Hoje me olhei no espelho e sorri.
Não porque seja um Adónis e tivesse ficado encantado com o meu rosto, mas porque me olhei serenamente, profundamente, olhei meus olhos, e fiquei feliz, tranquilo.
Honestamente, senti orgulho de mim, achei que caminhava certo nesta aventura que é a vida.
Que cada dia sou um pouquinho melhor que antes, que me arrependi de quase todos grandes e pequenos erros que cometi, que perdi perdão por eles, e que na igual proporção cada dia tenho em mim mais amor, o que me torna mais forte e me dá forças para prosseguir, para amar e perdoar os outros, e me faz reflectir sobre todos aqueles - e não são poucos - que me atacam e me desejam fazer mal.
Amo-os.
Faz muito tempo que os perdoei.
Chego a tê-los nas minhas orações.
Me entristece, quando penso em tudo o que inviabiliza eu ter uma vida de paz, não entendo, simplesmente isso, não consigo vislumbrar alguma coisa objectiva, que possa ter feito que justificasse ao ter caído doente, e por desígnios que Deus bem conhecerá, ser alvo de ataques desumanos, infelizes e brutais.
Tenho pena.
Acho que efectivamente as grandes guerras e as batalhas que merecem ser contadas só são travadas por grandes guerreiros.
Perdoar e amar não é nem pode nunca ser sinónimo de abandonar os nossos direitos e alcançarmos justiça.
Perdoar é amor, é não querer mal, não ter ódio nem rancores dentro de mim.
Por isso, venho desejar um dia bom a todos, de um modo especial aos que me querem destruir.
Se conseguirem vão ter que viver com essa memória e entristece-me a infelicidade e a amargura, mais os remorsos.
Se não levarem avante os seus propósitos, tenho igualmente mágoa, perdeu-se tempo, energia, paz, saúde, sem necessidade alguma, por futilidades que a natureza humana ainda não consegue filtrar. a tanta tristeza só posso e devo anexar um quadro de desejos com uma montanha de amor e um céu de paz junto de um sol doirado de muita ternura.
Hoje é domingo.
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