quinta-feira, 20 de outubro de 2016

AS PESSOAS E O SISTEMA FINANCEIRO PORTUGUÊS














Portugal tem um sistema financeiro débil, em decadência, cada vez menos claro, mais dependente do poder público e longe dos interesses efectivos do país e dos portugueses. Os Bancos onde antigamente se assegurava estar o dinheiro mostram-se fracos, com prejuízos, necessitando ajustamentos paliativos que anunciam com encerramento de balcões e desvinculação de servidores.

Em muitos casos a imoralidade é tanta que são os portugueses que asseguram a sobrevivência dos Bancos que em seguida os vão explorar sem qualquer humanidade ou pudor.

Está tudo falido. Tudo se retrai e logicamente quem paga é o mais fraco da cadeia o consumidor. Pode parecer patético, mesquinho, desumano mas é o que sucede. O mais fraco é que perde a casa, o carro, parte dos vencimentos ou pensões enquanto as financeiras continuam em todos os meios de publicidade, como televisões, internet, emails a seduzir com facilidades milagrosas os incautos que há primeira dificuldade são ludibriados por um PERSI que deveria ajudar os indivíduos em risco de incumprimento, a encontrar meio de cumprir e assim continuar uma vida limpa e honesta, mas que  para pouco serve ao determinar aos poderosos deste jogo que deveria ser diálogo, a autonomia da vontade em negociar, aceitar ou não propostas, fazer propostas ou não.

A imoralidade encontra-se no canto da sereia, essas entidades quando o país está em profunda e continuada crise, em que as familias recuperam com muitíssima lentidão da sua capacidade para novos investimentos, da possibilidade de assumir novas responsabilidades, caem sobre as pessoas com campanhas cada vez mais agressivas e sedutoras em que se promete tudo a preços de saldo. As famílias só têm que aderir e novos mundos se lhes abrem, melhorando deste modo a sua qualidade de vida e com ela a tão inalcansável felicidade.

Com o andar da carruagem o meu prognóstico é que a situação financeira portuguesa vai continuar a cair. Os bancos vão acumular mais prejuízos. Os bancos vão ter mais casas para vender que as imobiliárias. Os portugueses continuarão a endividar-se, e a cair nas garras de abutre que efectivamente determina o procedimento bancário, constatando o delapidar de património que levou dezenas de anos em construir, e a solidez e unidade das famílias caindo por terra.

Esses abutres depois de tudo levarem, e distribuírem por desconhecidos os lucros dos assaltos cometidos, provavelmente mudarão de ramo e abrirão funerárias ou se deslocarão para países em crescimento para sugar sangue fresco para alimentar uma avidez sem fim.

Seria desejável que entre as entidades financeiras, os bancos, e aqueles que são o seu suporte de existência - todos sabemos que os bancos não têm disponível o capital que os depositantes lá colocam - pelo que as relações entre ambos devem basear-se na confiança, no respeito, no diálogo e numa suficiente e basilar dose de humanismo..

(...)












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