terça-feira, 29 de agosto de 2017

NÃO PODEMOS REGRESSAR AO PASSADO


DIREITOS, DIGNIDADE E BEM ESTAR

SÃO INEGOCIÁVEIS!











As evoluções humanas e sociais são conquistas da inteligência, do amor, da paz, da dignidade e da boa convivência,

Mas existem pessoas que nunca perceberam que o tempo traz mudanças, e têm medo do que muda, de perder poder e regalias, de simplesmente observarem que os outros ocupam lugares na sociedade que sempre deveriam ter sido seus de direito, mas tudo fizeram para os manter à margem.

Alguns nunca perderam a natureza de tiranos e querem utilizar as forças que lhes restam para fazer dos seus trabalhadores, e dos que os rodeiam, lacaios.



















Percebe-se porque em pleno século XXI, na União Europeia, em Portugal, existem escravos. Muitos tipos de escravos. É a escravatura encapotada dos empresários criminosos que tudo fazem ao seu semelhante desde que resulte no seu lucro pessoal - são canalhas - e, dos que detêm algum poder e fazem dos seus subalternos autênticos mandaretes, espezinhando-os, maltratando-os, humilhando-os para se sentirem poderosos - outros canalhas.

Hoje ainda muitos sonham com o regresso do trabalho mal remunerado e de sol a sol, ou com o trabalho por meia dúzia de patacos e sem direitos. Chamam a isso desenvolvimento e competividade, e assim se justifica a miséria de uns com os milhões que enigmaticamente desaparecem nos paraísos fiscais.



















Os Bancos levam famílias que andaram a seduzir e enganar a perder casa, carro, tudo, mas perdoam dívidas aos que tinham milhões e continuam a viver como príncipes. Esqueceu a Banca quanto os portugueses, os que lhes andam a pagar dívidas e os que nada lhes devem, tiveram de dar dos seus impostos, sem sequer terem recebido um tratamento humano ou de respeito. De gratidão nem se fala, isso é coisa doutros tempos. A Banca dá chapéus de chuva quando faz sol, e recolhe-os rapidamente quando começa a chover.

A canalha é cada dia mais nítida, tudo parece favorecer o seu aparecimento às claras. Não é preciso disfarçar as coisas. O tempo parece querer voltar para trás. E entre os trabalhadores é cada vez maior o número dos que calam, dos se sujeitam, dos que aguentam o assédio moral, ou outros assédios não menos graves, pois em casa há filhos para alimentar e o ordenado é o sustento da família.



















Os trabalhadores estão cada vez mais cercados de limitações, exigências, cumprimento de metas, classificações, ameaças disciplinares e despedimentos a martelo. 

O patronato e alguns governantes sentir-se-iam felizes se pudessem acabar com a férias, o trabalho extraordinário, os feriados e a maldita terça-feira de Carnaval. Tudo empecilhos ao desenvolvimento sustentado e à estabilidade. Alegam uns que as férias retiram o ritmo produtivo, e o mesmo ocorrerá a tempo com qualquer dia em que ser não trabalhe. Por este andar voltar-se-á a ouvir falar no chicote, não no circo, mas nos locais de trabalho.



















As elites dirigentes não precisam ser classificadas, verificadas, analisadas, aferidas, o partido ou o compadrio atestam, por sua honra, e temos gente grada à frente das empresas e da administração pública.

Por exemplo, se os técnicos superiores da administração pública, e os demais servidores públicos são classificados anualmente, porque não avaliar o desempenho de médicos, entrando nessa avaliação além dos superiores, quem melhor se pode pronunciar sobre os cuidados e resultados obtidos, os doentes?



















A resposta é simples e categórica. Muitos médicos que exercem teriam de abandonar a sua profissão e procurar outro modo de vida. Porque podem, em Portugal, os médicos, fazer tudo o que lhes apetece, parece estarem a cima da lei, e muitas das vezes tratam os doentes, exatamente todos aqueles que pagam e pagaram a sua formação, sem qualquer respeito. E muitas vezes sem competência. Enigmas.

Porque têm de ser os médicos - de que se diz fazerem falta - a ocupar lugares de gestão se não possuem quaisquer conhecimentos para isso e a sua formação não tem sequer esse objectivo e missão. 



















O tempo não pode voltar para trás. Os que torturam e exploram pessoas têm de ser investigados e serem alvo de procedimentos judiciais. Os que não têm perfil para dirigir devem dar lugar a quem tem experiência e conhecimentos para o fazer. A administração pública deveria dar o exemplo e mostra-se uma feira de circo. Nada funciona, os que por lá andam dirigindo, desmotivam quem sabe e quem trabalha, e são um atentado à liberdade de oportunidades, ao mérito, à competência e ao conhecimento.

Com alguma estranheza constato que as melhores empresas para trabalhar e mais competitivas, pagam bem, proporcionam boas condições aos seus trabalhadores, facilitam horários, têm mesmo locais de descanso e lazer. E não me entra na moleirinha que o mesmo trabalhador que em Portugal é um calão, nada produz e nada sabe, é valorizado no estrangeiro. Enfim, isto é areia de mais para a minha camioneta. Quem manda por cá é quem tem os livros, e se pode faz.



















A próxima era será inevitavelmente a do conhecimento. Os incompetentes, os filhos e primos, os amigos, terão de encontrar o seu lugar e lutar pela vida. Portugal paga caro todo este desnorte. O país jé de si mostra um povo infeliz, que acreditou aprender a sorrir com as liberdades. Foi um sorriso que durou pouco tempo. Portugal está como sempre tem estado, falido, desgovernado, sem civilização e é um feudo de meia dúzia.

Quando os sábios ocuparem os lugares das decisões o país vai mudar. Naturalmente. Até lá, vamos caindo, caindo, na nossa mediocridade e pequenez. O povo, essa massa heterogénea de pessoas já deixou de acreditar. Por isso não há evolução. Um povo sem sonhos, um povo embrutecido, enganado, faz que anda, mas manda andar os foliões que salvam tudo e tudo sabem. Trabalhem malandros.




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