...Não é de fácil entendimento mas há pretensos seres humanos que desde o pecado original assumiram uma postura tal e qual como as das serpentes.
Rastejam em tudo o que é reflexo dos seus comandos interiores sem conseguir na avaliação de atitudes e comportamentos atingir eticamente uma posição erecta.
Os tratados que foram escritos por estudiosos dos desvios da alma e da natureza, nunca conseguiram encontrar fundamentos comprovativos, isto é, que a ciência assumisse, pelo que ainda hoje essa gente que não é bem gente, que vive entre as pessoas sem se conhecer pouco mais ou menos a sua verdadeira essência, são enigmas, fantasmas, virais.
São duplamente perigosas: transvertidos em homens a sociedade deles espera uma convivência de acordo com as regras socialmente aceites, oriundas da moral, da ética, de valores e princípios e, como a eles não se obrigam, o seu modo de operar assenta na violação reiterada do que deve ser; e têm ínsitas nos seus instintos a agressividade das cobras, o serpentear, o engano, e afinal, a mordedura venenosa.
Há uns pensadores que contrariando teses hoje muito em voga, como por exemplo a chegada de seres (espíritos) de outras galáxias ou planetas a fim de matematicamente consolidarem o sucesso da reincarnação, que com o acréscimo galopante da população mundial só assim seria possível, ou na dialéctica entre o bem e o mal, incompreensivelmente e contra o divino as forças do maligno fossem adquirindo expressivo ascendente, vêm neste desvio original, que os livros sagrados relatam, uma infestação que foi perdurando e crescendo no decurso dos milénios, de falsa gente, que com as subtilezas conhecidas do demo, a astúcia pérfida e a ausência de qualquer tipo de controle, foram ocupando lugares chave na estratificação de poder à escala terrena - e não só, sustentam alguns - de modo a dominar os seres humanos, levá-los a um desnorte, a uma perda de confiança, a fraquezas morais e de ânimo, a loucuras, desinteresses e indiferença entregando, deste modo, sem luta, o comando do planeta a forças demoníacas.
Segundo os mesmos pensadores, com esta tese, perceber-se-ia, por fim, como depois de 3000 anos de ideologias e religiões, os homens se tivessem confrontado com 5000 guerras, e em todo esse tempo até aos nossos dias nenhum dos flagelos que atormentaram a raça humana foram resolvidos.
Mas o mal prolifera em campo aberto e franco desenvolvimento, e ameaça o homem e a terra, e indirectamente vai ferir e afectar o cosmo, o divino. A fome, as doenças, as guerras, a pobreza, as assustadoras e desumanas desigualdades entre seres e povos, a manutenção de um mundo que Deus criou para todos os homens continua esquecida em franjas de poderes e interesses que pintam o globo de muitas cores,
Hoje existe armamento espalhado entre loucos e candidatos à loucura, em quantidade e sofisticação capaz de destruir setenta planetas do tamanho da terra.
A vida é feita de escolhas. Quem está por detrás do séquito ordenado e milenar de decisões contra o bem geral e contra a natureza? Com os esforços materiais, os custos que toda essa devassa custou, hoje o homem independentemente de ser oriunda da sua terra, era um cidadão do mundo, e viveria feliz em qualquer lugar da terra, não existiriam pobres, doentes, guerras, conflitos, violências. A terra era o paraíso.
Platão deve ter sido um dos primeiros pensadores a tocar no assunto - mesmo que não tivesse sequer a mais pequena ideia do que se passaria realmente na terra - e a mostrar uma profunda e sábia lucidez quando disse, se os melhores se afastarem da política estamos sujeitos a ser governados pelos piores. Sábia antevisão de um dos maiores génios de todos os tempos há mais de 2400 anos. Só que, naturalmente, ninguém entende que os piores não se trata de gente menos capaz, mas de gente que deliberadamente não está interessada em mudar o mundo, em tornar melhor a vida dos homens, em lutar pela paz.
O mundo infelizmente continua a curvar-se a presidentes que estão contra a ciência, e contra a razão e a vida. O mal tem se infiltrado e anquilosado os sonhos mais belos do homem.
Mas, tudo terá o seu fim. A escravatura moderna que faz o homem adorar ser escravo entretido a correr atrás do consumismo e dos divertimentos - como tão bem soube expressar Aldous Huxley no seu livro "Admirável mundo novo" terá inevitavelmente o seu fim. O homem tem de reinventar-se. E com o homem novo criar-se á uma nova sociedade global, um mundo de todos, e todos os seres juntos encontrarão capacidade para curar a terra.
Que essa revolução que não pode ser equiparável às demais, isto é, a mudança de paradigma por imposição e acompanhada de banhos de sangue, onde mudam os métodos mas não se resolvem os problemas nem se muda exatamente o que devia mudar e foi objectivo e justificação de tanta violência e muita esperança, seja uma alteração desejada de todos, e não de uns.
Os inteligentes e os esclarecidos já mostraram toda a sua arte de governar. É o tempo do homem e do amor. O mal, as serpentes não têm lugar no novo mundo. Devem ser queimadas como castigo contra o divino. E em nome da ciência, do bem estar, e da felicidade.
As serpentes já queimaram muitos que ousaram mudar o mundo. Há que colocar o amor e o bom senso ao serviço do mundo. O amor, como sempre defendi, é a arma mais poderosa ao serviço da humanidade. Em seu nome cometeram-se atrocidades.
A verdade virá e tudo no tempo certo se transformará. O homem tem em si a divindade universal. Não são precisos profetas, ideólogos, ou tiranos. O amor implementará uma boa convivência. Basta o homem dar o primeiro passo. E exterminarem o veneno que pica ardilosamente a paz, a liberdade, a justiça e a prosperidade. O paraíso é na terra. E a terra é do homem. De todos os homens.
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