terça-feira, 20 de setembro de 2016

Há Entidades que nunca mudam... e ninguém olha, ninguém diz nada!



O vice presidente da Associação de Dadores de Sangue de Portalegre acusa a ULSNA, E.P.E. de atitudes "criminosas e inadmissíveis" para com a humanitária associação e os seus dadores.

O Conselho de Administração da ULSNA reage com "repúdio".

O Conselho de Administração da ULSNA disponibiliza-se - o que é de enaltecer - para quaisquer esclarecimentos a bem da verdade e do respeito pelos nossos dadores.


Em palavras sussurradas - que ditas alto provocam vinganças - questiono-me mais uma vez sobre a ULSNA. Não entendo verdadeiramente qual a sua posição face à sociedade onde está inserida que deveria servir, e face a entidades e pessoas que devia auxiliar por serem mais frágeis.

Só o facto da ULSNA se disponibilizar para prestar esclarecimentos já estou de pé atrás. Não é normal. É uma Instituição pelo poder, pela intolerância, pelo castigo, pela vingança. Depois funciona do tal modo que vai sempre atrás. A culpa não me cabe a mim apontá-la, nem mesmo me interessa, o que realmente é importante é Portalegre possuir à frente das Instituições Públicas pessoas de bem, de diálogo, a funcionarem dentro de um quadro de transparência, legalidade, imparcialidade e de boa vivência com as demais Instituições - sobretudo as que prestam inegáveis serviços de valor humanístico - e às pessoas, com mais "afecto e compreensão, e espírito de ajuda, dos mais vulneráveis.

Hoje, o problema é com a Associação dos Dadores de Sangue, há uns anos atrás foram corridos os jovens trabalhadores de jardinagem da CERCI, pois, em virtude do seu monitor ter sofrido um acidente, durante um período indefinido não puderam cuidar regularmente do Jardim do Centro de Saúde de Portalegre.

Depois foi um Concuro Público assaz estranho, para jardineiros dos Centros de Saúde de Portalegre e Elvas. Correu-se habilmente com o competente jardineiro que cuidava com zelo e rigor do Centro de Saúde de Elvas, e dois jovens "Jeeps" - Jovens Empresários de Elevado Potencial - não só ficaram de cuidar dos dois Centros de Saúde, como ainda fizeram sugestões para o início de funções, que foram de imediato aceites, e que custaram uma pipa de dinheiro.

Enfim. trocaram-se entidades que prosseguiam fins humanitários, e a CERCI foi corrida justificando não cumprir com as suas obrigações, deixou o Centro de Saúde de Elvas de ter um jardineiro barato e competente, e não me atrevo - tenho que velar pela minha vida - nem a comentar se os novos Jeeps trabalhavam com mérito ou afinco, muito menos a sua identidade, e se cumpriram, nomeadamente no Centro de Saúde de Portalegre melhor que os jovens sem potencial da CERCI.

A ULSNA também me persegue. É uma honra e sinto-me orgulhoso de ter que lutar com gente assim. Gente que trata as pessoas sem qualquer pingo de respeito e humanidade. Gente que humilha, despreza, ignora, e castiga como se fosse possuída de birras como os cachopos da minha aldeia.

Um dia, necessariamente a verdade, que a ULSNA quer dialogar e concertar com os Dadores de Sangue, mas que me nega a mim, não respondendo a uma única carta minha, virá ao de cima. E quando todas as verdades - se isso for possível algum dia - vierem como o azeite ao de cimo, talvez se perceba porque o nosso mundo é como é, e não como deveria ser.













Quantas mais vítimas tem este verdadeiro monstro criado?

Quantas persegue?

Porque dá a uns e tira a outros?

Porque não respeita os seus servidores?

Trata-se de uma Entidade confiável?

Cumpre com a lei e defende o interesse público?

Preocupa-se com os mais desfavorecidos?

É isenta e imparcial?

Serve de exemplo?



Muitas outras questões podiam ser aqui deixadas para que se fizesse uma aprofundada reflexão. Servi quase 40 anos esta Instituição que me trata como se eu fosse um palhaço de circo. Muitas vezes me atacaram nos meus direitos e muitas vezes tive de lutar, não para os defender, mas para os reaver. Esta Instituição primeiro tira e depois quem tiver unhas se defenda. Já me tiraram várias vezes dinheiro ao salário sem uma palavra, e todas as vezes tiveram que o devolver depois de eu ter lutado contra essa tirania e prepotência. Já empataram, empataram, perderam coisas, não tendo ideia de nada, confusos, hoje dizem A, no mês seguinte dizem B, e no mês seguinte nem A nem B. É uma incompetência inimaginável num raio de muitas centenas de quilómetros. Mas sempre acaba por pagar, cumprir o seu dever, fora de tempo, com menos valor, (pelo meu ardor, minha luta), com desgaste, sem qualquer zelo ou brio. 

