segunda-feira, 4 de setembro de 2017

DELÍRIOS DE INSANIDADE PARA GENTE SÃ



RESPOSTA DO PODER CRIADOR DA INJUSTIÇA

A UMA PROPOSTA DE DIÁLOGO E CONSENSO


DE UM DOENTE SUBMETIDO A JUNTA MÉDICA


NA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DE PORTALEGRE


SOBRE UM ACTO ILEGAL, IMORAL E DESUMANO


QUE DELIBERADAMENTE FOI DECIDIDO


COM O FIM DE CAUSAR DANOS


COMO EFECTIVAMENTE VEIO A CAUSAR




  V  

























(...continuação)



Esta é a última parte em que analiso a resposta - curta, sem fundamentação, incoerente - da Excelentíssima Presidente das Juntas Médicas de Incapacidade da Unidade de Saúde Pública de Portalegre a todo um conjunto vastíssimo de documentação, argumentos, em que além de repetir uma vez mais a minha total discordância com o que me foi feito, por desumano, ilegal e me provocar danos, voltava - sempre o faço e aprendi na vida a nunca fechar portas - a propor a busca de um acordo em que num consenso justo e que servisse ambas as partes se terminasse toda uma querela, que é muito mais grave e profunda, que um acto prepotente de um grupo de médicos a um doente.

È muito mais pois de um acto que pode parecer insignificante - pelo menos para a classe médica e seus amigos - pois trata-se de se levantar, e o faço legitimamente, a desconfiança sobre o que se passa num Serviço Público da cidade de Portalegre e que, sem que se esclareça o que ali ocorre, através de uma auditoria independente, podemos especular a quantas mais pessoas fizeram justamente o que me fizeram a mim? Dez? Cem? Mil? De todos os concelhos? Só de alguns? Tem a ver com os médicos? Há influências? Tratamentos discriminatórios? Os doentes são tratados de modo desigual? Há doentes beneficiados e outros prejudicados? Há critério? Ninguém sabe...

Sabe-se que eu enquanto cidadão e doente reclamei de uma junta Médica que ali fiz e foi uma farsa absoluta, que depois da mesma me andaram a mentir e enganar para me levarem a perder tempo, brincando com um doente como se eu tivesse meia dúzia de anos e andasse no infantário.

E sabe-se que 18 meses depois de ter reclamado nada se sabe da Reclamação do Livro Amarelo. Nada foi decidido, nada foi questionado. O Livro Amarelo na Unidade de Saúde Pública de Portalegre não funciona. É um Serviço que está acima da lei. Os médicos se não houver cautela também estão acima das leis. E unindo-se paga o justo pelo pecador.

O que se pretende esconder quando a entidade competente para decidir não o faz? É que se decide do lado dos médicos sujeita-se a ter de dar contas na justiça e torna-se cúmplice no processo. E se vai contra eles é um desatino. Virar-se contra os colegas e amigos por causa de um estafermo qualquer de um doido não passa pela cabeça de ninguém. Mas a justiça tarde mas sempre vem. E a lei é dura mas é lei.

Um dia vai contabilizar-se tudo o que se fez desde aquela irracional Junta Médica, seria muito bom que se percebesse de modo claro as motivações para um acto ilegal que se não confunde com erro, quem incitou os médicos a ter aquele comportamento, quem está por detrás de tudo, e se analisem os factos e de acordo com as leis em vigor no nosso país, sejam apurados os responsáveis, e sejam submetidos, como a lei prevê, e conforme o caso a procedimentos disciplinares, civis ou criminais. E que o Estado solidariamente com os responsáveis responda pelos prejuízos causados.

Aconselho os médicos a pensarem bem antes de fazerem trafulhices. A cumplicidade e a impunidade às vezes falham. E os doentes não são necessariamente estúpidos. Já alguns médicos, ao contrário dos outros profissionais, não ponho as mãos no lume quantos absolutamente incapazes continuam ao serviço.

É tempo dos doentes e dos cidadãos perceberem que os médicos são cidadãos exatamente iguais aos demais, com os mesmos deveres e direitos. Com uma desvantagem, é que quem custeou grande parte da sua formação fomos nós. A quem muitos parece letra morta. Mas vão ter que se habituar. Em Portugal tudo leva tempo demais - basta ver o que se passa com os registos de assiduidade biométricos - e os desvarios que causou em alguns funcionários. 

Posso não ganhar a guerra. O que não quer dizer que não tenha razão. Apenas mostrará que a canalhice e a coisa pública está à deriva e tudo se pode fazer. Apenas mostrará que ainda há cidadãos acima da lei. Que o estado de direito é afinal, coxo, e que a democracia é uma ideia. Depois prova ainda deficiência da Justiça, levo dois anos com uma caso administrativo simples, que a lei não vê os cidadãos como iguais, e que o crime compensa.

Reitero que lutarei até ao meu último suspiro. Depois se entendam. Eu estarei no paraíso. Qualquer que ele seja. E se me puserem duas moedas nos olhos para pagar ao barqueiro a viagem será mais serena, e a entrada no Olimpo um momento de glória. Já não há muitos guerreiros que lutam até à morte. Hoje tudo se vende barato. O homem tem vergonha da sua honra, e a palavra nada vale. Hoje é tempo de ignomínia e de lutas vãs por poderes efémeros. Hoje o homem caminha para a irracionalidade, e a terra para o seu fim.

Ainda há uma última esperança, mas os estudiosos começam a duvidar que seja concretizável. O homem perceber que tudo está a correr velozmente para um abismo sem saída. Ninguém tem soluções. O mundo está dividido em interesses, poderes, religiões, riqueza e idiomas. A revolução tem de partir de cada um. As revoluções que a história nos narra foram sempre a imposição de novos paradigmas e a violência a milhões que pensavam de modo diferente. A violência gera violência. Os flagelos embora prometidos os seus fins nunca mudaram. O homem tem de reinventar-se. Muitos homens com ideias diferentes criam sociedades diferentes. Mas, honestamente, eu não creio que haja tempo. O homem destrói-se a si mesmo e arrasa o planeta onde deveria viver em paz, prosperidade e encontrar a felicidade.

O mundo está nas mãos dos maus, como dizia Platão há mais de 2400 anos. Os homens bons cansaram-se e afastaram-se. É o desnorte. É o fim. Acredito que alguns dos que me vão ler, vão estar quando se der a tragédia.








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