quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Cérebros que sabem desenvolver e aplicar estratégias...



VOLTARAM OS TEMPOS DE GUERRA

TODOS OS CUIDADOS SÃO POUCOS

OS ADVERSÁRIOS JÁ MOSTRARAM QUE SÃO COBARDES E QUE FARÃO TUDO PARA DESTRUIR QUEM OUSAR SE ATRAVESSAR NA SUA FRENTE

VAMOS LÁ, TAMBÉM NÃO OS TEMO

ENTRE MORTOS E FERIDOS,
ALGUÉM VAI ESCAPAR












Estamos em 15 de Setembro de 2016, passaram a datas comemorativas, passou o dia que entendi dever ser, o que deveriam ser os demais dias, um  dia de paz, e para minha infelicidade, tenho de regressar à luta, à guerra, a ter a mente absorvida em planos, ideias, esperanças, estratégias, tácticas e não poder descurar as defesas, sempre pronto, se for caso disso a encetar novas iniciativas ou simplesmente, acompanhar o desenrolar de tudo.

Uma guerra boa pode servir qualquer causa, já disseram no passado, mas eu entendo que as causas é que determinam as guerras, sendo que muitas se poderiam evitar com o mínimo de bom senso, quanto bastasse de moral e sentido ético. Mas existem causas que superam o sujeito, são tão demonstrativas da baixeza humana e daquilo que ele é capaz para diminuir ou apequenar um ser mais frágil, mais pequeno e de menor poder, que não reagir é aceitar, é perder o sentido da honra e da dignidade, é, perdendo tudo isso, ir morrendo por dentro até que a auto estima, o ser, perca toda a sua valia, e a vida, o seu valor, a existência, não mais tenha valor.

Ontem, que foi dia de paz soube-me muitíssimo bem. Aproveitei para tranquilizar o espírito e descontrair o corpo, libertar alguma tensão, e me senti fracamente bem. 

Dá para perguntar para que existe gente de poder, gente que pode ser referência na sociedade, que sem aparente motivo, sem qualquer claro interesse, se metem com seres mais fracos, mais fragilizados, com doentes, com incapacitados,  sem que se possam descortinar outras motivações que não sejam simplesmente, pisar, provocar dano, brincar, troçar, amesquinhar um ser humano quando ele, por se encontrar em franco declínio psicológico e físico, dificilmente terá as condições mais eficazes de se defender.

Tais actos parecem verdadeiramente terrorismo cobarde. Escolhe-se um alvo, e depois, como ele está à mercê da canalhice, é atacar do jeito que se quer, não importando como nem porquê, o importante é destruir, espezinhar, trucidar, rebentar com um indivíduo que pode servir de brinquedo de feira em quem podemos atirar tiros ao alvo, ou bombinhas de mau cheiro.

Só um milagre - e a Justiça - vão conseguir que toda esta guerrilha tenha como conclusão o apuramento real da verdade, a dimensão de tudo o que se joga por detrás deste processo, a força, a união, e o poder da classe médica, do corporativismo mais pujante em Portugal, das habilidades, das inteligências, da desumanidade, do poder destrutivo de classe e a vitória não acabe por recair nos senhores doutores.

Para eu me meter com um conjunto de médicos, independentemente da razão ou não, para defender perante eles direitos, ou atacasse seus actos, teria de ser um cidadão poderoso, com aliados também poderosos, e deveria ter dinheiro. Tudo isso eles têm e eu não.

E engana-se quem possa pensar que os senhores doutores estão sentados nas suas secretárias à espera que alguém, alguma entidade, autoridade ou organismo resolvam o problema. O simples acto de os ter contestado já criou inimigos temíveis, e a uns se aliam outros, e a esta hora já existe uma equipa cuja fundamental tarefa é me calar, me derrubar, me desencorajar a prosseguir a luta, a me quebrar a espinha.

Trata-se na generalidade de gente forte que nunca imaginou que um simples doente os atacasse contundentemente. Sem medo. Talvez com um pouco mais de loucura que coragem, talvez cometendo erros de quem não está habituado a lidar com situações deste tipo e de repente de vê ultrajado na sua dignidade e vê-se obrigado a espernear para e a disparar em todas as direcções, esperando, parece, que algum tiro, atinja o alvo. Não se trata de coisa fácil. O outro lado do terreno move-se, não se atinge fácil, têm escudos eficazes, aliados fortes, e podendo, vão contra atacar sem qualquer tipo de humanismo.

