domingo, 24 de setembro de 2017

ÀS VEZES TEMOS DE DESCER DAS ESTRELAS E PISAR O CHÃO


DITO DE UM MODO MAIS DIRECTO

FALAR DO NOSSO MUNDO, ONDE VIVEMOS

DAS NOSSAS GENTES E DO NOSSO POVO

DE QUEM NOS DIRIGE E DOS NOSSOS SONHOS

ENFIM, FALAR DAQUILO QUE EU SEMPRE EVITEI

































É verdade que sou um pouco aéreo - ando com a cabeça nas nuvens e levo o tempo pensando - perante uma convivência entre as pessoas numa crise aguda que um egoísmo doentio veio criar, um esquecimento da moral e da ética e de muitos valores, uma vida em que os grandes problemas da humanidade são esquecidos enquanto nos divertimentos, gastamos dinheiro num consumismo obssessivo e nos ocupamos do que nos diz respeito, esquecendo muitas das vezes o vizinho do lado, que nem quisemos conhecer e que passa mal. 

É verdade que existem pessoas como eu, cheios de boas intenções, mas tanto pensam que esquecem o que lhes passa à frente do nariz no quotidiano. Preocupa-me que não se tenham encontrado soluções para os problemas que sempre criaram graves desigualdades, injustiças, desumanidades, crueldades e os governantes ao longo da hiustória nunca pareceram preocupar-se em os resolver. 

Falo da pobreza, da fome, das desigualdades gritantes entre homens, raças, povos e nações, das doenças, da fome, das guerras.

Tudo isto são ocorrências quer devem ocupar-nos, não que eu me pense capaz de resolver ou encontrar soluções para mudar o mundo, mas porque apercebo-me que fomos nós quem foi destruíndo e algumas vezes agravando a qualidade de vida das gentes, a saúde do nosso planeta, o horroroso número de vítimas em guerras perfeitamente evitáveis, a propapagação de epidemias, a manutenção de sistemas de vida em escravatura, sem liberdades, sem dignidade.

E preocupa-me o futuro. Quanto tempo terá a terra de existência? Quando acabará nela toda e qualquer manifestação de vida? A terra e os seus fenómenos naturais  que parecem um protesto agonizantte traduzido em terramotos, ciclones e tufões, aquecimento global, efeito de estufa, aquecimento das águas dos oceanos, subida dos níveis do mar irão desvastando mais regiões, e cada vez com maior frequência e intensidade, e matamndo ou exterminando mais gente durante quanto tempo? Até quando haverá capacidade de sobreviver? Ainda vamos a tempo de salvar a terra e com ela a nossa vida e as dos nossos filhos?

E, confesso, pensando em tudo isto, que nos parece de uma gravidade imensa e matéria não adiável, honestamente fui-me desinteressando da nossa política caseira, isto é, aquela que nós fazemos para o nosso bem ou mal, e que afecta a nossa vida, a dos nossos compatriotas, a nossa terra e as demais povoações e cidades, e o nosso país.

Percebi que andei perdido tempo demais. Depois acordei e fui sacudido por um maremoto. Uns médicos cometeram contra mim uma atrocidade e eu ando a lutar sózinho contra a injustiça. E como lutei sempre. A vida é luta, e quem teve a infelicidade de perder mãe e pai muito cedo tem que aprender a sobreviver só, num mundo que não deveria ser, mas se torna uma selva implacável, sobretudo para os mais fracos e os mais débeis, habitua-se à solidão, e a defender-se. 

E, depois, não é nada fácil discernir a causa das coisas. A maldade humana é tamta e manifesta-se de tanta maneira. Os mecanismos da justiça e a máquina administrativa funcionam com uma lentidão e ineficácia assutadoras. E um homem, entre a sobrevivência e o racional, encontra-se num emaranhado tão grande que perde a lucidez e deixa-se levar como se fosse arrastado nas águas de um rio, e inevitavelmente por ali vai, fazendo o que pode, tentando se equilibrar, e fugindo o melhor que pode e sabe para escapar às ratoeiras que a todo o momento aparecem..

