sábado, 6 de agosto de 2016

MAU TEMPO NO CANIL





Nem sempre o tempo está de feição, o sol brilha no alto e irradia calor, o vento ou não apareceu ou simplesmente veio de mansinho, e apetece sair do canil, ver as coisas e as loisas, olhar ou ver, viver. Ele há dias assim, que mesmo em pleno Agosto e com um calor de sufocar e um sol pujante, sem brisa, o canil fica envolto em escuridão, fica nas trevas, e nada se sente a não ser a ausência de tudo, ou um muito pouco de quase nada. Que é horrível, é tempestade, é um desesperante desnorte. 

A luta pressupõe tenacidade, dureza, uma força de vontade que se tem que buscar não se sabe donde, e não é compatível com o lema de "soldado doente não serve o rei". Quando se peleja em torno de valores e princípios norteadores de carácter e de acção, contra desconhecidos e desconcertantes actos que se não percebem mas são destrutivos, são maus, são pérfidos e desferidos por gente que não é mais que um equívoco grande, uma pobreza moral assustadora, e uma insignificância, que só é surpresa por ingenuidade e por quem por vezes parece esquecer os tempos que correm. Que é o salve-se quem puder e vale tudo, desprezando-se a honra, dignidade, verdade, palavra, ética, moral, e princípios que deviam coordenar as relações sociais.

Nestas lutas até de rastos tem de se lutar. Não se pode dar ao luxo de uma distracção, de um abandono por curto que possa ser. Assim cá estou eu, com o maldito mau tempo no canil a colocar algo no meu blogue - é o meu campo de batalha permanente - nem que seja uma fotos escolhidas com muita penosidade, sem paciência nem bem estar.

Mas marca presença. Estou aqui e vivo. E enquanto estiver aqui e estiver vivo a luta continua. As guerras fáceis também não desenvolvem a arte da engenharia dos combates, dos ataques e a sua hora adequada e das defesas, sendo que muitas vezes há que ser ardiloso e mostrar que se defende quando na verdade o ataque está a ser consumado. Mas isso são outras coisas. Cada um sabe de si.










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