...QUE DEPOIS DE ME PREJUDICAREM
COM UMA JUNTA MÉDICA CARNAVALESCA
SABEM QUE HÁ MAIS DE DOIS ANOS
ME ESTÃO A CRIAR DANOS IMENSOS
E A PROVOCAR A MINHA EXAUSTÃO?
NÃO TÊM VERGONHA?
NÃO LHES BASTOU A COBARDE IGNOMÍNIA?
O QUE AINDA PRETENDEM?
Estes médicos - de juntas médicas não sabem muito, a minha seria melhor efectuada por qualquer pessoa que só soubesse ler - não são sábios. Pertencem a um grupo profissional onde existe uma cultura expressiva e um conhecimento vasto, mas destoaram. Profissionalmente andaram mal, legalmente atropelaram todo o sentido de justiça, princípios, moral e ética e deontologia, e pariram um acto completamente rocambolesco que devem ter dificuldade de explicar. Deveriam conhecer Immanuel Kant. Provavelmente não sentiriam tanto desconforto em engendrar explicações para o que não tem explicação. Pelo menos técnica. Se gostassem de filosofia não teriam feito a tropelia cobarde que me fizeram e perceberiam que o acto praticaram foi canalha. Perceberiam bem o sentido do termo "canalha" ouvindo o Prof. Clóvis de Barros Filho, licenciado em direito e em filosofia e doutorado em comunicação no College de France em Paris, e que foi membro do Conselho de Ética na Unesco. Um canalha é aquele que para retirar um benefício (mesmo que inconfessável) prejudica a boa convivência atropelando os direitos dos outros.
Estes médicos foram uns canalhas sujos. Duplamente. Quando me retiraram um direito. E depois quando o reivindiquei. Há dois anos que peço justiça. Há dois anos que reclamo o direito, que se ensina nas faculdades, e vem do tempo dos romanos, é dar a cada um o seu. Eu não quero que esses senhores doutores me deem nada, eu quero que reponham o que me tiraram.
Mas essa gente teima em desgraçar os outros. Desafia a lei e a ordem. Acreditam que numa luta desigual estão acima das leis, que o direito os vê como barões, e têm uma legião de cúmplices que lhes permite sonharem com a impunidade
Não é isso que acontece quando um pequenino se mete com gente grada?
O pior é que há pequeninos que são impossíveis, parece que têm o diabo no corpo. E ousam defrontar os médicos assim às claras. E vão à luta. E não desistem. E agora atacam os médicos de Portalegre que fizeram essa mesquinha obra de miséria. E amanhã atacam, se necessário for, quem acima deles anda a deitar lume na fogueira, isto é, não deixa andar as coisas, faz que faz, e nada faz. Há mais infelizes na terra, não estão todos cá em Portalegre. E na diversidade esta guerra tem muito mais interesse. Quantos mais nomes poderosos tiver mais honrosa é a guerra. E os pequeninos que lutam com gente assim mesmo perdendo, o que não é crível, acabam ganhando. O povo gosta de gente que desafia galitos de Barcelos emproados. E a opinião pública sempre acaba com aquele jeito tão português de criar um amor maternal pelos pequeninos travessos.
Mas é preciso não ter mesmo um pingo de vergonha. Cambada de intrujões.
Recomendo-lhes um pouco de humildade e vergonha na cara.
Trago até uns livros sobre a ética e as coisas da vergonha que os podem ajudar nos casos futuros.
E de amigo do peito, afinal duas das médicas era beijinho e beijinho - tal e qual como Judas - e um dos médicos parecia um bom amigo, o outro parecia bom homem, deixo a ideia que cautelas e caldos de galinha não fazem mal a ninguém.
Amolem os doentes, triturem-nos, enganem-nos, mas sejam inteligentes, primeiro devem ler a arte da guerra, depois ver e observar bem o inimigo, e só quando as garantias é que ele não fala, não grita, não mexe a mão e não sabe escrever e não pode lutar, é que podem desancar à vontade. Sejam cuidadosos. Quem avisa vosso amigo é.
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