segunda-feira, 8 de agosto de 2016

POLA LEI E POLA GREI




Pela lei e pelo povo




Sabedoria, força e determinação

O Príncipe Perfeito


D. João II de Portugal (1455 – 1495) sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em 1481. Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a Índia.
D. João II negociou o Tratado de Tordesilhas com os reis católicos. Morreu no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, que viria a ascender ao trono como D. Manuel I.
A rainha Isabel, a Católica, de Castela, por ocasião da sua morte, terá afirmado «Murió el Hombre!», devido às posições de força que assumira durante o seu reinado e a sua influência ao tempo.

Foi-lhe atribuído o cognome o Príncipe Perfeito pois foi graças às medidas por ele implantadas que emergiu a época de ouro de Portugal.

Este monarca foi um filho dedicado, um irmão estremoso, um amigo do povo, ainda jovem herda a governação do reino e as estradas do país, como confessou. A alta nobreza que não o via com bons olhos, tratava-se de um jovem audaz, duro, lutador, com ideias, com projectos, tentou conspirar contra a sua vida. Ele próprio aplicou e fez aplicar a lei, chegando a matar com as próprias mãos o seu primo, o Duque de Viseu, e tornou-se um rei de poder absoluto. Poder que usou para preparar as epopeias marítimas do povo português pelo mundo. Poder que soube usar para ser "O Homem" como se lhe referiu a Rainha Isabel, a Católica, de Castela, quando ele morreu.

Num país em que cada vez menos se encontram Homens, é de todo merecimento aqui, fazer-lhe esta pequena e justa homenagem. Portugal quando teve na governação Homens foi sempre grande. O problema é que a pequenez parece não ter fim, e lá se vai o país, lá se vão as leis e a ordem, lá se vai o povo. Tudo entregue aos que se empoleiram na manjedoura para apanhar migalhas é a desgraça completa, é um país sem rumo à deriva. Um Homem precisa-se!

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