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AFASTADOS*
2016/11/30 - in PÚBLICO
SERÁ QUE TAMBÉM EXISTEM MÉDICOS COM LICENCIATURAS INEXISTENTES
Infelizmente estas notícias fazem perceber ao ponto a que chegou este país. Nada parece confiável. Quanto mais alto olhamos mais sujeira e fedor encontramos. Já há muito se tinha percebido que os antiagamente denominados "vendedores de banha da cobra" se mudaram para profissões menos cansativas, arriscadas e mais prósperas: a vida política. Ali é um vale tudo sem quaisquer limites. Ali qualquer badameco é doutor, e se não é compra título, ou finge que estuda e o diploma cai no bolso para cimentar altos vôos.
O país está completamente à deriva, num faz que faz, e faz de conta, cheio de aldrabões, como se ser doutor fosse ser homenzinho e não o ser fosse coisa de honestos, gente honrada, gente séria e humilde, enfim, aqueles que fogem da política como o diabo foge da cruz.
Quando leio estas notícias sempre me assalta a ideia se os médicos que me fizeram a Junta Médica de Incapacidade serão efectivamente médicos, ou se escondem - parece que virou costume - atrás do que parece, e lá vão exercendo uma profissão que deveria ser altamente digna e confiável, como se tratasse de uma coisa para fazer, seja como for, desde que caia o dinheiro na conta ao fim do mês, e o zé povinho, dobre a espinha até bater com a testa no chão cumprimentando suas excelências.
De facto, de gente que interpreta a palavra de "PIORADO" como estando o doente melhor de saúde, tenho muita dificuldade de catalogar semelhantes personagens infelizes. Ou são efectivamente burros de todo, ou analfabetos, ou estão no lugar onde nunca deveriam estar, fazendo as tropelias que um estado à deriva permite sem qualquer tipo de vigilância, isto é, deixando a população à mercê de sabe-se lá quem.
Quanto a mim, e para minha segurança, vou pedir os nomes dos médicos que me fizeram aquela espécie de Junta Médica e que parece continuam tranquilamente continuando a fazê-las, sem qualquer averiguação, sem qualquer inquérito, isto é, com a cumplicidade declarada da hierarquia, - que terá também de responder no que se vier a provar de culpa - e vou pedir à Honorável Ordem dos Médicos, na pessoa de Sua Excelência o Senhor Bastonários da Ordem dos Médicos, que me ateste se efectivamente as três personagens que me atropelaram numa falsa e criminosa Junta, são efectivamente membros daquele organismo e podem de direito exercer as suas funções.
É um dever moral e de consciência. Hoje parece que ninguém mais é confiável. E desgraçado do país onde a confiança abandonar os seus cidadãos. Torna-se um pesadelo, um atentado, uma balbúrdia, um mundo de e para loucos. Cada dia se me afigura mais certo que os maiores loucos não estão nos Centros de Saúde Mental mas andam por aí, num número cada vez maior a fazer o que lhes dá na real gana, sem qualquer tipo de controle, e destruindo uma vida social e uma cidadania que podia ser de excelência. Vou averiguar tudo isto. A bem dos doentes, a bem da profissão médica, a bem da cidade, do país e da decência.
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