas antes parece-me que deviam ser um bando de incompetentes e gentalha mal formada (o que me fizeram não faz uma pessoa de bom senso que saiba ler), e o Livro Amarelo anda perdido, fora da lei, e ao contrário do que menciona nele próprio "MELHOR ADMINISTRAÇÃO MAIS CIDADANIA" e "A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS COMEÇA EM SI", percebi que a Administração está cada dia pior, praticamente não funciona, e está de cócoras perante meia dúzia de corporações que já deviam ter sido colocados na ordem há muito tempo,e a Cidadania é folclore que a nossa democracia de cordel utiliza para enganar os incautos, e acrescentar que se a Qualidade dos Serviços começasse em mim, esses indivíduos que utilizando a formação que o povo português pagou para fins diversos do que a sua profissão prevê, e fazem tudo o que querem e como querem, e parecem viver acima da lei, da ordem, da moral e da ética, eu já há muito tempo os tinha colocado no respectivo lugar. Isto é, seriam cidadãos exatamente iguais aos demais, e responderiam igualmente por todas as tropelias que fazem com as maiores ligeirezas, e que a cumplicidade de muitos poderes e interesses e a impunidade de um país sem justiça séria permitem.

Isso é exatamente o que acontece nos países ditos civilizados. Em 1820, segundo Eça de Queiroz, um Jornal britânico comentava "Portugal continua como a Turquia, é impossível introduzir-lhe a civilização". Parece tão actual. Ler Eça e olhar as notícias dos noticiários e parece fotocópia. Ó Portugal, Portugal, de que estás à espera?

Comigo, qualquer vontade manifesta de reclamação no Livro Amarelo, não era alvo de crivos bondosos, que mais não pretendem que passar com as mãos nas costas dos utentes e evitar que se passe da vontade à acção. Isto é, que com falinhas mansas se evite a reclamação.

Depois, seria um trabalho interessante ver a percentagem de quantas queixas no Livro Amarelo referente a médicos termina com qualquer acção que chame à responsabilidade aqueles seres galácticos que tudo podem fazer? 

Traduzido de modo a que todos entendam, se um administrativo chegar atrasado e for visado em reclamação no Livro Amarelo não se livra de passar um mau bocado, mas se o médico estiver a dar consultas embriagado, ou não estiver em plena posse das faculdades mínimas para o exercício da sua profissão, tapam-se uns aos outros, o povo teme reclamar oficiosamente, fala no café e diz mal da nação, mas - quem se vai meter com os médicos neste país? - passar da conversa baixa aos actos, uy, e os problemas que vai ter. E quando precisar de ir ao senhor doutor? Meu Deus este país só tem paralelo com as tiranias do Maduro, Fidel, Evito e o tal do nome intragável da Coreia do Norte. Médico em Portugal é ter salvo conduto para tudo, até para tratar as pessoas como lixo, lhjes faltarem ao respeito, e as tratarem negligentemente sem qualquer problema. Quantos médicos exercem e deviam, até recebendo o salário e mais uma compensação por não fazerem danos - estar calmos e nada fazerem. Mas eles existem, o povo bem tenta fugir-lhes, mas a Desordem, as hierarquias fazem que não sabem. É uma vilanagem. Depois há uma fingida estupefacção quando o senhor doutor que era tão sério, foi expulso pois se deliciava olhando os seios das doentes, ou quando o doutor X leva meia hora pelo menos a ver as jovens e dez minutos a ver as idosas. Sabia que quando vai a um Centro de Saúde num sábado ou domingo, estão a trabalhar um auxiliar, um administrativo, um enfermeiro e um médico. Mas só o senhor doutor é compensado por ver prejudicado o seu fim de semana os outros não recebem nada? Isto é o quê? Falam em igualdade e democracia? E aqinda se queixam esses doutores que em Portugal vivem num el dorado que os faz serem especiais, e tão poderosos que tudo podem, até fazer asneiras.

Há muitas bichas e aldrabichas na cidade. A culpa é do povo. Ainda tem mêdo dos médicos. E eles abusam.

Comentam alguns - e começo a pensar que têm razão - o Livro Amarelo quando utilizado no Estado apenas pode ter um ou outro reflexo em situações limite ou quando o reclamado é tão pouco importante que pode ter fácil uma sanção. Assim, de vez em quando o cidadão tem a ideia que o livro Amarelo serve para alguma coisa. Gente importante, é escusado. Gira que gira e é a mesma lenga lenga do tempo da outra senhora. Há gente que vive acima das leis. São perigosos. Não ajudam a democracia e mostram que o estado de direito é somente uma falsa ideia.

De todo o modo o nosso povo deve reclamar sempre que sentir que não foi tratado como deve ser, ou foi objecto, como tantas vezes acontece de desinteresse, más práticas e até atitudes e comportamentos criminosos e abusivos.





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