ILUMINAR OS QUE NÃO ENXERGAM...
Nas trevas, fora da realidade do mundo ou pulando anarquicamente numa deriva inconsciente e aluada, existem seres a quem faz muita falta encontrar as luzes da razão.
Sobre a razão já sabemos que todos a julgam ter de sobra. Não vale a pena discutir temas melhor entregues ao que dominam o pensamento filosófico e as coisas do conhecimento pelo que o mais sensato é deixar que cada um e todos se deliciem com a dose excessiva com que foram contemplados por Deus.
O problema passa a residir no que às luzes diz respeito. E é do conhecimento geral que luz a mais como a luz a menos em nada ajudam a visualizar com minúcia e definição categórica. Torna-se um problema quando as luzes, e logo por cima aquelas que estão interligadas com a razão, ou dito de outro modo menos erudito, com a nossa racionalidade, simplesmente ou não funcionam como deviam, possibilitando enxergar o devido, ou não existem.
É que por muito inteligente e culto que seja o indivíduo se não enxerga encontra-se cego, privado de ver, incapaz de admirar, interiorizar em si a coisa que se lhe opõe.
E o pior cego é o que não quer ver.
O melhor de facto é dar uma vista de olhos - aqueles que ainda podem ver e se interessam pelo que aos homens e à sua vida respeita, e a todos que não suportam ver-se privados do acesso à razão - no Iluminismo, um importantíssimo movimento que vem ultrapassar a crise do feudalismo e a fraca riqueza intelectual da Idade Média, e está na base de movimentos filosóficos posteriores que influenciam a vida e o pensamento do nosso tempo.
O saber não ocupa lugar. E os doutos reconhecem que quanto mais conhecem maior é o campo do que está por conhecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário