quarta-feira, 23 de agosto de 2017

POESIA PARA BESTAS OU ALMAS PENADAS






















Cada alma tem uma história, um ou milhentos dramas, suplícios, desamores, insucessos, amarguras, vicissitudes, tantas que por vezes estão impedidas absolutamente a aceitarem, conviveram, produzirem o bem. É gente que parece gente, são pessoas que parecem pessoas mas não são, são pouca coisa e são um perigo para os demais. O bem assusta-os, dele apenas tiveram ideias e perante os seus fracassos, deixaram-se possuir pelo mal, mais acessível, não tão exigente, e que sempre garante plena satisfação, na convivência humana, desgraçando todos os seres desprotegidos e fracos, atacando todos que podem destruir, espezinhando, maltratando, apequenando, atacando direitos, levando ao caos tudo aonde existia brilho.

Por isso o demónio é ardiloso, é cobarde, e os canalhas são exatamente a sua cópia. Atacam quando julgam fácil vencer, destroem tudo sem critério desde que possam fazê-lo e, a história nunca mostrou nem honra nem glória, nem longa vida, aos que ao lado do mal fazem da sua vida um acto de verdadeiro terrorismo, físico, psicológico, social. São bandidos que acabam de cair na vergonha, no descrédito, na lei, e acabam destruindo - é o único bem que se lhes conhece - o mal que neles existe, se destruindo a si próprios. O mundo conhece estas tensões, o bem contra o mal, o direito contra o torto, o justo contra o injusto, e não encontramos manual ou tratado por esse mundo onde encontremos a vitória das forças do maligno. Além de efémeras são destruidoras. Recordam-me orgasmos assassinos. Por um quinhão de prazer matam, perdem-se, desviam-se da virtude e da existência. Arrastam-se, com mil disfarces - nunca podem mostrar-se como verdadeiramente são - e, com os seus iguais, e os que enganam vão espalhando o terror. Felizmente o bem sempre acabou por vencer. A verdade sempre acaba por se manifestar. E o que semeiam sempre acaba por os destruir. Felizmente.
















OS VENTOS APREGOAM O FIM


Aos ventos sibilinos e gélidos sopram a norte
Rajadas impregnadas de horrores cruelmente fustigam
Um mundo possuído por amálgamas de sangue e morte
Que somente um ataque ímpio e demoníaco justificam

As tempestades tornaram-se virais contra os cretinos
Os raios e os trovões assustam disparando p´ra todo o lado
São apelos, das sombras, dos abismo, atraindo os indignos
É a vergonha desfraldada na proporção do mal criado

Os tufões vão e voltam, contínuos, nunca param
As trevas em abraços de gelo tudo vão apoderando
Tudo destroçam e arrasam, os monstros que geraram

E no tempo, os dias, as lutas, tudo vai passando
Até justamente, à hora certa, como está predestinado
A malvadez entra nas profundezas que o irá aniquilando




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