segunda-feira, 18 de setembro de 2017

DAR AS MÃOS AO OUTRO É UM ACTO DE SOBREVIVÊNCIA E DE AMOR






































O amor pelo outro é - tem de ser - incondicional. 

Todos temos algo de divino em nós que nos torna parte de um todo que só um qualquer Deus que tudo representa e é - na terra e nos infindáveis sistemas de estrelas e planetas existentes e que não ousamos imaginar - é, o ser supremo que nos aprisiona num relacionamento de seres e coisas - tudo é energia - e nos torna iguais nas diferenças que cada um apresenta. 

Cristo tinha razão quando a uma bofetada na face dizia que devíamos oferecer a outra face. Se os homens tivessem esse comportamento não haveria nem guerras nem ódios. A violência deixava de fazer sentido. 

Alguém pode nos fazer mal, nos prejudicar, nos provocar um desgosto ou nos estragar a vida. Uma coisa é o recurso à justiça e ao direito, se há razão para isso são meios de resolver conflitos e divergências. Mas devemos mesmo nessas lutas, manter o amor dentro de nós, e afastar maus pensamentos, vinganças, ideias violentas, e ódios. 

Se mantivermos amor vamos receber amor. Se projectarmos raivas e ódios vamos sentir dentro de nós as feridas que esses instintos maus nos vão provocar. 

Amai-vos uns aos outros. 

Eu sei que sou imperfeito. Compreendo que cometi erros, desejei mal a alguns e provoquei danos, ofendi pessoas. 

Serei sempre imperfeito. Irei continuar a cometer erros. Mas preocupo-me muito em tentar ser melhor cada dia e me arrependi de tanta asneira que já fiz. Normalmente paguei caro as canalhices que fiz. É a lei do retorno. 

Hoje tento entender, perdoar, e mesmo que não abra mão de reivindicar os direitos que me tiram, ou protestar pelas afrontas que me fazem, tento colocar como arma primeira o amor, e se não resultar, aí luto, mas não deixo de manter um sentimento de humanidade para com os que me atacaram. 

Obviamente numa guerra não é fácil manter um comportamento elevado, ou ter atitudes elegantes, e cada parte em litígio usa a seu favor as armas, as estratégias, que julga melhor defenderem a sua causa, sendo certo, que muitas das vezes, nem a vontade de ser amor, consegue refrear os instintos, as emoções, e naturalmente que alguma desestabilização de humores, que em mim são normais, não consigam impedir excessos, grosserias, violências. 

Daí não ter qualquer pudor em assumir os meus erros e culpas, e pedir desculpa quando se ultrapassam os limites de uma educação que tive, e sempre que posso, até como modo de tocar corações - tudo daria a todo o tempo para ver a minha situação normalizada a bem, com verdade e justiça - garantir não só que tenho amor aos que me atacam, como lhes perdoei e não lhes guardo qualquer sentimento maldoso.

E peço a Deus que me mantenha assim, capaz de controlar os momentos de revolta e agressividade, ou que pelo menos quando os tenho, seja em tempo e modo a não provocar nada de nefasto.

Voltando à temática, no dia em que o amor tomar cada um de nós, nós mudamos, e connosco mudarão os outros, as sociedades, os países, o mundo. Daí a mão esticada ao vosso inimigo se o encontardes em aflição. E um dia que vos encontreis em dificuldades outra mão se estenderá e vos ajudará. 

O amor é universal. É divino e é imortal. E é e está em qualquer particula por mais ínfima que exista - tudo é energia e onde há energia está a marca do divino - o que o coloca em grande quantidade em cada um dos homens.

Entrai dentro de vós, conhecei-vos. Essa é a vossa maior vitória. Vos exigirá muito empenho, persistência e dedicação, mas depois de vos conhecerdes sereis invencíveis, nada exterior a vós vos derrubará.

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