sábado, 23 de setembro de 2017

ESPECULAÇÕES VERÍDICAS SOBRE UM CRIME DE COLARINHO BRANCO...


...PERPETUADO POR GENTES DE ESPÍRITO NEGRO








HOJE - NA SOCIADE ONDE VIVEMOS - É DIFUSA NA CONVIVÊNCIA A DISTINÇÃO ENTRE PERVERSIDADE E VINGANÇA, COM A PRÁTICA DE ILEGALIDADES OU DE CRIMES

Quando se conquista a representação dos cidadãos com recurso a promessas que se sabem não cumprir e se baseia o acordo social num rol imenso de mentiras, o exemplo que deveria vir de cima é tão tortuoso e infame, que por aí abaixo vai desfilar-se um séquito de foras da lei, um clima de impunidade em que os cúmplices junto com os prevaricadores parecem angelicais.

Hoje violar a boa convivência - ser canalha - e ultrapassar leis, deveres, códigos de conduta, não parece preocupar ninguém. Apenas os pequenos, e para que pensemos que o direito se exerce e defende, e a justiça não é palavra oca num estado que devemos continuar a imaginar de direito e democrático, estão sujeitos às sanções, a julgamentos céleres e rigorosos, são condenados e povoam as prisões. Só os pequenos. Esses estão indefesos perante as acrobáticas manobras do que é ou deve ser, do entendimento ou desentendimento das normas jurídicas, de ser ou não defendido por alguém empenhado ou não em trabalhar para defender a causa.

Os poderosos pagam para contornar as leis, têm amigos que ajudam e os processos não andam, e quando andam é a passo de caracol lento, com muitas pausas, com muitos descansos, e habilmente já vimos figuras condecoradas como cidadãos exemplares - logo a seguir - que não chegaram a ser julgadas, a justiça não chegou a pronunciar-se se houve ou não crime, os prazos foram bondosamente ultrapassados.

Deste modo, os pequenos por via de regra estão na mão dos poderosos. Geralmente. E os grandes abusam daquilo a que enganadoramente chamam força, e não é mais que cobardia disfarçada, para apequenar os que lhes parecem indefesos, pequenos demais, enfermos, pobres, marginais. E costuma ser assim. 

Uma ou outra vez, mas são excepções, o pequeno vira grande, dá-lhe mau fígado ou salta-lhe a tampa como é costume dizer-se e rebenta com o futuro promissor do que ousou pisar a insignificância. Recordo o filho do senhor Champalimaud, um dos homens mais ricos de Portugal, que perdeu a vida, imaginem, quando se foi meter com um pobre inquilino, ou algo parecido. O Golias caiu com uns tiros de espingarda e não chegou a gozar a fortuna que o pai lhe preparava com tanto zelo. Paz à sua alma. Morreu um bom, e foi preso um assassino. Presumo que foi assim que a tragédia acabou. Outras vezes dizem " não entendemos, era tão boa pessoa, bom vizinho, simpático, e logo foi matar meia dúzia deles...". Incompreensões que só os sábios das questões da mente podem explicar.

Mas Portugal é um país de brandos costumes, manda quem pode, os doutores  e os engenheiros são especiais, os ricos um caso à parte, os políticos são eleitos e os magistrados são a justiça. O resto é paisagem. Uns ainda deliram com ideias de igualdade, outros, a grande maioria tem o bom  senso de não se meter com gente grada. Quando algum pequenote saia fora da carroça leva umas vergastadas, cala-se bem calado, e viva Portugal. Um país de mansos, onde tudo se faz, o tal maravilhoso país onde viver é estar de grande para os grandes e baixar as orelhas, os olhos e tudo o mais para os ínfimos.

Vou dar um pequeno exemplo como se atropela um pequeno e se anda impune e feliz da vida. Tudo começa num grande que - legitimamente - ganhou empenhado ódio e rancor a um pequeno que não se deixou pisar, ser humilhado, ser vítima de assédio moral no trabalho.

Os grandes muitas vezes são muito doentes - até não têm culpa e são dignos de dó - e não conseguem, nem com o decurso de tempo esquecer a ousadia obscena de um maltrapilho que não lhe prestou as devidas vénias, nem se curvou perante a sua passagem. E esse ódio ataca-os, impede-os de ser felizes, sentem necessidade de vingança. Querem sangue, têm sede. E quanto mais o tempo passa e não conseguem desgraçar o tal ser que até nem fez nada de mais que defender a dignidade que não se tolera em gente pequena, mais fervilha o ódio, mais o mal, a serpente ou o demónio interior contamina o tirano que foi incapaz de destruir. E faz da destruição do outro uma causa. Se o destruir vai se tornar maior. Vai inchar. Vai mostrar que é grande. Vai ter o reconhecimento. E vive espreitando se o pequeno na sua trajectória de vida pisa terreno onde poderá exercer um domínio, uma influência, que mostre ao irreverente insignificante que isto de se meter com seres superiores é motivo de destruição.

