terça-feira, 30 de agosto de 2016

KAMPUS IRREVERENTE E SUBVERSIVO







Quando há dias um inteligente meio intelectual, desses que povoam a cidade e lhe emprestam tanta sapiência e rigor, que a pobre coitada não pára de explodir, e de explosão em estrondo vai correndo para deixar de ser cidade e se tornar uma megatrópole, não aceitando a minha irreverência face a factos que a minha forma de estar na vida me obrigam a refutar, contrariar e até lutar, e me definiu como um subversivo.

Suspirei aliviado: apesar da minha pequenez estava para aquele homenzinho opinioso na lista dos subversivos, e encontramos imensos que só me podem dar ânimo e alegria por ter por companheiros. E refiro dois ou três mais importantes e de épocas muito distintas, falo de Demócrito que foi um subversivo detestado por Platão e os seus seguidores, refiro Jesus que foi um perigoso subversivo que pôs tudo em causa e atacou as tradições, os costumes e o pensamento dominante, foi crucificado, falo em Espinosa que morreu jovem, na miséria, rejeitado pelos seus colegas do pensamento de tal modo que o funeral teve de ser pago por Descartes,  Penso até que é honroso ser subversivo independentemente de se morrer rico ou pobre, com ou sem honras, deixando ou não deixando reconhecimento nem saudades.

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