A NECESSIDADE IMPERIOSA
DE REVOLUCIONAR O HOMEM
E DE TRANSFORMAR O MUNDO
NUM LUGAR DIGNO PARA SE VIVER
E ONDE O HOMEM POSSA LUTAR
POR UMA VIDA DIGNA E FELIZ!
O mundo está mergulhado numa existência onde cada vez mais se vê triunfar o mal, a mesquinhice, a corrupção, as ilegalidades e onde foram simplesmente jogadas no lixo as valorações que antes alimentavam o caminhar do homem, como a fortaleza do carácter, a importância de um alicerce moral, o respeito pela ética, a exigência de manter os homens livres e numa vida digna. Admito que tudo pode colapsar-se, entrar em ruptura, provocar um conflito de proporções impensáveis, e uma revolução que começando no homem como pilar da existência se arrastará à sociedade, aos países e às nações.
Hoje vive-se na corda bamba, todos, os aflitos e aqueles que fazem da vida dos outros uma permanente aflição. Os atropelos ao que deve ser são constante e em todos os patamares e a justiça, onde todos somos iguais por imperativo constitucional, não olha cada homem do mesmo modo. Hoje a vitória é ganhar através de expedientes, de espertezas, de imoralidades a que a lei fecha os olhos e o poder deixa passar. A democracia está simplesmente falida, não funciona, e os políticos como dizia Platão há mais de dois mil anos são aqueles que temos de sustentar por inépcia daqueles que possuem capacidade e competência, mérito, mas não se sujeitam aos percursos sinuosos hoje absolutamente natural nos jogos de poder e nos partidos, onde tudo justifica para se chegar ao poder.
O resultado está à vista de todos. Os casos falam-se nas ruas e nos cafés. Mas a impunidade parece proteger aqueles que mantêm as costas quentes por se encontrarem em conluio, amizades, interesses, poderes, grupos ou movimentos estranhos. Tudo se faz. As transgressões são umas atrás das outras. A existência boa que devia pautar a vida do homem é uma completa miragem. O homem de nada vale. Perdeu valor. Ou se vende barato ou se joga no lixo. Ou aplaude a mediocridade ou é subversivo. Ou cala e consente ou contesta e não é considerado por ninguém.
Existem leis a mais e cumprimento a menos. É o próprio Estado, os sucessivos Governos que não querem alterar este estado de coisas, este lamaçal onde todos se arrastam, sem futuro, e onde pequenas castas vão passando pela vida engalanadas mas que o povo na sua crueldade justa apupa em silêncio.
Hoje o pecado mortal é estar calado. Desistir de lutar. Querer deixar o mundo. Baixar os braços. Dar de barato que a vida se transforma numa coisa sem sentido em que a insanidade de muitos que detêm o poder atrofiam o caminhar das pessoas. Cada vez mais é complexo perceber a razão e a causa das coisas apenas se conhecem, bem demais, as consequências, e o mundo caminha inexoravelmente para um declínio generalizado onde meia dúzia fazem dos habitantes do planeta seres de segunda ou terceira classe. A busca de ideais perdeu o sentido num mundo marginal entregue a delinquentes morais, o bem anda pelas ruas da amargura, espezinhado, troçado, marginalizado, e o que verdadeiramente conta é a luta pela sobrevivência. Uns, cada vez menos e menos capazes parecem dominar o que jamais poderiam controlar pelo défice de mérito e competência que possuem sendo marionetas de outros poderes que os subordinam. Mas correm atrás da cenoura felizes pois possuem o poder de se mostrarem grandes amesquinhando aqueles que estão na sua alçada.
O homem precisa reinventar-se. Precisa retomar as rédeas de um poder difuso em que na verdade não é claro quem por detrás dos políticos e dos governantes, e dos bancos, e dos ricos, maneja a seu belo prazer a história do mundo, e define, e impõe uma vida sem qualquer sentido, desumana e cruel.
E com essa revolução singular, mas basilar, o homem novo tem de atacar os focos de podridão, de atrocidades, de violações aos mais elementares direitos e valor que pautam a vida humana e a relação entre os homens. E tem que descobrir quem na sombra tem comandado o planeta para uma ruína onde se parece até pretender fazer perder grande parte de gente, numa percentagem ignóbil dos seres que vivem, para que o que resta de saudável do planeta que eles destruíram fique em exclusivo para muito poucos.
E assim se fomentam e continuarão a fomentar guerras, conflitos, se vão incitando novas e mais dispersas querelas internacionais espalhadas pelo globo com uma desestabilização planetária em crescendo, onde a existência de loucos apetrechados de armamento letal de grande potência, podem, num desvario sem responsabilidades colocar em risco a vida e o mundo.
Numa época em que falar de revoluções parecia não fazer qualquer sentido, uma revolução global, que venha como sucedâneo da revolução que o homem individual tem que edificar, é no mínimo um caso de sobrevivência. Tudo está sob ameaça. Mas tudo se desconhece. A distracção são estes pequenos ditadores de meia tigela que sempre vão causando danos, criando histórias, entretendo aqueles que se limitam ver o que lhe põem à frente dos olhos. E muitos alienados, radicalistas, fanáticos nem ao menos enxergam o que têm na frente dos seus olhos, pois apenas conhecem as imagens e a realidades aparentes que lhes puseram no lugar da racionalidade.
Temos pois que perante um mundo descontrolado, doente, desconhecido, opaco, ameaçador, violento, o homem se não se renovar, não poderá nunca com lucidez e espírito de luta, proceder a uma revolução de dimensões desconhecidas, mas gigantescas, onde exterminar o baralho de cartas ou as peças de dominó que devem ser derrubadas, desde o alto até aos que atropelam com um sorriso simpático o seu semelhante, é condição elementar de recolocar ideais, valores, princípios, transparências, legalidades, como ideias legítimas e preponderantes num mundo novo, onde uma nova ordem mundial deve ser repensada.
O homem tem que voltar a ser o centro da terra. E esta tem que voltar a ser um planeta limpo onde o homem possa viver. E as sociedades têm de ser governadas por homens bons, e não deixadas aos que fazem da vida um circo e mudam de paródias como os palhaços de circo cada vez que der mais jeito.
A REVOLUÇÃO É VIVER DIGNAMENTE, NUM PLANETA PARA TODOS E ONDE SEJA POSSÍVEL VIVER BEM, COM DIGNIDADE, E O HOMEM POSSA CORRER ATRÁS DA FELICIDADE, DA PAZ E DA LIBERDADE.
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