sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CONFORME É A MÚSICA ASSIM É A DANÇA





















Mergulhemos no interior e nesse percurso em que buscamos arduamente descortinar os nossos talentos, acabamos por verificar, sem grande espanto, que o indivíduo contemporâneo, acaba como que vivendo isolado num pólo, envolto na solidão gelada.

Torna-se angustiante no meio do vazio olhar a vida e não se reconhecer, sente um surto de solidão então, e essa tristeza, e esse vácuo não ,preenchido, esse vazio é a percepção da falta de sentido. Sentindo que não pertence ao mundo que o rodeia há de imediato como que uma necessidade de ousar, ousar evitar a preocupação, e dar luz, alumiar uma existência desprovida de sentido.

Tudo isto vai descambar num transtorno de afecto muito poderoso, incapacitante, excessivo, perturbador, em que sabemos que existimos num mundo onde vivemos, sem viver, num tempo e espaço de solidão e vazio, de ócio inactivo, de falta de sono, de insistir na prática de fazer, estandos sós, e sem acção.

Existem factos que exigem respostas, mudanças de tácticas, de estratégias, que nos obrigam a um recolhimento e daí preparemos seja de que modo for, o que fazer na vida, o que implica uma aprofundada e cuidada reflexão ética, que infelizmente o homem da actualidade não está em condições de fazer - temos uma formação escolar infame, triste, sem equilíbrio, em que a física ou as ciências exactas se encontram em posição altaneira face há abstracção e reflexão humana - e, ocorre daí ficarmos fragilizados na hora de investigar sobre questões em que a abstracção é complexa e a ética que mais não é que um pensamento sobre a nossa vida, nos parece inacessível.

Não adianta tapar o sol com a peneira, o que assistimos neste mundo em profunda crise depressiva e de valores é cada um defendendo o seu, seja coisa, desejo, ou interesse, com a faca nos dentes.

A intolerância diz respeito a uma informação do eu, e surge de um modo de fácil verificação em quem se não sente seguro, recorrendo deste modo a defesas compensatórias e o levam, se está a ser criticado a denunciar de imediato a parcialidade, e a lei passa de interesse social a acto de perseguição.

Se alguém fala mal de mim eis que se manifesta de imediato um perigoso inimigo que me quer destruir. E se vê no outro, o que o indivíduo desejava muito ver em si, capacidades, forças, determinação, conhecimentos, potência, surge no mesmo instante uma raiva tantas vezes mal contida e que denuncia, e vai gerar intolerância.

Reflectindo sobre todos estes desacertos que passam em nós, mas que não assimilamos na voracidade da vida, das rotinas cada vez mais velozes, exigentes, concentradas em objectivos, metas e realizações, nota-se que seria benéfico uma qualquer entidade ou agente de intermediação social, que não existe, e contribui grandemente para o grau de conflitualidade existente.

O aperfeiçoamento da repressão, segundo alguns, afirmar-se-ia como uma forma progressivamente eficaz de isolar o fenómeno da intolerância, sobretudo quando degenera em agressividade, violência e noutras manifestações perturbadoras da vida em sociedade.

E, como já afirmei antes, bastaria cada um ter uma consciência moral suficientemente desenvolvida para não atentar contra o colectivo a partir de vantagens que se reduzem meramente a pessoais.

Quem viola a convivência, e desse modo se comporta como um sacana, um perturbador, ou agitador, sabe perfeitamente que viola a consciência moral.

Daí, como também já abordei, a necessidade de fazer parte dos currículos académicos, com aplicação generalizada de uma disciplina de ética, donde se poderia esperar que o professor consiga oferecer subsídios construtivos do conhecimento para que o aluno encontre sem dificuldade a conduta a tomar, e encontre condições para definir a moral pura e desse modo agir de acordo com critérios que veio a adquirir. A sociedade muito ganharia com essa formação obrigatória a todos os jovens. O futuro mostraria uma sociedade mais franca, mais tolerante, sem violências e sem atropelos às regras por todos determinadas e aceites.

Uma mente em contínua tentativa de exercitar a capacidade de pensar leva-nos a encontrar caminhos, a conhecer forças, a olhar o mundo e a vida, e sobretudo o homem, com mais tolerância, com mais perspicácia, e com um sentido ético e moral que exige comportamentos saudáveis, não agressivos, não necessariamente protegidos por normas legais mas bastando superentendidos pela nossa consciência.

Ontem percebi que não quiseram dialogar comigo. E, em boa verdade, muito enganados andam aqueles que pensam que eu tenho vida para andarem a brincar comigo. A patinha em cima ninguém põe. E andarem no gozo é o mesmo que me convidarem a deixar de ter alguns escrúpulos em relação a determinadas pessoas que me mereciam respeito. Nunca me queixei formalmente de certos actos de grande imoralidade que me têm feito, não uma vez, mas várias. Existia como que um código de conduta que me levava a ficar quieto. Podia em alturas de fúria ou nervosismo, que tenho os meus destemperos, escrever aqui no meu blogue meia dúzia de coisas e admito, até cometer um ou outro exagero que são frutos naturais do estado de alma, e do cansaço de ser desrespeitado e de andarem a fazer de mim palhaço.

Pois bem, vou tratar de tudo de modo igual. Assim é que é ser democrata. E o que se não resolve a bem vai se resolver rapidamente e a mal. Como já fiz várias vezes, e sempre com algum sucesso, perdoem a imodéstia, é tudo uma questão de escrever. Menos no blogue e mais para as pessoas certas. E como no caso das Juntas Médicas logo começam a andar. 

Para terminar, direi que vou passar a ser mais comedido aqui no meu blogue. Menos confiança que trata-se de gente fora da lei, fora da moral, fora da ética, fora do comportamento que deve pautar seres humanos, a honestidade, a franqueza, a verdade, a transparência. Se mantiver luta com essa gente a esse nível descerei tanto que vou entrar num terreno tão sujo que por falta de hábito só poderei perder.

Vamos deixar de ser para uns assim e para outros assado e vamos a tratar do mesmo modo quem não merece qualquer reverência pela minha parte. 

E para terminar, tenho um sonho, sei que o meu processo de reclamação a  Sua Excelência a Senhora Ministra da Justiça já foi enviada para o Ministério público do Tribunal de Portalegre. E, se Deus me der sabedoria e discernimento vão sentar-se naquelas cadeiras muito mais do que os três médicos das Juntas Médicas. Então veremos como anda a Justiça. Anseio por esse dia. Falinhas mansas nunca deram em gente sem palavra, sem carácter. Os tribunais servem para aplicar o direito e se fazer justiça. Venha o tribunal. Vamos ver de uma vez quem persegue quem, e quem faz mal a quem, e o que a lei diz. Vamos ver.

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