quinta-feira, 1 de setembro de 2016

NA MONTANHA RUSSA UNS CONTROLAM-SE, OUTROS GRITAM, UNS URINAM-SE, OUTROS DESMAIAM... É O FIM DO MUNDO






Força Centrípeta e Centrífuga em luta



Como escrevi na peça anterior fui como que sugado por uma máquina voraz e temível que depois de andar comigo às voltas, literalmente com a única consequência de me encher de tonturas, de me fazer perder a ideia de mim e do meu espaço, começou soluçando, e depois de cada solavanco a velocidade subia gradualmente, me fazendo perder o norte e às vezes o conhecimento em minha volta, entrando finalmente no que tinha de ser e se espera de uma montanha russa feita pelo demónio, curvas e contracurvas cada vez mais apertadas, mais sinuosas e mais rápidas, e um sobe e desce, um turbilhão de voltas ora me colocando de cabeça perdida no alto, ora quando parecia estar aterrando ocorria nova manobra de diversão.

A montanha russa que os médicos me tinham destinado ia cheia - coisa que os bons médicos, mas fracos nas coisas do saber - não podiam esperar. Eles queriam me endoidecer, a mim e a mais ninguém, queriam me desgraçar a mim e a mais ninguém, queriam rebentar com a minha vida económica e dificultar ainda mais minha vida interpessoal e familiar, mas só a mim. e não a outros. Cada um no seu tempo. Podemos imaginar quantas pessoas desgraçaram e espezinharam nas suas tumultuosas e divertidas cambalhotas. Provavelmente teriam sido muitas. E como a taxa de sucesso devia ser de 100% sugaram-me também. Apenas me queriam provocar um dano irreversível e destruir o meu já de si difícil e atormentado futuro.

Mas cometeram um erro de palmatória, julgaram que os doentes e os incapacitados e os diminuídos e fragilizados eram todos iguais. E por isso espezinhar era coisa normal, sem risco, era mais uma irresponsável leviandade, uma vingança sem humanidade, uma tortura, e comigo, pensaram, nada a arriscar, temos o bicho na ratoeira e foi só aplicar o plano. Acontece que eu, pelas agruras da vida, e tendo ficado ainda jovem sem família, aprendi a lutar nas escaramuças que sempre existem e no apetite sempre voraz que os mais fortes têm em apequenar os mais fracos, troçar deles, os magoar, os espezinhar. E, apesar de ter perdido muitas lutas, perdi poucas guerras, pois normalmente defendia, só ataco quando me atacam e aí aprendi que na resposta se quero vencer tenho de ser rude, bruto, contundente, não dar tréguas. Nunca desistir. Luto sempre sozinho, nunca apelo a ninguém que o faça por mim. Ora, com uma vida de lutas, perante a baixeza reles destes médicos que são a vergonha de uma profissão que devia ser apanágio de humana grandeza, só podia ou submeter-me. - nunca o fiz em toda a minha vida - ou lutar com as energias que tivesse, e levasse a luta até onde fosse necessário, sem nunca desistir, sem mostrar medo. 

De modo que logo que eu percebi a falta de ética e de moral destes profissionais da saúde, e percebi que se iam socorrer de baixezas para se defenderem, como a mentira e invenções, provavelmente aliciando testemunhas, e engordando a vergonha e a vileza, contra ataquei trazendo para os mesmos carrinhos da montanha russa toda a gente e instituições que pude. Tanto iriam girar, ziguezaguear, dar pulos e subir e descer que algum acabaria percebendo que estes movimentos não são naturais, que aqui reside algo de estranho e de maquiavélico e que para se salvar há que, ainda consciente tomar medidas.

Tive de fazer esta manobra de diversão por duas vezes. É que muitos encontrando-se fortes e saudáveis conseguiram escapar, não sei com que artes, pelas sinuosas voltas dos carrinhos na montanha russa. E na segunda vez que os carreguei no carrinho foi um pandemónio, uns zangaram-se, outros sentiram-se incomodados, outros começaram a dar pontapés para o ar, e muitos depois de meia dúzia de voltas motor a fundo que é para endoidar todo o mundo, gritavam sem parar, gritos que faziam dó, de medo, de pânico, de pavor, enquanto outros perderam o controle físico e se urinaram pelos pés abaixo, e houve mesmo alguns que tiveram ataques de pânico, uns que desmaiaram, uns que perderam o tino. Alguns, muito pouco, mostraram coragem, e reagiram a semelhante castigo com serenidade e potência, carácter, tendo a meu lado permanecido, e embora não gostassem do tormento por que eram obrigados a passar quase se adaptaram àquele jogo torpe, dominaram a situação, e ainda me apoiaram.

A montanha russa revelou-se um boomerang para os péssimos servidores da saúde. O Livro Amarelo está debaixo de olhos. Já várias entidades têm processos levantados para o apuramento do caso. Já alguém que a seriedade me obriga a não revelar, enviou a minha reclamação para uma autoridade lhe dizendo para tratar da situação e o informar enviando-lhe cópia de decisão que me facultar.








NESTE CONFLITO DE MECANISMOS E MOVIMENTOS SE DEGLADIAM DUAS PODEROSAS FORÇAS DA FÍSICA; A FORÇA CENTRÍFUGA E A FORÇA CENTRÍPETA...

