quarta-feira, 17 de agosto de 2016

SÓ A ÉTICA LEVA DE VENCIDA ESSA CANALHA






Explorando em rotineiras reflexões a condição humana e como ela se expressa em sociedade vemos fenómenos que fazem parte de todos os dias e de grande parte das pessoas - mais do que seria desejável - que atropelam e agridem a convivência, agredindo também, deste modo, a própria ética.

Muitos benefícios que alguns alcançam, ou a satisfação de desejos tornada realidade,  acabam por prejudicar outros ou até mesmo uma significativa maioria, são alcançados através de verdadeiras blasfémias contra princípios de convivência.

Podemos qualificar tais práticas de uma verdadeira canalhice e quem alcança os seus objectivos através desses métodos trata-se, inequivocamente de um canalha.

O canalha apresenta assim uma conduta que para obter um determinado fim diminui todos aqueles que são atingidos por esse modo de actuar.

Ver triunfar a canalhice - que sempre haverá canalhas de todos os tamanhos e de todos os valores e princípios - é sempre uma visão deprimente, nefasta, negativa, em que contas feitas nunca o benefício retirado da conduta canalha vai compensar os prejuízos que vai suscitar aos demais.

Todos os dias encontramos exemplos de canalhas e de canalhices, basta abrir os jornais ou ouvir ou noticiários.

Uma sociedade como esta em que vivemos e onde vemos tantas vezes prosperar o canalha, é uma sociedade desgastada por tanta energia perdida, por confrontos entre a ética e a canalhice, é uma sociedade enferma, frágil, negativa, que patina no cansaço.

A vitória do canalha é necessariamente a desgraça de alguém ou de muitos. A canalhice conspurca a vida das pessoas, as tortura, as aniquila, as pretende manietar.

Na realidade canalha sempre existem mais prejudicados, que os que beneficiam da canalhice, e aqueles derrotados pela conduta recriminadora de um, quedam-se prejudicados, sem contrapartidas, mais pobres, mais tristes, e vítimas mais fragilizadas.

O ser humano sob o abuso de um canalha fica numa posição diminuída, inferior, depressiva e de muitas angústias e sofrimento.

Poderíamos falar aqui como eu tantas vezes refiro do papel da ética. Podemos até admitir que a ética não é mais neste campo que a vitória da convivência sobre o canalha e a canalhice. Daí como muitas vezes chamo a atenção, da importância na vida de uma sociedade de uma ética, que de certo modo acabe por estabelecer uma certa ordem na vida das e entre as pessoas.

Na convivência, na relação das pessoas, na sociedade, haverá sempre ética e haverá sempre canalhas, mas existirá sempre a possibilidade de tentar minimizar ou mesmo diminuir as situações de vantagens pessoais, sobre muitos ou o interesse geral, de modo a obstaculizar o triunfo da canalhice, e deste modo assegurar o domínio imperativo da ética sobre os maus comportamentos de gente vil e sem carácter.






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