“Hoje, há uma espécie de proliferação da canalhice”
Clóvis Barros Filho
(professor universitário, licenciado em direito e filosofia e doutorado em comunicação, membro do Conselho de Ética da UNESCO)
A ética consegue sobreviver no país que temos?
A ética é uma luta constante contra a canalhice. A falta de ética corrói as instituições. Existe ética sempre que duas pessoas precisam conviver. O que pode acontecer é que hoje há uma espécie de proliferação da canalhice, um estímulo recorrente às iniciativas auspiciosas. Uma sociedade eticamente bem estruturada. Do ponto de vista de ganhos e perdas, toda vitória do canalha é negativa. O benefício obtido pelo canalha não compensa o prejuízo que a canalhice acarreta junto aos demais. Toda iniciativa canalha, tomando para si interesse individual ou patrimônio público é contabilizada como prejuízo. É uma perda social ininterrupta e despotencializada, fragilizada pelo triunfo de dois ou três.
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