domingo, 10 de setembro de 2017

PAZ E AMOR A AMIGOS E INIMIGOS


...HOJE É DOMINGO!

Lembro sempre que o domingo é um dia de amor, da família, de descanso, de parar um pouco e nos prepararmos serena e tranquilamente para todos os demais dia que vamos defrontar em nossas vidas.

Lembro os que partiram. Deixam saudades. Mas se pensarmos que abandonaram "este vale de lágrimas " e estarão em paz entenderemos como tudo é efémero e muito existirá que desconhecemos para depois da morte.

A morte, como tudo que existe não é um fim, é uma transformação, uma mudança.

E lembro todos que fazem parte da maravilhosa epopeia que é estarmos vivos no nosso mundo. Além de o devermos preservar e cuidar dedicadamente, ele é o nosso habitat, e dele vivemos, temos de cuidar de nós. O domingo é o dia mais certo para tentarmos a proeza de conseguirmos estar com o que de mais íntimo existe em nós.

Por natureza detesto qualquer manifestação de violência. Acho que as batalhas deveriam transformar-se em campos de flores. O dar a cara depois de levarmos uma bofetada é exatamente como Cristo nos ensinou a melhor maneira de combater quem nos provoca danos.

Eu gostaria de dar flores a quem me agride, a quem me violenta, a quem desesperadamente tenta a minha destruição. Cada flor e cada sorriso teriam a força de uma arma de guerra. O amor é a arma mais poderosa do universo ao serviço de todos os homens.

Mas eu sou simplesmente uma pessoa. Uma pessoa acossada, que perante um ataque concertado que não deixa por onde escapar, torno-me irracional, e não podendo fugir, e lutando pela sobrevivência, instintivamente ataco.

Felizmente não ataco com a violência física. Isso é a negação das minhas mais profundas convicções. Violência gera violência e eu destruindo quem me tenta destruir apenas punha o pior da natureza humana ao serviço de hediondo crime. Ataco com palavras. Grito o desespero. Clamo o direito. Reclamo a liberdade. Peço justiça.

Nem sempre o farei utilizando palavras bonitas, frases amorosas, e nem sempre declaro o que é, há muito perdoei aos que me atacaram, os amo, compreendo a natureza humana - embora tenha dificuldade em perceber as razões que não existem para me atacar - e não lhes tenho nem ódios, nem rancores.

Apenas anseio por justiça, liberdade, dignidade, respeito e vida.

Com menos que todos esses valores ameaçados Jesus Cristo pegou no chicote e dispersou os que negociavam na casa de Seu Pai. Eu, que sou apenas uma pessoa, e sou imperfeição, e estou doente, muitas vezes ultrapasso o dever ser, e sou cruel, e digo barbaridades, sou bruto e acabo por ser violento.

Sempre me arrependo. O amor justifica e comanda tudo. Não devia permitir quem nem um só segundo deixasse que ele me abandonasse. Já, por várias vezes pedi desculpa aos meus inimigos, aos que tentam me destruir. Hoje é domingo, volto a pedir perdão quando ultrapasso os limites da elegância e da boa educação. São meus semelhantes. Nada fundamenta o seu impiedoso e desmedido assalto que me tirou a paz e poderá determinar o meu fim desde há dois penosos e longos anos. 

Eu estou mais tranquilo que eles. Sei que nada fiz para merecer a perseguição que me foi movida. Posso morrer tranquilo. Olho no espelho cada dia e sinto que ainda gosto de mim. Mesmo que meio mundo me acuse agora de ser louco, irresponsável, perigoso, e não ser confiável para ninguém. O que importa é a minha consciência. Está serena e não teme nem os inimigos, nem a morte nem o fim. A verdade acabará por ser conhecida e perceber-se á com nitidez quem foi quem em todo este acto desumano e destruidor.

Reitero as desculpas, como reitero o meu desejo de um domingo feliz e de amor para todos.





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