Como digo há muitos anos não conheço pior. Já me indispus faz muitos anos atrás quando tive de dizer a um Vogal da Direcção que estava muito desgostoso comigo porque eu andava a dizer que o Serviço era o pior da cidade, e lhe respondi "desculpe eu não disse que era o pior, eu DIGO que é o pior. Provavelmente hoje perante uma questão igual teria de dar uma igual resposta.

Há coisas que não mudam. Caem governos, voltam governos, saem e entram pessoas, sempre se vai dando entrada de alguns do regime ou da amizade, e podia ter-se substituído os antigos trabalhadores por tanta gente qualificada, boa, competente, briosa, e melhorar-se a qualidade do Serviço. Hoje pululam doutores por todos os cantos, mas curiosamente cairia no risco de ser injusto, e atropelar a verdade, se dissesse que este Serviço está melhor que em 1977, quando cheguei a Portalegre, e fora os médicos, não existia um licenciado. E o Serviço fazia-se. E havia problemas como hoje existem, mas menos graves e em muito menor escala. E as Administrações mantinham-se mais iguais para com os trabalhadores. Os Administradores também tinham começado um dia por baixo. Conheciam o mundo do trabalho, como se faziam as coisas, como se devia tratar os servidores. Hoje, o mérito não conta, as qualificações pouco valem, gestão de recursos humanos não existe, justiça, equidade, paz social, o trabalho sem medo, são ideias, e o tempo de Platão já passou faz algum tempo. Hoje temem-se as ideias, pois trazem sempre consigo algo que vai se traduzir em algo negativo, um direito a menos, menos salário, menos um subsídio, e isso curiosamente ainda mal saiu à estampa e já caiu sobre os trabalhadores. 

Sai um direito. Algo mais, um benefício, é o cabo dos trabalhos. E, se não houver asneira grossa pelo meio. Havia verdadeiros campeões da asneira, apaparicados e beneficiados pela Administração, uma vez até colocaram o terceiro oficial mais antigo do serviço, talvez com mais de trinta anos, como estando na carreira de ingresso e possuísse uma antiguidade de meses. Foi um milagre que só nesta Portalegre cidade se poderia ousar fazer. Transformaram em novos os antigos funcionários. Só em Portalegre e só nestes serviços sem pés nem cabeça.

Até quando vai continuar a ULSNA a seguir os passos da Sub-Região de Saúde de Portalegre e da Administração Regional de Saúde? Talvez com uma ordem especial do membro máximo do Governo pudessem ir buscar o homem que tudo resolvia e a todos atropelava, e que colocaram em Elvas, apenas com o fito de ele não precisar de se deslocar àquela cidade, por tanta falta fazer aqui em Portalegre, e se lhe poderia recompensar do tempo e gasto nas deslocações, lhe pagando ajudas de custo e transportes (como então se dizia), pela sabedoria e humanidade que introduzia no seu serviço, cujo vírus ainda hoje lá permanece.

Está na altura da ULSNA se superar e avançar rumo ao futuro. Possivelmente dialogando com os Dadores Benévolos de Sangue, possivelmente reaproximando-se da CERCI, certamente que ouvindo os seus servidores, e dando a razão a quem a tem, ser céleres no cumprimento dum dever. A ULSNA necessita urgentemente de encontrar o seu código de ética, para que nela as pessoas se sintam bem, façam o que podem e devem fazer sem atropelar os outros, e transformem um serviço minado por metas, objectivos e tanta trampa, num serviço de conhecimento. Onde a inteligência, a fidelidade, a confiança, a transparência reúnam em si os servidores de todos os níveis, sintam a ULSNA como coisa sua, onde tenham orgulho de trabalhar e gosto de ser da equipa. Justificaria um Encontro de Trabalhadores e juntos fosse encontrado e deliberado o modo de proceder e definissem os limites que possam agredir alguém, de modo a facilitar a convivência, e por conseguinte diminuísse o desencanto, os conflitos, a angústia, e todos soubessem, participassem num elenco de procedimentos para que a vida e o desempenho da ULSNA fosse significativamente melhor.

Não é preciso ser um especialista em absolutamente nada para colocar essa Instituição no bom caminho. Apenas se tem de exigir dos seus administradores uma dose de bom senso, respeito pelas pessoas, e o cumprimento das leis, satisfazendo-as em tempo útil. O bom senso e a legalidade, o humanismo, e o acordo ético em que participariam com os trabalhadores, transformariam a ULSNA no que deve ser um Serviço desempenhando um papel com excelência junto dos cidadãos.

É a modesta opinião - vale o que vale - de uma simples pessoa... que viveu e sentiu durante 40 anos esse mundo onde o trabalho não deve ser sinónimo de pesadelo, sempre à espera das cinco horas de sexta-feira, mas um lugar onde podemos encontrar a nossa realização, o nosso valor, servir a causa pública com esmero e alegria,  e ao qual devotamos sincera dedicação.

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