E o momento acontece. O pequeno depois de uma vida em que cumpriu os seus deveres de pessoa, trabalhou, teve família, filhos, dedicou-se a causas sociais, ficou doente. Já o grande tinha contribuído com a sua malvadez para essa desgraçada doença. Mas isso não bastou. Só a destruição total e incondicional satisfaz os abutres. Para devorarem serenamente a presa despedaçada. Que prazer.

E então é tudo fácil.

O grande - por dentro escuro como breu e de alma e sentimentos reles de todo - fica alegre. Tem a oportunidade, que esperou anos, e vai cair em cima do que não foi escravo - tanto adorava essa personagem escravizar toda a gente - mas, do modo mais inteligente, ardiloso, colocando o trabalho vil, a ilegalidade, o acto ignóbil, canalha em outros. Os cobardes adoram atacar, ficando de fora. Se der para o torto vão dizer, "eu, não sei nada disso". Bate certo, até vão rir e dirão com ar piedoso, "coitado". E ainda há mais perfídia neste jogo de vinganças. É que se os que atacam o pequeno não o fizerem com sucesso ou vierem a ter problemas, o instigador ainda vai colher os louros. E saltar para o poder que não foi seu, que lhe fugiu, provavelmente pois todo o mundo já conhecia o seu espírito maldoso, insano, tortuoso, demoníaco, e acharam por bem, no devido tempo, manterem tal gente longe de mandar.

Mas fala-se que manda. Consegue mandar até em quem devia fazê-lo. Parece que tal personalidade mete medo para cima e para baixo. É cobra.

Mas não mete medo ao tal irreverente, louco, doente, pobre, só, sem família. Não, não mete medo nenhum. Estão ligados um ao outro até ao fim do mundo. São sombras em luta. 

Vejamos pois como se construiu este CRIME:

1. Primeiro o ser demoníaco cheio de ódios e raivas espera o tempo certo para morder.
2. Quando a oportunidade surge, empurra três companheiros para desferirem o golpe
3. Desferido o golpe, o irreverente ao contrário do esperado não fica quieto e reclama. 
4. Além de reclamar vai propagandear o acto ilegal e pretenso crime em todas as direções
5. Ultrapassa as instâncias nacionais e a injustiça já se conhece no estrangeiro

Como vai acabar esta tragédia?


Cá está a cobrinha peçonhenta que acaba de envolver na sua trama e na sua vingança três seres, pouco inteligentes já se vê, que vão prestar-se a um acto ilegal, odioso, e tirano, que vai agredir e afectar gravemente o ser que a eles se tem de submeter. Exatamente como no bonequinho. Uma serpente lança o veneno. Outra serpente junta os seus colaboradores (há homens que são piores que as mulheres, não valem nada de nada) e contra o direito, os seus deveres, a lei, a boa convivência e usurpando poderes que lhes foram conferidos para o bem comum e não para a prática de vinganças pessoais e perseguições, atacam o insignificante ser, velho, inválido e cheio de problemas.


A transgressão começa no ódio de um. Cobardemente, esse ser, matreiro e astuto encomenda o acto ilegal, pérfido aos comparsas. Esse acto é alvo posteriormente de uma reclamação em suporte legal e defendido por lei. Mas a coleção de cúmplices e coniventes encobre tudo, e nada se faz. Mas a queixa chega à barra dos Tribunais, a Senhora Procuradora-Geral da República perante indícios de matéria duvidosa manda para a Excelentíssima Procuradora do ministério Público do Tribunal. E neste momento existem dois caminhos pela Justiça. O do tal doente, louco e irreverente que não teme os meia dúzia pelo menos de envolvidos já neste acto hediondo, e continua a lutar. E o Ministério Público que há mais de um ano tenta conhecer das ocorrências, diligencia para a entidade competente, que conivente, não responde. 

Amanhã, será dado mais um passo de gigante. E mais estão cirurgicamente pensados e estudados. 

Cuidado com o ódio numa mulher maldosa, incompetente, e detentora de poder.

Cuidado com os quase homens que são fracos perante o sexo dito fraco, no caso, vulcânico.

Todos, o ódio e a nulidade de honra e de carácter, são capazes de tudo.

O irreverente também. Não tem medo. Mas não tem ódio, tem incompreensão e dó. Como a natureza humana é tão reles e mesquinha.

Um dia se saberá quem ganhou esta guerra.

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