Hoje fui ao Comício para a Eleições Autárquicas que se realizou no Bairro do Atalaião, do Partido Socialista. Sempre fui um homem à antiga, duro, directo, digo o que tenho de dizer mas não engano. Sou muito crítico, provavelmente demasiado. Até porque tenho a consciência absolutamente certa numa coisa; não sou sábio, não tenho muitos conhecimentos, não sou homem de ciência, de cultura, sei que a minha pequenez no que conheço, de mim próprio, dos outros, do mundo e da vida, é um grão de areia num deserto.

Mas sei que vivo preocupado, com o pouco que sei e com tudo aquilo que deveria procurar saber para encontrar respostas para tantas dúvidas e interrogações que a todo o momento me invadem a alma. Sou inquieto, sofredor, preocupo-me com o que não entendo, e em tudo o que deveria ser de fácil entendimento para todos os homens o que vejo todos os dias me levantam inquietações, questões, e angústias.

Hoje, como não fazia há muitos anos fui ouvir os políticos da praça. Os que temos. Eu dizia que sou duro mas não finjo. Aqui sou mais pensador que poeta. Não tinha em grande conta os políticos, com mágua minha que entendo que a política deveria ser a mais nobre das missões e nela apenas se deveriam envolver, nos actos de exigência e responsabilidade, como governar, altos cargos, cargos de autoridade, os melhores, os mais qualificados e os mais dedicados às causas onde, na minha óptica o homem sempre tem de sobrepor-se a tudo. 

O meu lema é tudo para o homem, e não o seu contrário. O homem é o centro do mundo, e nada justifica torná-lo um meio de outros interesses. Ele é início, meio e fim. Tudo o que não tenha como causa última o homem e o ser bem estar, não faz sentido.

Curiosamente, hoje ao partilhar com toda aquela massa humana de gente que constitui serenamente o povo e a alma da cidade, percebi como andei longe de tudo demasiado tempo. Mas consegui perceber outras coisas. Percebi como a circo da política na cidade condicionou e está por detrás do estado de destruição a que cheguei. Foi como que uma catarse. Confrontei o discurso lúcido e humanista de António Costa, que tenho por ser um homem inteligente - coisa que na nossa política já não abunda muito - e relembrei Passos Coelho que nas passadas de Cavaco Silva, embora seja uma cópia trémula do original, nunca lhe faltou conversa fiada para chegar ao poder e a seguir fazer aos portugueses o maoir assalto a tudo o que se pode imaginar como possível. E dái tive naturalmente que pensar no meu pequeno mundo. E percebi que Portalegre é uma cidade infeliz, trsite, destroçada. Como eu. E como percebi que o PSD sempre esteve no poder e muito activo quando me fizeram os maiores ataques na minha vida profissional. E percebi como com as governações laborais feitas por socialistas fui um trabalhador normal, cumpri as minhas obrigações e muitas das vezes acabei mesmo por ser protegido de gente que afacta aos laranjinhas para todo o sempre lá se atreviam a atacar-me.

Curiosamente tenho muitas saudades do Senhor Doutor João Dias, como tenho saudades da Doutora Manuela Louro, como tenho saudades dos tempos parece da pré-história, mas em que ainda havia humanismo e se trabalhava com gosto e se estabeleciam relações de amizade e gosto no trabalho do Senhor Vasconcelos.

Com o senhor Aníbal apareceram os JEEPS`s (quem não se lembra deles). Os jovens empresários de elevado potencial que quase todos foram à falência. Mas pior que tudo isso criaram-se os JEEP`s da Administração Pública. A máquina administrativa degradou-se por completo. A experiência e o conhecimento foram substituídas pelos jovens de elevado potencial do partido e temos hoje uam vasta casta de gente em Portugal que nunca trabalhou, nem um dia, saíram da faculdade e foram para administradores. Incompetentes foram chefiar pessoas com conhecimentos e muitos anos de experiência. Os partidos arranjaram uma legião de tachos para as suas clientelas mas além de imoral é totalmente absurda a sua prática. É humilhante olhar o que se passa cada vez que um partido substituiu outro e a manutenção dos que estavam em lugares dignos, pois assim se acautela o próprio futuro, e a chegada de mais uns poucos. Já existem lugares de chefia de familia. E familia inteiras a ocupar lugares de comando na mesma organização.