O que pode parecer estranho em pessoas que conhecem as debilidades da alma e do corpo, mas jamais sabem o que é ser justo, o que é ser simples, o que é ter dentro de si a humanidade para perceber o quanto têm brincado, e à quanto tempo com um doente, que foi seu colega antes de aposentar-se por invalidez, cerca de quarenta anos.

E são cruéis, duros, destruidores, a mim têm tentado tudo para me desmoralizar, para me apequenar, para me mostrar que quem pode são eles e eu não passo de um farrapo que eles jogam no lixo cada vez que lhes apetece.

Por isso orquestraram uma aliança - e me atacam de dois modos distintos ao mesmo tempo - através da Junta Médica de Reavialiação de Incapacidades em que contra natura baixaram o coeficiente a um doente cujos documentos que entrega atestam o contrário, isto é, que está pior, e por outro lado, faz quase um ano que andam para me pagar as deslocações que efectuei às Juntas Médicas nos termos da lei. Hoje está aprovado mas o administrador foi de férias e ficou lá com os documentos, no mês seguinte não sabem se foi aprovado, e andamos nisto e os meses passam e o dinheiro sempre ajuda a quem necessita.

Estão todos envolvidos, e a perseguição que me é feita não é de agora, já há alguns atrás me levaram cerca de três anos para pagar as despesas médicas de um acidente de trabalho quando situações desta existem que se resolvem em dias. Pelo meio, como agora, sempre se perdem os processos, vão para o serviço jurídico, e por aí andam num ritmo sempre eficaz que faz com que eu seja uma vítima de primeira grandeza.

Mas eu volto a reafirmar que não temo estes senhores doutores, e será seguramente um prazer histórico me confrontar com eles. Só possuo uma vantagem clara em relação a eles. Estou preparado para tudo. Nada me prende ao futuro, nada me prende ao que tenho, posso ir até ao impensável. Conforme me atacarem assim me defenderei. Com a bravura dos que podem morrer na luta, mas que , como disse D. Sebastião em Alcácer Quibir, será "morrer sim, mas devagar".

Um doente tem dificuldades acrescidas em se defender. Todos os sabem. Melhor os médicos que se tornam tiranos cobardes sem qualquer pingo de humanidade quando os atacam sem dó nem piedade. Um doente e um ser sem recursos tem que criar, tem que usar as palavras como dardos, como tiros, tem que procurar acertar em alguma coisa, mesmo que falhe por vezes, ou infrinja uma ou outra vez as normas cavalheirescas de uma guerra limpa. Os estados de alma, os nervos, os ânimos, a exaltação das súbitas canalhices de que se vê alvo, levam-no a perder a calma, a descontrolar-se, e a atacar às cegas, porque tem que fazer qualquer coisa, seja o que for, bem ou mal, é a defesa do mais fraco contra um poder absoluta. E perante a desproporção de poderes, perante a situação que o ser está perante quem o prejudicou na Junta Médica e com isso o atingiu gravemente, e contra quem com ele anda a brincar ao paga, não paga, e vão passando os meses e aumentando a brincadeira, tem que se considerar legítima toda e qualquer acção que tenha por finalidade calar a tirania, acabar com a tortura, buscar a dignidade e a honra com que os outros ultrajantemente brincam.

Hoje é dia 15 de Setembro. Tudo pode ainda levar tempo. Mas existe movimento. O processo não está parado e passando uns oito meses sem qualquer decisão é porque a matéria não está fácil para os senhores doutores. Aqui toda a gente já percebeu que há culpa. As pessoas não são burras. E embora muitas sempre me tenham aconselhado a evitar confrontos, isto é, a aceitar a canalhice, sabem perfeitamente quem luta com razão. Sabem os riscos. De tal modo que mesmo que venha a perder, nunca será uma derrota envergonhada, mas sim uma vicissitude daquelas que acontecem a quem na vida escolheu lutar pela verdade, por ideais e por valores.

Se for para me calar, em Portugal e com gente desta tudo é possível. Mas eu só me vou calar quando estiver bem morto. Até lá serei sempre um vivo lutador, e conforme a música assim será dança. Afinal quem não gostaria de morrer bailando. Melhor que isso, como dizia Gabriel García Marquez, apenas, morrendo de amor.






Sem comentários:

Enviar um comentário