domingo, 11 de setembro de 2016

A 11 DE SETEMBRO COMEÇOU A GUERRA INTERMINÁVEL


11 de Setembro foi há 15 anos


A 11 de Setembro de 2001, os atentados contra os EUA lançaram ondas de choque por todo o mundo. 15 anos depois ergue-se uma nova torre, imponente, no centro de Manhattan, e um memorial às vítimas.







11 de Setembro foi...

...uma tentativa absurda de gente ignóbil para me destruir. Primeiro fizeram o tenebroso acto que envergonha, suja e põe em cheque todas as regras a que a vida humana se deve adequar, para que a vida seja digna.

E num dia 11 de Setembro, depois de almoço, meses depois de me fazerem a fraude, ou crime, seja lá o que for, a Excelentíssima Senhora Doutora Presidente do Júri das Juntas Médicas de Incapacidade, com as costas viradas para mim, num desprezo igual ao tamanho da sua falta de educação, me fez uma declaração de guerra: RECLAME.

Uma senhora que me prejudicou através de um acto que eu considero andar muito próximo de um crime com dolo, não reconheceu a existência de erro, nunca aceitou reunir comigo para resolvermos o problema que ela e a sua equipa me tinha criado, nunca respondeu a uma carta minha, desrespeitando o direito à informação que um cidadão merece de uma autoridade de um Serviço da Administração Pública.

Leva oito meses. O gravíssimo e hediondo atentado contra as Torres Gémeas em Nova Iorque faz 15 anos. Foi um dos piores dia da história americana e da história do mundo. Houve milhares de vítimas e com tudo o que se passou a vida do mundo levou uma enorme mudança. Atentados surgem de toda a maneira e em qualquer lugar. O fanatismo religioso e os espíritos desprovidos de amor e a transbordar de um ódio sem limites semearam um clima novo na ordem mundial, onde nunca se sabe, o que vai acontecer, como, quando e aonde. Ninguém está livre, nenhuma cidade ou país estão a salvo, a paz está sob ameaça. Apesar dos cidadãos confiarem nas políticas de defesa dos países e do trabalho que entre eles se concerta a cada instante, procurando evitar a tempo mais atentados e violências, nada é seguro de modo garantido. Houve uma coincidência entre o começo do medo do terrorismo impiedoso a nível global, e outro tipo de terrorismo, pessoal, incisivo, preparado, contundente, e que me atingiu certeiro, quando era impensável pensá-lo. Também foi inesperado. 11 de Setembro uma data com história, no mundo, nos Estados Unidos, em cada ser humano. Em mim.

Leva 15 anos. E eu muito tempo depois também fui vítima de um tipo de terrorismo personificado, um alvo pessoal, um ser a diminuir, a espezinhar, a prejudicar, a tornar coisa, sem dignidade, sem alma, sem ideias, sem vida, sem futuro. Foi igualmente inesperado, mas foi mais traiçoeiro que o ataque às Torres Gémeas, aí nada fazia prever que acontecesse alguma coisa naquele dia e naquela hora, e depois de feito foi o marasmo, dos escombros só se sabia que tinham sido uns aviões, mas as pessoas, os fanáticos que atacaram os edifícios não tinham rosto. Comigo tudo estava marcado, o dia, a hora, o acto, as pessoas que me iam ajuizar, e o resultado da verificação médica que deveria sofrer alguma alteração, dado que a minha situação médica tinha sido atestada por dois peritos como estando pior.
Ao contrário do que seria humanamente previsível, não subi no meu coeficiente de incapacidade nem um centésimo, não subi nada, ao invés, os doutos jurados entenderam que a designação de "piorado" que estava transcrita num dos meus relatórios médicos, justificava claramente que baixasse de coeficiente pois encontrava-me melhor. O meu atentado foi cobarde, me sabiam doente, frágil, mas teve rosto. Houve olhos que me olharam, ouvidos que me ouviram, e não houve humanismo, não houve consideração, não houve seriedade.