Hoje percebi claramente duas coisas no Comício do Partido Socialista. A primeira eu sempre a senti - e só se perde quando a partidocracia dá lugar a escvolhas ruinosas - a alma da cidade de Portalegre é socialista. Sempre foi e será. O Partido Socialista só perderá votos na cidade e no concelho se os cidadãos tiverem más escolhas ou responderem a maus trabalhos. A segunda coisa que percebi foi que o PS tem todas as condições para ganhar a cidade. António Costa fez uma iuntervenção inteligente lúcida e de esperança. Com a dose certa prometeu a continuação do recuperar da qualidade de vida dos portugueses e falou dos dados estatísticos que o senhor Passos também aspira a tornar seus, mas em bom rigor, foram obtidos com a rejeição absoluta de um país de desgraçados sem direitos, com ordenados de miséria e piegas improdutivos. Passos foi um mentiroso e um salteador. Costa está como prometeu a executar a difícil tarefa de dar, sem comprometer as metas que temos de cumprir. Um representou os cavaleiros do apocalipse e sorridente foi destruindo a vida a milhares de portugueses e prejudicando a de alguns milhões. Outro é a esperança.

Dia 1, sem dúvidas nem temores vou votar no Partido Socialista. Gostei da visão de Correia da Luz para a cidade. Para quem vem de fora, defendeu com garra valores que Portalegre há muito esquecera, e mostrou vontade de esforçar-se por dar dignidade a uma cidade que é uma pálida imagem do que já foi. Hoje no Atalaião senti amor. A política, as relações dos homens, o progresso, as obras, devem ser feitas por amor. O homem é amor. É um erro tratá-lo como se fosse um número, um ser que só conta quasndo se caça votos, um ser que depois é posto de lado.

Percebi também que foi nos mandatos do PSD que me foram desferidos os mais duros ataques de que fui vítima. Hoje, que tenho a vida praticamente destruída, foi sob os auspícios da camarilha social democrata que me fizeram o mais horrendo e cruel ataque da minha vida. Quem me atacou pela primeira vez na minha vida profissional e me perseguiu e andou dizendo mal de mim e colocando defeito foi a Senhora Doutora Maria do Rosário Pires, conhecida Delegada de Saúde da cidade e que os portalegrenses tanto adoram. Quando ela foi Chefe do Centro de Saúde de Portalegre em poucos meses ia-me destruíndo. Estive doente por sua causa meses, mas não desistiu por isso de apequenar-me frente aos meus funcionários, e o trabalho com que pretendia humilhar-me, dizia, não tem problema, quando regressar o tem cá para fazer. Só que foi longe demais. E a Presidente da altura levou-me para a Sede dos Serviços. E onde estavam 4 chefes e cerca de 30 funcionários acabei só eu. E levaram os funcionários melhores. E se não fujo a tempo para outro Centro de Saúde acabava a trabalhar numa cave. Acho que o assédio moral de que fui vítima tantos anos e que agora culminou numa Junta Médica que a tal chefe inconformada de não me ter humilhado, influenciou, e onde os seus amigos, que julgo devem ser também do PSD, alinharam em me fazer uma fraude e uma ilegalidade. Hoje percebi. E não entendo porque. Vinganças? Fui um funcionário cumpridor. Tenho chefias desde os tempos em que entrei no sreviço até aos últimos tempos que comprovam que fiz devidamente o meu dever. Que problemas tem esta gente do PSD aqui em Portalegre? Julgam que os doutores são pessoas e os outros são escravos? Ou acham que o povo não pode lutar por uma vida digna e defender os seus direitos?





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