sexta-feira, 30 de setembro de 2016

QUE TRIUNFE A JUSTIÇA E A GUERRA TESTEMUNHE A DIGNIDADE COLOCADA NA LUTA


Existe um ser humano que se acha no dever de lutar por um direito que seria seu e lhe foi retirado. Desse acto resultaram prejuízos, dissabores, violação de regras basilares que devem, reger a convivência humana, quebra de confiança, e talvez mesmo um crime. 

Pretende-se justiça. Pretende-se que se houve comprovadamente um delito ou uma falta corresponda necessariamente a quem violou as regras uma pena. E que quem foi vítima desse acto veja de algum modo atenuados os seus prejuízos, veja reparados os danos que lhe causaram.

Isto, dar a cada um o seu, é justiça há mais de dois mil anos. E deve ser dado o que era devido. E devem as Instâncias competentes agir em nome dessa Justiça que se procura, actuando de modo a apurar-se a verdade, o que aconteceu, as suas causas, as suas consequências, se actos destes são comuns ou foi um acto isolado, se actos destes estão ou não acautelados para o futuro.

Essa já é uma justiça social que tem em conta não o prejuízo nem a situação concreta da vítima, mas a sociedade, todos que podem encontrar-se em situações similares. As pessoas têm de ter confiança nas autoridades públicas que interferem na vida de cada um, e o devem fazer com consciência, com respeito às leis, com competência, com imparcialidade e sem discriminar utentes seja pelo motivo que for.

A Justiça em Portugal anda devagar, mas desde que de vez em quando leve uns abanões vai chegar . Tarda mas aparece e vai julgar. E a verdade vai aparecer.

Este caso, independentemente do que dele vierem a decidir já foi entendido pelos cidadãos, tudo nele aponta para a culpa. Se fosse da vítima, que tivesse andado mal, cometido erros, tudo teria sido resolvido em dois meses. E o pobre infeliz tinha de pedir desculpas, curvar-se, e fazer um novo processo, a medo, não fosse dessa nova vez pagar a ousadia de reclamar sem razão. Mas passaram quase 9 meses, a reclamação não se sabe onde anda. O queixoso nunca foi informado da situação em que se encontra o seu processo. As hierarquias do serviço onde foi cometida a violação dos direitos do utente, aparentemente não fizeram absolutamente nada. Não foi levantado um Inquérito. Não houve procedimento disciplinar. Não houve suspensão das tarefas realizadas pelos que são acusados de violar a lei na realização precisamente das mesma e desse modo prejudicarem o utente. Não foi feita uma Sindicância ao Serviço, isto é, inspeccionar o seu funcionamento, não na base de um caso mas de muitos casos num determinado decurso de tempo.

Percebe-se que a uma força desproporcional em relação ao queixoso, se juntem outras. Tanta gente e tanta força para descobrir uma peneira gigantesca que tape o sol, que já todos enxergaram. O cidadão chega ao ponto de ter de desconfiar de todos e de tudo. Mas ainda não houve temeridade de se pronunciarem em favor dos infractores. É que isso arrasta o comparsa na voracidade de mais investigações, reclamações, problemas.

Parece insanável a situação. Mas não é. Só se eu aparecer morto por aí em algum lugar. Quanto mais tempo levar menos será realizada Justiça, ou será uma justiça a conta gotas. Eu, não posso ser acusado de nada, já ataquei, já propus paz, já tive iniciativas de se encontrarem soluções. Não desejam diálogo. Não querem abrir mão de uma razão que nunca tiveram, de uma tirania perante as leis ou a competência, de uma força que imaginaram impune.

Essas pessoas afinal não são mais que as demais. Erram, pecam, fazem mal, fazem asneira, mostram incompetência ou malvadez, enganam-se. Com este caso enganaram-se redondamente. Tiveram a habilidade para fazer a sacanagem, mas não tiveram a inteligência e a astúcia de resolver as coisas a bem e, deste modo, colocarem-se longe de todos os contratempos e aborrecimentos que este caso ainda vai originar. Enfim, à que perdoar, tratam-se de humanos absolutamente vulgares, comuns, e às vezes não sabem o que fazem. É pena.
















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