Acreditei em valores como a educação, a formação, a cultura, a posição social, os cargos de autoridade, os valores morais e éticos, e tentei levar o pesado atentado que foi perpetuado contra mim como um erro grosseiro de contas, ou algo nesse âmbito, e tentei tudo o que pode experimentar um "bonus pater familias" perante uma situação destas, escrevi reclamando, esperei, fui conversar, enganaram-me e mandaram-me tratar de mais documentos, que de seguida logo fui tratar e entreguei zeloso e rápido pois possuía urgência e muita coisa podia estar em causa. E me receberam os documentos assentindo que estavam bem, me viraram as costas sem uma palavra, e foi esperar mais uns meses. Cansado, mais que convencido que tinha caído numa fraude, numa vingança, num rol de mentiras e enganos decidi tratar do assunto como deve ser. Interpelei a Senhora Presidente e depois dela me dizer, como sempre dizia , espere, tem que esperar, lhe disse que teria de reclamar. Foi num dia 11 de Setembro em 2015, e Sua Excelência me disse, sem qualquer classe no tratamento a um doente/utente, sem qualquer tipo de sensibilidade, sem respeito, de costas viradas para mim, RECLAME.

E eu nunca mais tive paz. A juntar a todos os problemas que já tinha veio a juntar-se um processo interminável. Em que se espera todos os dias na caixa do correio ou por um alívio, ou por um fim. Abrir a caixa do correio é uma esperança e um medo. E todos os dias esses dois sentimentos me envolvem, lutam entre si, e me provocam danos. Na minha vida familiar e social tudo se precipitou, estou divorciado, vivo em condições pouco recomendáveis, estou perto de uma falência financeira, e sofro do conjunto infernal de tantos males que infelizmente também são atingidos pelos meus estados de alma, e pelas mudanças, alterações, tristezas profundas, idealizações finais, e actos espontâneos e irreflectidos, que alguns vezes me fizeram cometer erros que naturalmente tive de pagar e se juntaram a tudo, agravando ainda mais. Quem atentou contra mim é conhecido. Falava bem com eles. Parecia haver amizade até. Trabalhei naquela organização quarenta anos. Gostava de um dia ouvir da boca desses médicos onde foram arranjar esse desejo intenso e irracional de me fazer mal. É que eu nunca tive com qualquer deles o mínimo atrito. Nada, nada ocorreu entre nós. E depois de tudo, nunca consegui mais que a indiferença de uns, a ideia de impunidade de todos, e o silêncio. Quando passam sente-se que algo estranho vai com eles. Vão comprometidos. Sabem bem o que fizeram. Mas não conhecem o arrependimento e vão levar isto até ganhar ou perder. Sendo certo que nas suas posições lhes parece claro que a luta será fraca, curta, e eu terei que assumir as culpas do que eles fizeram.

Todos temos direito a reclamar um mundo mais justo e de paz. Atentados de desconhecidos e conhecidos não deveriam existir nunca, seja sob que pretexto for, a vida humana é um bem que não pode estar nas mãos de meia dúzia de tarados ou fanáticos ou gente sem alma. O mundo está a viver uma gravíssima crise de valores, um período conturbado em que as pessoas parecem ter perdido o bom senso, a inteligência, a capacidade de pensar, a responsabilidade da acção, o cumprimento dos eternos mandamentos que o homem deve seguir, os mandamentos da Lei de Deus, as Constituições como leis maiores das nações civilizadas e estados de direito, a moral e a ética, e seguir a máxima que Cristo, pense-se nele como Deus, ou como filósofo ou pensador, nos legou e sobrevive há mais de dois mil anos, amai o próximo como a vós mesmo.

Duas coincidências apenas. Um desastre contra a humanidade e um pequeno facto que jaz esquecido contra um ser humano. Quantos seres humanos não são vítimas, destroçados, espezinhados, humilhados, mortos cada dia? Fiquemos com as vítimas do terrorismo internacional, no caso do estado islâmico, e que nos fique na memória o quanto somos frágeis, todos, todos e cada um, que num instante estamos celebrando e no minuto seguinte podemos deixar este mundo. Que Deus receba no seu reino de amor e perdão as almas que se separaram do corpo e Ele pode encaminhar para a Vida Eterna. E que Deus ajude os que ficaram, e sofrem o que aconteceu. Que Deus nos ajude.











Sem comentários:

Enviar um comentário