...e é justamento pela permanente tensão existente entre estas forças, que num sistema perfeito se equivalem mantendo certo o movimento rotativo dos carrinhos em todo o percurso, quer seja em curvas, independentemente do seu grau, como das voltas completas na vertical, em círculo sem cessar. Tendo como resultado prático que os seres humanos em condições normais suportam o movimento rotativo, podendo alguns pela natureza das coisas temerem a velocidade, as inclinações, as descidas bruscas e o llopings. Possivelmente alguns estômagos mais fracos podem acusar um excesso de produtos no vasilhame, mas os riscos são ponderados, e o homem de um modo geral pode e experimenta esses maquinismos que servem de instrução ou simplesmente de divertimento.






Mas se conseguimos arriscar uma aventura por alguns minutos, num maquinismo que foi estudado para ter todos os sistemas de protecção em constante funcionamento, de modo a proporcionar um risco diminuto, que mais será que um susto ou uma indisposição física, já dificilmente conseguimos manter-nos pessoas se no enfiam à força numa máquina que não conhecemos, em que as forças que podem guerrear são todas diabólicas e satânicas e possuem apenas funções de ataque aos utilizadores, desprotegendo-os, colocando-os em graves riscos, e buscando que daquele passeio do diabo a vítima seja despojada de tudo o que fazem um homem ser aquilo que deveria ser. A montanha russa dos algozes da saúde não defendem vidas, nem servem de entretenimento, são máquinas de ódio, de raiva, que apenas procuram destruir, os doentes, os incapacitados, os que facilmente neste jogo miseravelmente desumano vêem a encontrar o fim de si mesmos.

Neste remoinho infernal que é a montanha russa onde me colocaram sem eu querer, ao conseguir arrastar atrás de mim outros que nas estruturas do estado português possuem um lugar e uma força própria, acabei por destruir a estratégia maldosa dos que me fizeram a tal espécie de Junta que qualquer um faria melhor, pois entre aqueles que arrastei comigo alguns mostraram ter força bastante para aguentar aquele nefasto jogo de brincar com o ser humano andando com ele em turbilhão e às voltas, e dele saltaram a tempo, e tomaram posições, decidiram procedimentos, falaram ou contactaram com outros, me contactaram. Valeu a pena desmontar a sacanagem daqueles médicos, que com as suas acções destruíram o que devia ser, ameaçaram gravemente a convivência, atacaram a ética, esqueceram a moral e ignoraram as regras e as leis a que se acham obrigados.

Confesso que não tive forças de sair do meu carrinho e nele continuo em interminantes voltas. Mas o ritmo alucinante não mais foi accionado, nem as curvas loucas e as velocidades impressionantes. É que a montanha russa é conhecida hoje. Nela se tiveram de montar muitos que podiam estar tranquilos em seus lugares tratando de assuntos do seu devir, cumprindo as funções para que foram eleitos ou empossados. Não tenho forças de saltar e o carro não pára, nada nem ninguém possui a força para parar aquela máquina do mal. Mas assisti a muitos gritos, protestos, desmaios, vómitos, urinados que só quando a máquina entrou em velocidade moderada fizeram das tripas coração e se esquivaram, creio, para todo o sempre.

No carrossel ou montanha russa das forças do mal me embarcaram como se fosse de viagem para o inferno em fim de vida, e eu esbracejei e com as últimas forças que tinha consegui agarrar e trazer comigo aqueles que acabaram me salvar e amenizar aquela máquina de morte. Nomeio todos que participaram menos ou mais tempo nos seus carros e no fim vou tentar dizer os que me parece ainda se encontram como eu, rodando, sempre rodando, agoniados, tontos, vomitados, sem forças também.




Vou enunciar sem qualquer tipo de ordenação todos aqueles que de uma maneira ou outra acabaram por embarcar em todo este imbróglio mecânico engendrado pelos médicos (falsos?) e pelos seres do mal:

  • Grupo parlamentar do Partido Popular / CDS
  • Deputado do PAN
  • Grupo Parlamentar do Partido comunista Português
  • Grupo Parlamentar do partido Socialista
  • Grupo parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes"
  • Ministra da Justiça
  • Delegada Regional de Saúde do Alentejo
  • Ministro da Saúde
  • ERS - Entidade Reguladora da Saúde
  • Presidente do Conselho de Administração da ULSNA, E.P.E.
  • Delegação de Portalegre da ordem dos mèdicos
  • Delegada Distrital de Saúde Pública
  • Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses
  • Procuradora Geral da República
  • Presidente da Assembleia da República
  • Presidente da República
  • Director Geral de Saúde
  • Grupo parlamentar do Partido Social Democrata
  • Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
  • Bastonário da Ordem dos Médicos
  • Presidente da Comissão Parlamentar da Saúde
  • Provedor de Justiça



Muitos destes passageiros "à força" saíram serenamente pelo seu pé, e com a dignidade que possuem. Outros tiveram de fazer um esforço, maior ou menor dependendo da condição de cada um e acabaram por sair sem sofrer qualquer dano. Um ou outro passaram as passas do Algarve mas lá acabaram por sair. Alguns, são meus companheiros, estão condenados pelos médicos infractores a rodarem e tornar a rodar de volta de uma acção que humildemente e salvo melhor opinião tem todos os indícios para ser considerada crime,  de uma malvadez e de uma falta de humanidade sem limites. Manifestando-se gente menor, em quem se não pode confiar, trapalhões, incompetentes, velhacos, torpedeando as regras e as leis, os nossos exemplares do que se não deve fazer, e se faz, acabam por manter girando em redor da sua acção, do seu tenebroso acto, alguns, que não conseguem pular do carrinho contra sua própria vontade, e outros que lá caíram e permanecem lá por obrigação. No meu próximo trabalho, descreverei os meus companheiros de infortúnio e as causas porque não conseguem desligar-se de aborrecimentos que sempre trazem as acções de gente que nada ou muito pouco merece e se quer fazer de reis.

(...)

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