terça-feira, 2 de agosto de 2016

UMA BOA DESCULPA NÃO INDEMNIZA PREJUÍZOS




 QUEM VAI PAGAR A CONTA? 



No fim desta aventura arriscada que é apresentar uma reclamação no Livro Amarelo sobre a actuação de um órgão colegial composto por três médicos, a Junta Médica de Avaliação de Incapacidades Multiuso, da Unidade de Saúde Pública de Portalegre, pergunto-me reflectindo quem me irá pagar tudo o que tive de passar para me defrontar com um Órgão que é uma Autoridade, e que além de me fazer uma Junta Médica atabalhoada e sem qualquer fundamento técnico, sem me informarem, sem uma justificação me baixam o coeficiente de incapacidade, isto é, em sentido contrário ao que os relatórios médicos defendiam, para a seguir em resposta a todas as minhas reclamações e protestos me andar a enganar e a brincar comigo como se eu fosse uma criança de 8 anos? 

Eu tenho 60 anos de idade, sou doente crónico, estou aposentado por invalidez e em Junta Médica foi-me atribuída uma incapacidade de 0,630. Com os relatórios dos especialistas declarando encontrar-me pior, o Excelentíssimo Júri decidiu baixinho, nem me dei conta, baixar aquele valor para 0,604.

Acharam que eu estava melhor de saúde! A olho? Houve erro de paralaxe? À sorte? Em troca com algum que tinha de subir?

Se em boa verdade se trata de médicos - os seus métodos são peculiares - sabem perfeitamente, podem avaliar o que tenho sofrido desde que percebi que me baixaram o coeficiente de invalidez, o impacto que tudo isso e o que todos estes meses trouxeram de incerteza, de dúvidas, de mudanças de humores, de idealizações bem feias, de vontade de desistir e fugir, de vontade de pegar numa moca e encher-lhes a cabeça de pauladas, de nunca mais os ver, noites e dias sem dormir, fechado em casa como se estivesse aprisionado, conflitos familiares agravados que levaram ao meu divórcio, a hipotética situação da casa que uma valoração correcta podia ter feito o seguro pagar os valores em dívida, a perda de amigos, a solidão, a saúde a piorar, a tristeza a revolta, a luta chova ou faça sol, bem ou mal, 

Foi um golpe canalha e cobarde que em princípio ainda me não destruiu a vida mas a ameaça. Luto por raiva, por fúria, por sede de justiça, com ganas de ver alguém neste país ser castigado por brincar com o ser humano como se ele fosse um boneco.

De médicos é um acto brutal, com uma maldade imensa, com uma finalidade que vai muito mais longe do que o acto em si transmite. Procurou-se destruir uma pessoa, apanhar-lhe o fraco, doente, incapaz, velho, doente, fraco, era a altura própria. Estes médicos foram predadores selvagens ou foram abutres às voltas de mim.

Entretanto, a classe médica e seus amigos uniram-se num silêncio de quem desconhece, nada sabe, nunca ouviu falar. É gente grada que não acredita que um ser pequeno possa fazer mossa seja a quem for. Gozam de uma pretensa e arrogante impunidade convencidos obviamente que não correm qualquer risco, alguém os vai tirar do sarilho em que se meteram e no fim o maluquinho incapaz ainda vai ter que lhes pedir desculpa. 

Pensaram mal. Vão ter que dar contas do que me fizeram. E quem se colocar do seu lado vai ter-me à perna. Quem defronta três, defronta outros tantos que apareçam. A minha loucura ou valentia leva-me a permanecer, estar, para o que der e vier. E o tempo pode andar devagar. A justiça tarda mas vem, 

E se os médicos forem confrontados com a realidade? Se a verdade se impuser? Vai ficar tudo na mesma e recebo uma carta impessoal a dizer que o processo terminou com a advertências dos médicos e mais duas ou três patranhas?

E que me desunhe, se quero uma nova Avaliação de Incapacidade vá para a bicha e proceda de acordo com as normas. Ou seja, o que passou, passou, assunto arrumado, e agora se queres justiça requer uma nova junta médica e leva o manancial de relatórios e exames médicos que os mesmos médicos te vão exigir, e voltamos ao princípio.

E quem me paga todos os meus prejuízos, económicos e os danos de saúde e morais?

Acho que esta reflexão tem a sua justificação. A justiça serve justamente para analisar os actos e verificar a sua legalidade e em caso de falta às leis ou princípios deontológicos e éticos aplicar o castigo e, em caso de prejuízo a outrem, a obrigação de reparar o dano.

Esperemos pela JUSTIÇA.
























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