sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O VERDADEIRO PROPÓSITO DA GUERRA É A PAZ




"A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de genialidade.

A vitória é o principal objectivo na guerra, mas o verdadeiro propósito da 
guerra é a paz."

Sun Tzu

























Sun Tzu foi um general chinês que viveu há mais de 2.500 anos atrás, possivelmente durante o século 6 a.C.


Sun Tzu parte da premissa de que é melhor vencer a guerra antes mesmo de desembainhar a espada; melhor ainda, despender o inimigo sem precisar fazer nada. Segundo ele, a vitória conquistada penosa e custosamente sempre acompanha um gosto amargo de derrota, mesmo para os próprios vencedores. Daí tiramos uma grande lição: a primeira batalha que devemos travar é contra nós mesmos.




Sobre a  minha guerra sem arte
contra uma Montanha de Potência
e a sua ampla e real alcance.

Lamentavelmente, se eu depois da Junta Médica efectuada por três médicos onde fui propositadamente "aldrabado", "espoliado", "enganado" e prejudicado na minha vida em termos morais, sociais, físicos e económicos, me tivesse ficado pela reclamação no Livro Amarelo, depois de andar algum tempo a ser alvo de brincadeira e enganos, tudo já estaria à muito resolvido. A queixa era manipulada, e eu passado algum tempo recebia uma decisão desfavorável - já vi casos desses frequentemente - e de modo frio me indicavam como eu "deveria fazer as coisas para que o meu fim fosse "eventualmente" alcançado.

Eu ficaria desesperado, irritado com a forma cínica e simples que a Administração encontraria para me embrulhar e fazer da minha própria queixa um declaração em que o culpado, o que não agiu como devia, seria eu.

O Processo seria célere. Os médicos ficariam felizes e deviam rir pelo menos enquanto se lembrassem. A vingança estaria consumada. Eu estaria prejudicado como era a vontade de Suas Excelências. E, o jogo iria continuar quando me apresentasse perante eles - se o fizesse - e, com mais cuidado, outra queixa era indesejável, encontrariam um modo de manter a sua malévola decisão.

Mas eu, que só trabalhei na Administração Pública 40 anos, e vi muito, lutei muito, vi muita asneira e muita coisa absolutamente absurda que gente normal nem lhe passa na cabeça que pode ocorrer nos Serviços de Saúde, tive de ser cauteloso, tive de ser defensivo atacando, atacando logo, antes que a decisão arranjada à minha reclamação fosse pronunciada.

Por isso ataquei de acordo com a minha estratégia, com os meus meios, sabendo que ia defrontar uma força tão poderosa que poucos seres racionais admitiriam eu ter alguma chance de ganhar.

A reclamação, por efeito das minhas acções bélicas ou terroristas, não foi alvo de nenhuma pronuncia e vai fazer oito meses. Quem quer que a tenha tem a vontade de defender os médicos, vivemos em Portugal, mas sair-se tão airosamente da situação que eu meta a viola no saco e me cale para todo o sempre.

E eu, ataco com os tais meios que são de pouca potência mas muita vontade, espalho o caso, envolvo cada vez mais entidades, crio processos, ataco sempre, e não pode ser de outro jeito pois luto com forças que neste país ainda têm muito poder e muitas vezes vingam ultrapassando as próprias leis.

Ataco com a convicção primeira que estou a fazer um bom serviço à sociedade de Portalegre, aos doentes e incapacitados do distrito. Eu pessoalmente sempre tive convicções fortes e lutas duras, haja o que houver, decida-se o que se decidir, não me apresento nenhuma vez mais perante estes médicos. Não confio neles, mostraram-me que não são confiáveis. E não me admira as autoridades, que nestas coisas sempre estão do lado do estado e dos mais fortes, não tenham levantado - que eu tenha conhecimento - um inquérito, um processo, que me tivessem chamado a depor, que havendo indícios de falta grave não fossem suspensos da sua actividade os médicos até conclusão de todo este procedimento.

A força brutal com quem eu me defronto, três médicos, autoridades de saúde, contra um arruinado pensionista de invalidez, e incapacitado que eles lesaram, ainda tem do seu lado o poder hierárquico, que não sabe nada nem nunca ouviu falar no caso, e geográfico, em Portalegre e no Alentejo apenas se ouve o vento passar, nada mais.

É uma luta desproporcional que exige resposta adequada. Não posso fraquejar um momento, não posso sentir medo, não possi deixar de acreditar que posso ganhar a guerra e com ela voltar a ter paz, e deste modo, a minha luta não foi em vão. e muitas pessoas vão beneficiar com ela.

Não é por acaso que peço uma sindicância àquele Serviço Público. Tenho sérias dúvidas e ao ver o que me fizeram, que estudei leis, que trabalhei e cheguei a desempenhar em substituição as responsabilidades de mais de 30 funcionários na mesma organização, nem posso imaginar o que não pode ser feito aos doentes e incapacitados que se não sabem, ou não podem defender. Eu ainda tentei, e sou subversivo, mas a grande maioria verga-se até ao chão aos Senhores Doutores e depois de serem prejudicados ainda agradecem.

Vou, naturalmente continuar a lutar. Não por mim, os três médicos terão de perceber que o meu caso morreu, o enterraram, está morto. E os mortos se acaso se defendem será com regras que nós vivos desconhecemos. Vou continuar a lutar por todos aqueles que vão a peritagens cuja eficácia, justiça, certeza, confiança, eu coloco seriamente em dúvida. É por eles que eu luto, e ataco, e sou incómodo, e posso mesmo uma ou outra vez ultrapassar o red line. Mas uma guerra, e uma destas que envolve a protecção de doentes e incapacitados, que envolve os valores mais importantes que podemos ter de bandeira, como a justiça, a democracia, a liberdade, a dignidade humana, as leis e o direito, os direitos sociais e os direitos dos doentes, a confiança, a imparcialidade, a isenção, a responsabilidade, o respeito pelos outros, a moral, a ética e um sem mais que se podiam ir escrevendo que estão ameaçados...

Se houver justiça todos os que estamos envolvidos neste enredo, e que sofremos as consequências de actos pouco claros, talvez até violadores de leis, e sendo crimes, vamos ganhar. E se a vitória se repercutir na vida em sociedade, na reposição da confiança, no célebre acto da apurada e profunda sindicância, na normalização dos serviços, na eficácia das peritagens médicas, naturalmente estes três médicos deveriam dedicar-se a outras tarefas. Se for coisa limitada estritamente ao direito, às opiniões, aos regulamentos, às hirearquias, levanta-se o eterno problema que nós, as vítimas somos perfeitamente iguais perante todos eles, mas ocorre o fenómeno, que eles perante nós já não sejam rigorosamente iguais.

Se houver vitória, poderia morrer no dia em que dela tivesse conhecimento. Morreria feliz. Todo o sacrifício, todo o risco, todo o cansaço, o empenho, as custas, teriam valido a pena.

Continuarei pois a lutar...

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