quinta-feira, 7 de junho de 2018

PORQUÊ, DEUS MEU?






Acredita-se que Deus não falha, é perfeito e tudo o que cria é perfeição. Se essa regra se aplicasse ao homem o mundo não seria como é. Não havia infelicidade, tristezas, doenças, guerras, violências, fome, injustiças, o mundo e a vida seriam perfeitas. 

É para mim um enigma imenso, ainda maior que a construção do cosmos, como Deus foi dar o livre arbítrio ao homem. Foi-lhe dar a responsabilidade de escolher e decidir livremente. Foi lhe dar gratuito o poder de se auto destruir e destruir tudo em seu redor. Porquê?

O urso polar que morre de fome com o seu habitat destruído e sem comida, também foi criado por Deus, e destruído pela irracionalidade humana. É justo?

O milhão de crianças que morrem no continente africano subnutridas desaparecem tragicamente e são dor e sofrimento nas suas mães, porque a irracionalidade prefere correr atrás de riquezas e vaidades em vez de salvar vidas. Porquê?

O homem é o maior predador e o mais destruidor da história da terra. Consegue devorar-se a si mesmo e aos outros da sua espécie, e depois em redor anula tudo, destruindo sem cessar.

E o homem continua convicto da sua superioridade, da sua inteligência, dos seus dotes. Mas continua a fazer escolhas e a tomar decisões criminosas e insanas.

Será o homem e a terra um planeta demonstração, onde os seres vivos de outras galáxias vêm estudar o mal, os efeitos da liberdade em mãos irresponsáveis, os reflexos das sociedades governadas por seres diminuídos e ignóbeis?

O homem não pode ser o erro de Deus. Deus não erra.

Mas pode ser uma lição de desgraças e fatalismos, de morte e violência para outras civilizações.

E o homem continua feliz... cada vez mais arrogante, mais burro, menos poderoso, mais ameaçado, no seu caminho rumo a um fim, - se é esse o jeito da história da terra terminar - ou penando neste vale de lágrimas inchado de vaidades, e tristezas.



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