quarta-feira, 29 de junho de 2016

TODOS TEMOS BEM E MAL EM NÓS. CADA QUAL GERE COMO QUER E PODE!...



Falando de magnetismo e bruxarias



"Um campo magnético é uma maneira de descrever matematicamente como materiais magnéticos e correntes elétricas interagem. Os campos magnéticos têm ambos uma direção e uma magnitude ou intensidade. Ímãs têm um polo “norte” e um polo “sul”. Polos opostos se atraem e polos iguais se repelem. Estes polos são conhecidos como dipolo magnético. Dipolos magnéticos e correntes elétricas dão origem a campos magnéticos."


in http://aroldinhosouza.blogspot.pt/2013/07/o-que-e-magnetismo.html?view=classic





Os polos atraem-se e repelem-se consoante são respectivamente opostos ou iguais. Se pudermos - e parece que não ofende as ciências humanas fazê-lo - comparar as pessoas aos campos magnéticos, e avaliando a presença de bem e mal em igualdades diferentes de sujeito para sujeito, entende-se por legítimo que em maior ou menor força, a variante faz com que as pessoas se aproximem tendencialmente ou se afastem. 

E como as pessoas são diferentes de ímanes ou objectos com intensidade magnética fixa, sujeitas a constantes alterações, a potência com que existe a atracão ou se repelem, pode levar a fenómenos absolutamente contraditórios, em relação ao normal, podendo o seu contrário ocorrer, não contra natura, mas apenas porque a intensidade de um momento alterou a força existente.

Este tema pode ser muito interessante e mostrar resultados surpreendentes. Posso mesmo servir de cobaia, pois sendo pessoa e me conhecendo, sei que tenho oscilações de humor, de sentimento, de alegria ou melancolia momentânea, de tristeza, de passividade, ou de cólera e intempestividade. Traduzido isto grosso modo num íman teria que as forças apresentando uma variação expressiva e por tempo indeterminado poderiam, ao cruzar-se com outro ser, a bruxa por exemplo, que por muito ruim que seja, pode ter momentaneamente e algumas vezes umas variações benéficas, imprevisíveis e de duração duvidosa, mas susceptível de modificar a intensidade com que existe rejeição para momentos de atracão.




Apaixonante o assunto. Em tempos ditos de normalidade a distancia que medeia estes dois seres inconciliáveis e diferentes é galáctica. Dito de um modo singular e simplista um ser anda ao sol e o outro anda no negrume. São polos que se repelam e assim seria sempre tal a diferença existente e as características de cada um. Quer dizer, por actos que um ser sobrenatural deve conhecer, eu e a bruxa nem nos podemos ver. Existindo apenas um facto que pode aceitar a tal oscilação que se apontou anteriormente como possível, é que a bruxa tem um ódio letal, é má, deseja fazer dano, prejudicar, tudo faz de um modo entranhado em si, como doença - lá saberá a causa de tudo - eu, ao contrário nada tenho de natural contra esse ser execrável, sujo, mau, mas conhecendo o seu ódio e conhecendo a bruxa e os seus actos para comigo e para outros, ganhei-lhe uma aversão imensa - que é diferente do seu ódio maldito - e tudo o que lhe possa fazer me é legitimamente aceitável como defesa. Limito-me perante o conhecimento que tenho dessa bruxa ressequida a manter distancia, a manter as guardas, a ter cautela.




Mas como acontece com os polos contrários não parece crível que nos cruzemos, pelo menos como eu desejo, às claras, luta aberta, de frente, limpa, e diferente do que a bruxa quer, que é necessariamente ao contrário, à traição, cobardemente, se possível através de outros, tentará tudo para me destruir, mas não acredito que ela se atreva a vir directo meter-se comigo. Seria o seu fim. A espero faz muitos anos. E tenho dardos claros, transparentes, legítimos que não deixarão de lhe tirar a altivez, e a deitar no chão, derrotada, sem qualquer dignidade nem honra. Cai pois tem defesas fracas, cai porque é má e o foi já para mais pessoas, meteu os pés pelas mãos algumas vezes, cometeu erros graves, tem história.




A minha esperança reside justamente que as forças que nos repelem, um dia, por movimentos que alterem a correlação das forças de atracão, nos deixem frente a frente. Aí veremos a força e a razão da bruxaria perante os dardos que não deixarei de lhos enfiar pela goela abaixo.




Espero faz muito tempo esse momento. Chama-se a isso um ajuste de contas, limpo, claro, público. Provarei que essa bruxa não passa de ser um ser do mais reles possível, prepotente, má, sem qualquer classe nem educação, um ser rastejante de cabeça erguida como se fosse uma avestruz. E como avestruz a terá que ir pôr na areia. Espero esse movimento. Estou preparado e não tenho medo. Sei as armas que tenho. 




Mas vou mais longe e admito um dia ultrapassar inclusivamente as leis da física e saltar-lhe eu na frente. Contra tudo o que parece impensável. Mas acho que devo dar campo à bruxa malvada para mostrar os seus poderes, a sua força, a sua estratégia, ver como luta, como ataca e como se defende. É que mesmo entre as bruxas mais mesquinhas da história da malvadez das sombras trata-se de um elemento pouco cotado. Ainda engana algum incauto, á dessimulada, tanto faz mal a um inimigo como a um amigo, é cadela que não conhece o dono, é bicho mau.




Como na história do lobo mau, adorava encontrar esse bicho no bosque, e ver ao vivo o que é uma bruxa, sozinha, sem se puder esconder, frente a frente. Como na banda desenhada eu sou o herói, o Peter Pan e tenho a fada Sininho para me ajudar e em vez de lutar com o malvado Capitão Gancho, vou utilizar minhas últimas tácticas bélicas e de arremesso na Bruxa Má, na Bruxa Feia, na Bruxa horrenda que deu a maçã a comer à Branca Adormecida.




Venha Bruxa querida, a banda desenhada quer heróis e a pequenada quer divertir-se com lutas entre vilões e bons rapazes.





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